10.8.06

>> Lula defende educação e família no combate à violência.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje investimentos em educação e a valorização da família para evitar que os jovens sigam para a criminalidade. "Se pobreza levasse a gente a cair ou a cometer delitos, eu não seria hoje presidente da República", afirmou o presidente, observando que foi graças à educação recebida de sua mãe que ele e os irmãos seguiram na vida.Lula condenou as prefeituras das capitais e citou a de São Paulo, que foi administrada por José Serra (PSDB), e do Rio, comandada por César Maia (PFL). Ele criticou o fato de não terem aceito parceria com o governo federal em programas de investimentos em jovens, como o Pró-Jovem. "Qual não foi a minha surpresa (ao observar) que, depois de 200 mil vagas às prefeituras no programa Pró-Jovem, elas não preencheram as vagas que nós colocamos à disposição", disse, observando que em São Paulo havia 30 mil vagas e nem 10 mil foram preenchidas."Possivelmente, sem crítica nenhuma, pode ser que as prefeituras não estivessem preparadas para cumprir uma função como essa, mas isso precisa ser corrigido num futuro muito próximo", afirmou.

O presidente afirmou que é preciso recuperar o adolescente e a família, quando ela ainda existe, mas advertiu que os problemas das casas de recuperação não serão consertados "nem com a polícia, nem com a Febem, nem com a palmatória, nem com punição". Depois de dizer que há instituições que são fábricas de bandidos, Lula reconheceu que este não é um problema de todos. "Não é um problema do presidente da República, não é do governador, não é do prefeito. É um problema gestado por um conjunto de erros que, ao longo de décadas, se acumularam na sociedade brasileira. Direta ou indiretamente, uns têm mais culpa do que os outros, mas no fundo, todos nós temos uma pequena parcela de responsabilidade", reconheceu.

>> 'Unica forma de mudar o Brasil é revolucionar a educação', diz Buarque.

O candidato do PDT à presidência da República, Cristovam Buarque, destacou a questão educacional no Brasil durante entrevista ao ‘Jornal Nacional’ (Rede Globo), nesta quarta-feira. Para o candidato, a única forma de mudar o Brasil é revolucionar a educação.
A campanha de Cirtovam Buarque defende a federalização do ensino médio. Para isso, o cadidato propõe a definição de um padrão de salário, conteúdo, instalações e equipamentos para as escolas. "Cada agência do Banco do Brasil é igual em cada local do país. Porque as escolas também não seguem esse modelo?", ressaltou.

Além disso, Buarque acredita que o salário mínimo dos professores deve ser de R$ 800. Questionado sobre a disponibilidade de verba para sustentar a medida, o candidato disse que pretende usar 1% do orçamento. "O governo gastou R$ 9 bilhões para preencher um rombo de uma estatal, eu peço apenas R$ 7 bilhões para isso", afirmou.
Sobre a atuação no cargo de governador do Distrito Federal, Buarque disse que cumpriu tudo o que prometeu aos eleitores, além de ter criado o Bolsa-Escola. Já em relação à atuação como ministro da Educação do governo Lula, o candidato do PDT afirmou que foi demitido porque incomodou o presidente Lula. "Eu queria entrar para história desse país como o ministro que erradicou o analfabetismo. O presidente me disse que isso iria atrapalhar sua reeleição, pois desagradaria alguns prefeitos."

>> Tucana diz que PT se rendeu aos fundos para educação.

Marisa Serrano acredita que os fundos para o financiamento do ensino devem se perenizar como parte das políticas públicas para Educação. Ela considera a criação do Fundef (Fundo Nacional para o Desenvolvimento do Ensino Fundamental) “uma das grandes conquistas” ocorridas durante o mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).“Lutei muito pelo Fundef e o PT foi contra; hoje o PT está criando o Fundeb, que vai precisar ser aperfeiçoado”, disse a candidata durante visita ao Campo Grande News na terça-feira. A lei que regulamenta o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação Básica), já aprovada no Senado, está tramitando na Câmara dos Deputados. O programa substituirá o Fundef e será mais abrangente, atendendo estudantes da educação infantil (pré-escola), ensinos fundamental e médio. A expectativa é que o fundo, composto pelos principais impostos e transferências federais e estaduais, chegue a R$ 44 bilhões ao ano e seja extinto em 2020.Segundo Marisa, as inseguranças quanto ao Fundeb hoje estão localizadas basicamente nas prefeituras, que temem sofrer com o atraso nas contrapartidas federais e estaduais. “Os municípios estão gritando, mas essa é uma questão pontual, que pode ser resolvida com uma garantia que os recursos federais e estaduais cheguem a tempo”.Na área da educação, o principal ponto da agenda política da candidata é o ensino profissionalizante. Segundo ela, há necessidade de implementação de um programa nacional de educação profissionalizante. “Precisamos continuar investindo nessa modalidade, as escolas técnicas federais são necessárias. Precisamos de um programa de aportes regulares, pois a educação profissionalizante é cara”, defendeu. “Hoje em dia a qualificação profissional é uma exigência cada vez mais forte para o ingresso no trabalho”.

>> Patrus diz que televisão e propaganda subvertem educação dos jovens.

“A banalização do consumismo e da sexualidade é um desserviço para a formação dos jovens, promovido pelos programas de televisão e muitas vezes também pelas propagandas”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Ele participou da abertura da Reunião Intergovernamental de Especialistas para Revisão do Esboço das Diretrizes Internacionais sobre Proteção e Cuidados Alternativos de Crianças Privadas de Cuidados Parentais. Patrus Ananias defendeu que “a família é o espaço de segurança afetiva, psicológica e pedagógica capaz de formar homens e mulheres de bem" e afirmou que "o ambiente que os jovens encontram é um cenário em que o dinheiro é compreendido como o valor máximo, sobrepondo-se aos valores humanos mais fundamentais”.

Na avaliação dele, no entanto, o Brasil avança em diversas políticas públicas para superar essas distorções. O ministro também abordou os programas sociais desenvolvidos pelo governo federal, na palestra para representantes de cerca de 40 países que discutirão até sexta-feira (11) a elaboração de documento a ser apresentado à Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no próximo ano. O objetivo é definir medidas de apoio psicológico, social e educativo aos jovens privados do convívio familiar. Do encontro também participam representantes do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e do Comitê dos Direitos da Criança, da ONU.