22.9.06
>> MEC integra informações sobre instituições de ensino superior.
"Vamos ampliar a transparência nas instituições", disse o ministro Fernando Haddad. Para ele, a ferramenta ajudará a recuperar auto-estima das universidades públicas, iniciada com a reconstrução e expansão do ensino superior. Para o diretor de Desenvolvimento da Educação Superior do MEC, Manoel Palácios, o sistema beneficiará o ministério, as universidades e o colegiado de dirigentes de universidades federais. "
O sistema tornará as universidades mais transparentes para o MEC, de modo que possamos trabalhar pelo futuro da educação pública federal".
A expectativa é que as informações das instituições possam ser visualizadas a partir de 29 de setembro.
>> Cursinhos populares oferecem mais que preparação ao vestibular.
» ONG oferece pré-vestibular gratuito em SP
A pró-reitora de extensão da Unesp, Maria Amélia Máximo de Araújo, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, destaca o compromisso social dos cursinhos. "O importante não é só o ingresso. Na vivência, o estudante passa a ter outra visão de mundo, aumenta a auto-estima. Passa a batalhar também o emprego".
Além de fortalecer os conteúdos do ensino médio, os estudantes tomam conhecimentos de outras oportunidades. "É lá que o jovem percebe que pode fazer um curso tecnológico ou prestar uma bolsa do Prouni", diz a pesquisadora e coordenadora do Cursinho Popular de Jandira, Silvia Maria Dias Ruedas. No cursinho da UFSCar, por exemplo, os alunos recebem aulas como ambiente, saúde pública, filosofia, exclusão social e cultura e arte africana.
No ano passado, a taxa de ingresso no ensino superior dos alunos do Cursinho Popular de Jandira foi de 7%. No cursinho 20 de Novembro, desde 2002, foram 250 aprovados em mais de dois mil estudantes que passaram pelas aulas. Frei David, da ONG Educafro, que tem 255 núcleos de cursinhos no Brasil diz que uma das funções do cursinho, além de preparar para o vestibular, é despertar a consciência.
>> Brasil Alfabetizado tem cerca de 1,15 milhão de cadastrados.
Estados e municípios cadastraram 1.154.261 pessoas e mais de 58 mil educadores no Programa Brasil Alfabetizado, que é voltado para os jovens com mais de 15 anos. O programa transfere recursos financeiros a Estados, municípios, empresas privadas, universidades, organizações não-governamentais e instituições civis, parceiros que oferecem ações de combate ao analfabetismo.
O Brasil Alfabetizado é gerido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC)."Alcançaremos a meta de 2006 para colocar mais 2 milhões de jovens alfabetizandos no programa, porque o número de adesões dos Estados e municípios foi muito bom", disse Tancredo Maia Filho, coordenador-geral de alfabetização da Secad."Temos, ainda, a forte participação de entidades sem fins lucrativos e demais organizações civis que nos ajudarão a atingir esse objetivo", afirmou.Com os novos cadastros, os 22 Estados e 595 municípios participantes ficam responsáveis pelo ensino de 57,8% dos alunos.
Resta às entidades não-governamentais e instituições de ensino superior públicas e privadas, sem fins lucrativos, a formação dos demais estudantes.Este ano, o repasse passou a ser feito automaticamente em até cinco parcelas, para os Estados, e em duas para as entidades. Os alfabetizadores recebem uma bolsa mensal de R$ 120 e mais R$ 7, por aluno. O limite é de 25 jovens por turma. O valor sobe para R$ 150 quando lecionam para alunos com necessidades especiais, população carcerária e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas.