31.8.06

>> SP: alunos depredam escola por serem contrários à direção.

Estudantes de uma escola estadual de Guarulhos, em São Paulo, promoveram um quebra-quebra na última segunda-feira em protesto à implantação de regras mais rígidas no controle da entrada e da saída de alunos. Segundo o jornal Folha de São Paulo, o tumulto generalizado provocou a destruição de mesas, banheiros e alambrados. Bombas de festa junina foram estouradas nos banheiros e um princípio de incêndio foi controlado pelos bombeiros.

A polícia foi chamada para controlar o tumulto. Dez suspostos envolvidos nos atos de vandalismo, todos menores de idade, foram detidos e liberados horas depois. Ninguém ficou ferido.
A escola Maurício Nazar, uma das maiores da cidade, tem 2.020 alunos divididos em 45 turmas, da 5º série do ensino fundamental ao 3º ano de ensino médio. A direção afirma que parte dos estudantes aproveitava o intervalo para ir embora das aulas. Agora, os portões ficam fechados, o que teria causado revolta nos alunos.

A Polícia Civil abriu inquérito e a a secretaria de Estado da Educação informou que uma sindicância interna foi aberta ontem pela regional norte da Diretoria de Ensino de Guarulhos para apurar os motivos e os responsáveis pelos atos de vandalismo ocorridos na escola.

>> Olimpíada de Matemática mobiliza 14 milhões de alunos.

Os cem professores com alunos mais bem classificados ganharão um curso de aperfeiçoamento no Instituto de Matemática Pura e Aplicada.


BRASÍLIA - Mais de 14 milhões de alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas fizeram na terça-feira, dia 29, a prova da primeira fase da 2ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). De acordo com a diretora da olimpíada, Sueli Druck, a prova, realizada em 95% dos municípios brasileiros, foi mais elaborada em relação à do ano passado. “As questões exigiram um pouco mais de reflexão”, disse.
A olimpíada tem como objetivo estimular o estudo da matemática e criar vínculos entre o aluno e a escola. Além disso, os estudantes desenvolvem a auto-estima quando se destacam entre milhares de outros candidatos.


A premiação da olimpíada é dividida entre estudantes, professores, escolas e municípios. No total, participam 14 milhões de alunos de 32.603 escolas públicas de ensino fundamental e médio. Para os estudantes, serão distribuídas medalhas e 2.001 bolsas de iniciação científica júnior, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).


Os cem professores com alunos mais bem classificados ganharão um curso de aperfeiçoamento no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Além disso, cem escolas receberão laboratórios de informática. Cinco municípios (um de cada região do País) ganharão quadras de esportes. Em março de 2007, serão divulgados os nomes dos vencedores.


A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é organizada pelo Impa, pela Sociedade Brasileira de Matemática e pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia.

>> Unicamp lança biblioteca científica online.

“Disponibilizamos inclusive os arquivos-fontes de softwares, para que possam ser modificados", explica Eduardo Galembeck, professor da Unicamp.


SÃO PAULO - Todo o conteúdo gerado ao longo de dez anos pelo Laboratório de Tecnologia Educacional (LTE) do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está agora disponível na internet, na Biblioteca Digital de Ciências. “Além de disponibilizar todo o conteúdo, queremos fazer da biblioteca um ambiente de ensino-aprendizagem, com a implementação das ferramentas de interação”, explica Eduardo Galembeck, professor da Unicamp e idealizador do projeto.


“Como subproduto, desenvolvemos ainda um gerenciador de biblioteca digital que pode abrigar outras subáreas e revistas eletrônicas no mesmo banco de dados, usando filtros específicos e tendo corpos editoriais próprios. O gerenciador será disponibilizado aos interessados sob demanda”, disse.


Além de artigos, imagens, links, apostilas, softwares e teses, o portal também já inaugurou uma das suas subáreas. “Criamos algo específico voltado para a bioquímica, que inclui a Revista Brasileira e Ensino de Bioquímica e Biologia Molecular, publicada pela Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq)”, disse Galembeck.

Os usuários da biblioteca de ciências online podem até consultar guia para cursos, como o intitulado Bioquímica na Cozinha.
Atualmente, além do português, material em inglês também pode ser submetido ao novo portal. Todo o conteúdo, antes de ir para o ar, é avaliado por revisores. “Disponibilizamos inclusive os arquivos-fontes de softwares, para que possam ser modificados, visando ao ajuste mais adequado às necessidades de cada usuário”, disse Galembeck.

29.8.06

>> Liberados R$ 836 milhões para a educação.

Os recursos são necessários para dar continuidade a programas essenciais da educação, como o pagamento do reajuste da merenda escolar.

BRASÍLIA - Os recursos de R$ 836,5 milhões, liberados para o Ministério da Educação pela Medida Provisória nº 318, serão investidos na melhoria do ensino médio, no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), na merenda escolar e em programas do ensino básico. A medida que libera o crédito que estava previsto no Orçamento da União, mas não havia sido votada pelo Congresso Nacional.

Do total de recursos, R$ 400 milhões irão para o ensino médio, por meio do Programa de Equalização de Oportunidades de Acesso à Educação Básica (Prodeb), conhecido como "Fundebinho"; R$ 195 milhões, para a merenda escolar; R$ 91,5 milhões, para o Fies e R$ 150 milhões, para programas do ensino básico.

Os recursos são necessários para dar continuidade a programas essenciais da educação, como o pagamento do reajuste da merenda escolar, concedido em maio deste ano. O valor diário per capita do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) para alunos da pré-escola e do ensino fundamental teve reajuste de 22%.

A medida provisória também assegura a oferta de cem mil bolsas do Fies neste segundo semestre de 2006; o reforço ao ensino médio e a programas do ensino básico, como a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas; a compra de equipamentos para a educação infantil e a aquisição de livros didáticos

28.8.06

>> Enem tem abstenção elevada.

Quase 1 milhão de estudantes, ou 25% dos inscritos, não compareceram; professores consideraram prova difícil.

Quase 1 milhão dos 3,7 milhões de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não fizeram a prova ontem. A estimativa inicial do Ministério da Educação (MEC) é de que a abstenção na prova foi de 25%. A prova, realizada em mais de 800 cidades do País, deixou de ser considerada fácil por professores, como ocorreu nos últimos anos.Estudantes reclamaram de enunciados longos e professores afirmaram que foi preciso concentração para fazer as 63 questões e a redação.

Segundo o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep/MEC), Reynaldo Fernandes, o exame teve a mesma orientação de outros anos. “O importante é que ele tenha uma boa capacidade de discriminação, não pode ser muito difícil nem muito fácil”, disse. Para ele, o número de faltas, que ainda será consolidado, foi “normal” e semelhante ao do ano passado. Por causa do grande número de inscritos, o governo concedeu 15 minutos de tolerância para o início da prova, que havia sido marcado para as 13 horas.

Mesmo assim, houve filas nos locais de exame e atrasos pelo País. Na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), as filas começaram antes do meio dia e tomaram o quarteirão, mas todos conseguiram entrar antes de 13 horas. “Tinha que ler muito para responder uma pergunta simples, cansava demais”, disse Elvis Ramos de Oliveira, de 26 anos, jornaleiro, que fez a prova na capital. Ele participou do Enem para concorrer a uma vaga no Programa Universidade para Todos (ProUni), que estimula instituições privadas a conceder bolsas a estudantes pobres em troca de isenção fiscal.

O ProUni é considerado um dos motivos para a explosão no número de inscritos no Enem em 2005 - quando começou a funcionar - e neste ano. Só quem tem uma boa nota no exame pode concorrer à bolsa.Segundo alguns candidatos, a redação - que pedia um texto sobre leitura - foi a parte mais complicada da prova. “O tema era muito amplo, pouco objetivo”, disse Erika Mate de Figueiredo, de 20 anos. “Teve textos que eu não entendi, sobre meio ambiente”, completou a recepcionista Mariana dos Santos, de 19 anos, que fez o Enem em Porto Alegre.

Para Maria Lúcia Ferreira, os textos estavam “muito intricados”.“A prova tem ficado cada ano mais difícil”, disse a professora do Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes. O Enem é interdisciplinar, com questões de múltipla escolha. Seu modelo, com muita interpretação de texto, é elogiado por educadores. A prova não é focada em conteúdo e sim em competências e habilidades.

No exame de ontem, os alunos precisavam interpretar textos de Carlos Drummond de Andrade e Oswald de Andrade. Havia gráficos sobre inflação e algumas questões sobre meio ambiente. Outras perguntas falavam sobre migrações internacionais e experiências de pedágios urbanos. Em Belo Horizonte, os candidatos reclamaram do enunciado das questões. “Você se perde na hora de ler”, disse Karem Kamal. Lorena Amanda Ventura, de 18 anos, contou que ficou tensa durante o exame porque se surpreendeu com a dificuldade. Em Manaus, os estudantes acharam a prova fácil.

ATRASOS
Na Universidade Nove de Julho (Uninove), na capital, vários candidatos se atrasaram. Carlos Eduardo Laino, de 25 anos, e seu irmão Emerson, chegaram às 13h16 ao prédio e não puderam entrar. “Saímos de casa às 9 horas e pegamos quatro ônibus”, disse Laino, que mora em Itapevi. Outra atrasada, a auxiliar de enfermagem Isabel Correia da Silva, de 40 anos, reclamou dos ônibus. “Fiquei mais de 20 minutos esperando no ponto.” A Prefeitura informou que não aumentou a frota de ônibus, que é reduzida aos domingos, por causa do Enem. Os participantes do Enem receberão suas notas entre 6 a 17 de novembro.

>> Cursos fecham e deixam bolsista à deriva.

Beneficiados pelo Prouni desistiram e até trocaram de área porque cursos fecharam por dificuldades financeiras e eles não encontram instituições que aceitem mais bolsistas. "Vou prestar vestibular de novo e tentar pagar. Pelo Prouni, não dá", reclama Fernanda Coutinho de Abreu, 19, ex-aluna do curso de pedagogia da Faculdade Anglo Latino (São Paulo), que busca outra instituição desde o início do ano.

Sua colega Alexandra Ferreira Solito, 19, teve melhor sorte. Após quase seis meses, a Uninove aceitou sua bolsa. "Ficamos desamparados, o MEC dizia que não podia ajudar." Andreza de Ávila, 19, teve de trocar jornalismo por direito, carreira oferecida pela Unibero. "As universidades dizem que já atendem ao número de bolsas."

O diretor do Departamento de Modernização e Programas da Educação Superior, Celso Carneiro Ribeiro, nega essas dificuldades e diz que, desde que o programa foi criado, cerca de 16 mil já se transferiram. Ele diz que o ministério não pode atuar quando alunos estão matriculados em instituições que não fecharam oficialmente.

>> ProUni oferece vagas em 237 cursos com notas baixas no Enade.

O Programa Universidade para Todos (ProUni) ofereceu, nos últimos dois anos, vagas em 237 cursos de ensino superior que tiveram os piores conceitos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Segundo o jornal Folha de S.Paulo, eles representam 48% dos 492 cursos com notas 1 e 2, as mais baixas do Enade.

Pela lei do ProUni, os cursos com baixo rendimento só poderão ser fechados se tiverem três desempenhos insatisfatórios no Sinaes, sistema de avaliação do ensino superior do qual o Enade faz parte e que conta também com visita de comissões às universidades.

Para participar do ProUni, as instituições usufruem de isenção de tributos. Em 2005, o governo deixou de arrecadar R$ 105,6 milhões e beneficiou 112.275 alunos em 1142 instituições.
Para especialistas, o governo federal deveria ser mais criterioso para evitar desperdícios. "Esse recurso poderia ser destinado às instituições públicas", diz Romualdo Portela, professor de políticas públicas da Faculdade de Educação da USP.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, diz que o governo adotou medidas para melhorar a qualidade não só dos cursos do ProUni como de todo o ensino superior. A avaliação feita pelo jornal também detectou 196 cursos do Prouni que tiveram os conceitos 4 e 5 no Enade, os mais altos da Exame.

O número de vagas do Prouni é quase o mesmo que o oferecido pelos vestibulares de todas as universidades federais do país - cerca de 120 mil ao ano.

25.8.06

>> Professores e alunos criticam superlotação.

Tanto alunos como professores dos supletivos reclamam das condições de ensino. Elaine Ferreira, 20, trocou o ensino médio regular pelo supletivo neste ano. "O normal era melhor. Agora é corrido. Em três semanas, já acaba o bimestre."Elaine, que estuda em uma escola estadual em São Mateus (zona leste de SP), disse também que a sua turma está cheia. "São 49 alunos. É muito barulho. E vários estão lá só pelo diploma."

Quem também reclama da infra-estrutura é Paulo Sérgio Ramos, 34, que estuda em uma escola estadual no Jardim São Luís (zona sul de SP). "Não tem sala de informática nem biblioteca. E ainda tem professor que joga as coisas na lousa, senta e fala: 'Copia'. Isso desestimula."O professor de matemática Luiz Henrique da Costa, 44, endossa a reclamação sobre o tamanho das turmas.

O número de alunos em suas classes, diz, varia entre 40 e 50 --ele trabalha na zona sul de São Paulo. "Enquanto você explica, um monte de gente conversa. Preciso parar toda hora, e a classe dispersa."A presidente em exercício da Apeoesp (associação dos professores da rede estadual de São Paulo), Maria Izabel Noronha, afirma que o problema é generalizado. "

O professor ganha pouco e faz jornada tripla. Como ele vai preparar uma boa aula?"A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo negou que haja classes superlotadas. A pasta informou que, no máximo, há salas com 43 alunos, o que atende a recomendação da própria pasta.

>> PUC venceu déficit, diz d. Cláudio Hummes.

Segundo cardeal, contas serão normalizadas em um ano.

SÃO PAULO - O cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Cláudio Hummes, informou ontem que a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), da qual é grão- chanceler, deixou de ser deficitária e deverá estar financeiramente saneada no prazo de um ano.


"A PUC está fazendo superávit, embora não o suficiente para pagar as prestações da dívida - o que já é muito importante, pois nos dá a confiança de que vamos chegar à recuperação, com a certeza de que a universidade vai sair da crise e vai ser até mais renovada", disse o cardeal.

D. Cláudio adiantou que terá hoje uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em São Paulo, para analisar com ele quais medidas o governo poderia tomar para ajudar a PUC a alongar o pagamento da dívida, com juros mais baixos e prestações menores.

Segundo o arcebispo, a dívida da PUC gira em torno de R$ 107 milhões, compromisso que a Fundação São Paulo, mantenedora da instituição, faz questão de pagar. "É uma questão ética, pois a gente não toma um empréstimo para não pagar", disse d. Cláudio. Desde dezembro, a universidade demitiu quase 30% de seu pessoal - 472 professores e 374 funcionários - para enfrentar a crise. O corte drástico na folha de pagamento foi uma das medidas negociadas com os bancos credores para o saneamento da instituição.


"O grande problema nosso é que precisamos alongar a dívida, de modo que as prestações mensais não sejam tão grandes, porque a dívida nós queremos e vamos pagar", insistiu o grão-chanceler da PUC. A Fundação São Paulo pediu um empréstimo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que recebeu aval do Ministério da Educação (MEC). D. Cláudio esclareceu que isso ainda não significa concessão do empréstimo, porque a liberação do dinheiro depende de outra instância.


"Fizemos um pedido de financiamento de construções para ampliar espaços e foi isso que o MEC examinou e aprovou", informou. Os recursos serão utilizados para ampliação do campus da PUC no bairro de Perdizes.


Entusiasmado com a inauguração de um campus em Barueri, construído em parceria com a prefeitura da cidade, que bancou as instalações e as cedeu em comodato, por 20 anos, à Fundação São Paulo, o cardeal acena com novos projetos.


"Estamos reavaliando e devemos relançar no fim do ano alguns cursos (da área tecnológica, cancelados no mês passado por falta de procura) que não conseguimos abrir agora, por não ter havido muito tempo para divulgação", informou d. Cláudio. Fundada em 1946, a PUC acaba de comemorar 60 anos.

>> Fuvest divulga lista de indicados para receber isenção da taxa do vestibular.

A Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) indicou 41.493 alunos para o benefício de isenção da taxa de inscrição para o vestibular 2007. O conselho curador da Fuvest havia aprovado 65 mil isenções, mas pouco mais de 42 mil candidatos se inscreveram, segundo informou o departamento de Assistência Social.

Os candidatos habilitados deverão comparecer ao posto em que solicitaram o benefício neste ou no próximo fim de semana (26 e 27 de agosto e 2 e 3 de setembro), entre 8h e 17h, para preencher ficha de inscrição de isento e retirar o manual do candidato.Os classificados que não comparecerem aos postos do vestibular nas datas e horários previstos perderão o benefício.

A ficha de inscrição deverá ser entregue nos postos oficiais relacionados no manual do candidato, nos dias 10 e 17 de setembro.Foram beneficiados candidatos com renda individual ou per capita na família de R$ 385. A lista com os candidatos classificados para obter a isenção pode ser acessada pela internet.

Entre as mudanças determinadas para o concurso 2007 está a redução do número de questões --que passou de cem para 90--, a inclusão de perguntas interdisciplinares e bônus de 3% sobre a nota para alunos da rede pública.

24.8.06

>> Acompanhe correção online do Enem 2006 neste domingo.

Os 3,7 milhões de candidatos ao Enem 2006 (Exame Nacional do Ensino Médio) poderão acompanhar a correção online da avaliação neste domingo (27/08), a partir das 18h. O UOL Vestibular exibirá, em tempo real, a resolução das questões, que será feita por professores dos cursinhos pré-vestibulares Objetivo e Etapa, de São Paulo.O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) divulgará o gabarito oficial do exame após as 19h. A consulta aos locais de prova já está disponível.

O Enem 2006 será aplicado às 13h, em 800 municípios do país e 140 unidades prisionais. O exame tem 63 questões objetivas de múltipla escolha e uma redação. Quem não recebeu o cartão de confirmação de inscrição deverá entrar em contato com o programa Fala Brasil pelo telefone 0800-616161 ou procurar por listas afixadas na agência dos Correios, onde se inscreveu.

Segundo a assessoria de imprensa do Inep, o estudante que não tiver recebido esse documento deve comparecer ao local de prova, portando a carteira de identidade. "Ninguém será impedido de fazer o Enem por estar sem o cartão", informa. Os candidatos deverão levar o questionário socioeconômico, que foi enviado junto com o cartão de confirmação.

Aumento da procura

O número de inscritos no Enem cresceu 24% em relação ao ano passado, segundo dados divulgados pelo Inep.A procura dos estudantes pelo exame cresceu a partir da implantação, em 2005, do Prouni (Programa Universidade para Todos).

Uma boa nota pode garantir bolsas de estudos integrais ou parciais (50%) nas universidades não-públicas que participam do programa.Com a obrigatoriedade de apresentação de nota do Enem para disputar os benefícios no Universidade para Todos, o número de estudantes inscritos na prova chegou a dobrar no ano passado, quando 3 milhões de candidatos se inscreveram.O desempenho do estudante na avaliação também é utilizado por várias universidades brasileiras como critério de seleção para ingresso na graduação.

O Enem é uma avaliação voluntária de alunos que cursam a terceira série do ensino médio ou que já concluíram essa etapa em anos anteriores, cujo objetivo é analisar a qualidade da educação no país.

Dicas

O UOL Vestibular possui material que pode auxiliar os estudantes a revisar as matérias do ensino médio e a se preparar para as provas.Os candidatos podem se preparar para o Enem 2006, respondendo às questões dos exames anteriores (1998 a 2004). Temas do ensino médio também podem ser relembrados na página de revisão.

Na seção de atualidades, o estudante pode se informar sobre assuntos do dia-a-dia que podem ser tema de redação. Os alunos também têm à disposição uma série de obras literárias para os principais vestibulares do país.

>> Universidades darão cursos de saneamento.

Uma rede formada por universidades brasileiras e instituições governamentais vai desenvolver cursos para cerca de 5 mil gestores, técnicos e operadores de empresas de saneamento básico. O projeto, chamado Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental (Recesa), divide-se em quatro núcleos regionais, geridos por 14 instituições de ensino.
Segundo o site do Programa nas Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Recesa pretende capacitar os profissionais em temas que vão do abastecimento de água até o manejo de resíduos sólidos urbanos.


"A idéia é construir um sistema de capacitação definitivo capaz de formar agentes qualificados por completo", destaca Ernani Ciríaco de Miranda, integrante do Comitê Gestor da RECESA e coordenador do Programa de Modernização do Setor de Saneamento, projeto desenvolvido pelo Ministério das Cidades em parceria com o PNUD.


A Rede detectou uma grande necessidade de capacitação para gestores responsáveis pelo planejamento institucional, pesquisadores e operadores da rede de tratamento.As atividades abordarão quatro áreas: abastecimento de água, esgotamento sanitário, gestão das águas pluviais e gestão dos resíduos sólidos.


Até o fim de 2007, deverão ser realizados 150 cursos sobre temas como tratamento de água e esgoto, tubulações, conservação de água e energia elétrica, controle de qualidade de água, resíduos sólidos, formação de gestores, entre outros.

>> Bolsas de residência médica terão reajuste de 30%.

Os ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Saúde, José Agenor Álvares da Silva, informaram na tarde desta quarta-feira (23/08), que o valor das bolsas de residência médica será reajustado em 30% a partir de janeiro de 2007.

O projeto de lei que estabelece o reajuste será enviado ao Congresso Nacional nos próximos dias. No caso das bolsas de residência que não são pagas pelo governo federal, o projeto prevê a integralização do reajuste até julho de 2007.

O valor atual da bolsa é de R$ 1.459.
Com informações do MEC

23.8.06

>> MEC autoriza empréstimo de R$ 35 milhões à PUC-SP.

O Ministério da Educação autorizou o BNDES a conceder um pedido de empréstimo de R$ 35 milhões à PUC-SP. A universidade deve usar o dinheiro para ampliar seu campus na capital paulista e afastar a crise financeira que atinge a instituição.

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, a PUC-SP quer construir três novos prédios na área em que hoje estão os cursos de comunicação e filosofia. Nessa área circulam cerca de três mil estudantes por dia.

O projeto da PUC se enquadra em um programa do BNDES que prevê apoio às instituições de ensino superior que pretendem ampliar suas instalações. Para a concessão do empréstimo, o MEC precisa avaliar se há de fato necessidade acadêmica para a proposta. Apesar de reconhecer que as instalações precisam de reformas, a Apropuc acha contraditório que isso acontece em maio à crise. "

Se precisa cortar gastos, como haverá aumento do endividamento?", questiona o diretor da Apropuc (associação dos docentes da PUC), Erson de Oliveira.
No início deste ano, a universidade cortou cerca de 30% do quadro de professores e de funcionários. A PUC tem uma dívida bancária de R$ 107 milhões.

>> Faculdades não podem cobrar taxa para expedir diploma.

Para o MPF, a expedição do diploma é o ato final do curso e, por isso, deveria ser fornecido pelas entidades sem cobrança de taxas adicionais.

SÃO PAULO - Instituições de ensino superior não podem cobrar taxa para a expedição de diploma e certificados de conclusão de curso. O entendimento é da 1ª Vara da Justiça Federal de Bauru, município no interior de São Paulo. O juiz Roberto Lemos dos Santos Filho concedeu liminar para suspender a cobrança feita por todas as faculdades privadas do município, até o julgamento do mérito da questão.

A Ação Civil Pública foi ajuizada pelo Ministério Público Federal em Bauru, no dia 15 de agosto. Para o MPF, a expedição do diploma é o ato final do curso e, por isso, deveria ser fornecido pelas entidades sem cobrança de taxas adicionais, assim como determina a Resolução 3, de 13 de outubro de 1989, do Conselho Federal de Educação. Hoje, o órgão é conhecido como Conselho Nacional de Educação.

>> Serra e Mercadante com visões opostas sobre educação.

No horário eleitoral nas rádios, Serra defende que educação melhorou em São Paulo, enquanto Mercadante faz críticas.

SÃO PAULO - O candidato do PSDB ao posto de Governador de São Paulo José Serra dedicou seu programa no rádio, durante o horário político eleitoral, à educação. “Não existe prioridade mais importante do que investir no futuro e ele está nas crianças de São Paulo”, afirmou Serra.

O programa do candidato afirmou ainda que a gestão do PSDB em São Paulo promoveu a expansão nos horários de aulas e ainda trouxe um aumento quantitativo de crianças em salas de aula e ainda afirmou que na Prefeitura de São Paulo, eliminou as “escolas de lata” (cada sala era montada em um contêiner metálico) da administração anterior, do PT.

Serra falou ainda da construção de 58 novas escolas municipais e do Programa Ler e Escrever, em que são colocadas duas professoras por sala no primeiro ano do ensino fundamental para reforçar o aprendizado básico. “Sem uma base sólida no ensino fundamental, a escola começa a
patinar”, disse Serra.

O candidato do PT ao Governo de São Paulo, Aloízio Mercadante, apresentou uma visão oposta em seu programa nas rádios. No quadro mostrado no programa das rádios, as escolas públicas de São Paulo são “avaliadas entre as piores do Brasil”, e em que “os bandidos mandam nas escolas”.

Explorou este tema para propor uma conversa direta com as mães. “As mães são as mais preocupadas com a vida e o futuro de seus filhos”, disse Mercadante. O candidato afirmou a importância da educação, que afirmou como “passaporte para o futuro”.
Lula, candidato à reeleição para a Presidência, voltou a pedir votos para Mercadante afirmando que há muita gente em São Paulo que o apóia, mas que não declara intenção de votar no candidato do PT ao Governo, e pediu novamente votos para o candidato.

22.8.06

>> Serra diz que péssimo desempenho de alunos paulistas se deve à migração.

O candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra, atribuiu o péssimo desempenho dos alunos do Estado no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) às altas taxas de migração. Durante entrevista ao SPTV, o ex-prefeito voltou a dizer que vai colocar dois professores em cada sala de aula do ensino fundamental.
Diferentemente dos Estados do sul, São Paulo tem muita migração e este é um problema. Houve expansão quantitativa no ensino para atender a demanda, agora temos que focar na qualidade –, afirmou. Pela última avaliação do Ministério da Educação, o Prova Brasil, no fim do ano passado, a quarta série do ensino municipal de São Paulo está entre as sete piores do País na comparação com a das demais capitais.

Na média, os alunos não obtiveram a metade do total de pontos, juntamente com estudantes de vários Estados do nordeste. Serra não explicou como vai arrumar recursos para dobrar a folha de pagamento dos professores, que custa hoje cerca de R$ 9 bilhões ao Estado, para contratar dois professores por sala para melhorar a qualidade do ensino. – A segunda professora é estudante universitária de Pedagogia, de Letras. É uma assistente com salário inicial. A prefeitura já fez em quase metade das escolas, isto é perfeitamente viável do ponto de vista financeiro –, disse.

Na semana passada, o candidato pelo PSDB à presidência, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, errou, durante entrevista ao Jornal Nacional, os dados sobre educação em São Paulo. Alckmin confundiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) com o Prova Brasil e afirmou que São Paulo é o primeiro Estado do país pelo Saeb, que avalia o sistema de educação. O Saeb era o sistema usado para avaliar a educação básica até 2003. Desde 2005, o Ministério da Educação adotou o Prova Brasil, que revela que o Estado de São Paulo não está em primeiro lugar, como disse o ex-governador. Os resultados das duas provas não podem ser comparados.

Na entrevista desta quarta, Serra disse ainda que não manterá o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, no cargo, caso seja eleito. – Estou disputando a eleição para ganhar, não estou nomeando secretários. Vão ser novas equipes em todas as áreas, mas isto só vou fazer depois de ganhar, porque dá azar nomear antes de ganhar eleição –, disse Serra. O candidato afirmou que houve avanço na segurança durante os doze anos de administração tucana no Estado, mas que novos problemas, como a superpopulação carcerária e o desenvolvimento do crime organizado, apareceram. – A polícia passou a prender mais. Quando Covas entrou no governo, havia 40 mil presos. Hoje temos mais de 150 mil.

A taxa de homicídios caiu pela metade. Mas novos problemas apareceram. É sempre assim: quando se resolve um problema aparecem outros, superpopulação carcerária e desenvolvimento do crime organizado nas prisões - afirmou. Serra desconversou quando o apresentador Chico Pinheiro perguntou se ele ficaria no cargo até o final do mandato. - (O ano de) 2010 está muito longe, nem você sabe onde vai estar. Mas, o que eu vou fazer até o final do mandato é trabalhar bastante para corresponder às expectativas das pessoas de São Paulo, caso eu seja escolhido — afirmou Serra que, durante a campanha para prefeito de São Paulo, em 2004, prometeu cumprir o mandato municipal até o fim. Serra afastou-se do cargo no primeiro semestre para concorrer ao governo do Estado.

>> Saresp será feito por amostragem.

Exame do governo estadual deixará de ser feito por todos os alunos para economizar recursos em 2007

O Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) não será mais feito com todos os alunos da rede, como ocorria desde 2003. Na semana passada, como informou o Estado, o governo estadual cancelou a prova deste ano para fazer reformulações. "Não vejo mais razão para o exame ser censitário, em todas as séries, já que existe a Prova Brasil e o MEC a faz de graça para as redes", disse a secretária do Estado de Educação, Maria Lúcia Vasconcelos.

Ela se refere à prova que foi feita pela primeira vez no ano passado por 3,3 milhões de alunos de cerca de 5 mil escolas públicas de todo o País. Por decisão da secretaria na época, São Paulo foi o único Estado em que apenas uma amostra dos estudantes participaram e, por isso, não teve suas notas divulgadas escola por escola. Maria Lúcia hoje lamenta essa decisão da gestão passada. "Brigas de partido não podem influenciar na educação. A avaliação é nacional, São Paulo tem de participar."

A idéia da secretária é de que o Saresp complemente a Prova Brasil. "Poderíamos avaliar outras áreas, como ciências, por exemplo." O Saresp, até 2005, examinou todos os alunos da rede, de todas as séries, em português e matemática. Custou cerca de R$ 9 milhões. Já a Prova Brasil custa cerca de R$ 55 milhões e avalia todos os alunos da 4ª e 8ª séries do País também em português e matemática. As séries foram escolhidas por marcarem o fim de cada ciclo do ensino fundamental.

Se o próximo secretário da educação, em 2007, não mudar as determinações deixadas por Maria Lúcia, o Saresp passará a ser feito com apenas algumas séries e com acompanhamento dos mesmos alunos na avaliação. Ela já havia sido feita por amostragem entre 1996 e 2002.
Segundo a especialista em avaliação da Fundação Cesgranrio, Nilma Fontanive, a avaliação não deixará de poder ser comparada às realizadas em anos anteriores se voltar a ser feita por amostragem. Isso porque a metodologia usada permite que sejam usados os mesmos itens e a mesma escala de dificuldade em todas as avaliações, sejam universais ou por amostra. Nilma foi a responsável tanto pelo Saresp quanto pela Prova Brasil na Cesgranrio, que ganhou as licitações para realizar os exames.

"A diferença entre fazer por amostra e universal está no objetivo do gestor", diz ela. Segundo Nilma, a avaliação com todos os alunos dá resultados de cada escola, de cada série, e assim é possível haver uma orientação precisa do que o governo pode fazer para melhorar. Já a amostragem traz um monitoramento da rede como um todo, mas também permite identificar os pontos fracos e fortes.

Segundo Maria Lúcia, com a participação de menos alunos no novo Saresp os custos se reduzem a um terço. Por isso, a secretária ainda estuda se o exame voltará a ser anual ou se será bienal.

>> Enem: nota já não é determinante para obter vaga.

Universalização da prova, feita por mais de 85% dos candidatos que prestam os principais vestibular de São Paulo, faz com que sua influência nos processos seletivos tenha se tornado menor. Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, um estudo desenvolvido pela Vunesp mostra que apenas 3,42% dos ingressantes na Unespe neste ano seriam trocados se o exame não entrasse no cálculo.

De acordo com Fernando Prado, diretor acadêmico da Fundação Vunesp, o Enem contribuiu mais para elevar um pouco as notas dos candidatos que para alterar a lista de aprovados. A concorrida carreira de medicina, por exemplo, que não teve nenhum classificado sem Enem entre as 90 vagas oferecidas no campus de Botucatu, incluiria cinco candidatos desta categoria.

Prado diz que quem consegue uma nota alta no Enem não tem vantagem direta sobre os seus concorrentes no vestibular, apenas sobre quem tirou uma nota menor no Exame. O melhor desempenho faz também com que a nota de corte aumente. No vestibular da Unicamp do último ano, a nota média da primeira fase foi de 56,4 para os candidatos sem Enem, e de 61,3 para os com Enem. Neste ano, são 3.731.925 os estudantes inscritos no Enem, número recorde e 24% maior que o de 2005.

>> Supletivos crescem 60%; cursos não são avaliados.

Sem uma avaliação sistemática da qualidade dos cursos, as matrículas nos supletivos, agora chamados de educação de jovens e adultos (EJA), cresceram 60,3% nos últimos oito anos no país. Uma das justificativas para isso é a pressão do mercado de trabalho. No mesmo período (97 a 2005), o número de alunos no básico regular aumentou apenas 4,75%.O crescimento ocorreu sem o acompanhamento de exames que possam gerar dados sobre qualidade e nível de aprendizado dos alunos.

O sistema regular é avaliado pela União desde 1995 por meio do Saeb.Para especialistas, o maior problema dos supletivos é a falta de preparo dos professores para lidar com um público mais velho e que trabalha. O próprio MEC reconhece que é preciso avançar nesse ponto. "Há espaço para um acompanhamento mais detalhado", afirmou à Folha o diretor do Departamento de Educação de Jovens e Adultos do ministério, Timothy Ireland.

Ele divide responsabilidades com Estados e municípios.Os supletivos atendem alunos maiores de 15 anos que não terminaram o ensino fundamental (até a oitava série) e com mais de 18 anos que não concluíram o médio.Pesquisadores confirmaram que faltam indicadores para avaliar os supletivos. Mas, pela análise das políticas adotadas e pelo contato com alunos e professores, eles afirmam que o sistema está com problemas."

O formato da escola para jovens e adultos não atende às necessidades básicas de aprendizagem", disse Stela Piconez, docente da USP que coordena o Núcleo de Estudos sobre EJA e de Formação Permanente de Professores da universidade.Piconez afirma que a modalidade deveria ser desenhada para um perfil de aluno que é mais velho e que já trabalha. "Os temas não são relacionados ao cotidiano do trabalho, e a grade prevê cinco aulas diárias, o que é impossível para alguém que já trabalhou oito horas no dia."

O coordenador-geral da ONG Ação Educativa, Sérgio Haddad, aponta outro problema. "Não existe formação de EJA para os professores. Em muitas universidades, não há sequer uma disciplina sobre o tema", completa Haddad, que estudou a educação de adultos em seu mestrado e doutorado na USP. "O poder público encara o EJA como um favor, não como um dever", disse Hebe Tolosa, da Associação de Pais e Alunos das Escolas do Estado de SP.

Mesmo sem uma avaliação sistemática, 4,619 milhões de estudantes brasileiros estavam matriculados em supletivos no ano passado, de acordo com dados mais recentes.Essa etapa ganha importância principalmente porque cerca de 67 milhões de brasileiros com mais de 15 anos não terminaram o ensino básico, segundo dados do MEC.Apesar de as turmas de primeira a oitava série ainda ficarem com 73,5% do total das matrículas nos supletivos, foi no ensino médio que ocorreu a maior taxa de crescimento.

O número de alunos passou de pouco mais de 390 mil, em 1997, para 1,223 milhão em 2005 (veja quadro).A procura pode ser explicada não só pelo menor prazo para terminar os estudos (enquanto o ensino médio regular são três anos, o EJA pode ser feito em dois ou menos) mas também pela exigência do mercado de trabalho. Essa constatação é confirmada por quem atua na contratação de profissionais. "O nível mais baixo de exigência que temos é o ensino médio", afirmou a consultora de recursos humanos Meire Fujimoto, da Catho (consultoria de recolocação profissional).

A empresa oferece, hoje, 168 mil vagas --para nenhuma delas aceita-se apenas o ensino fundamental. Para quem possui só o ensino médio, diz Fujimoto, os salários são em média de R$ 500, para funções como vendedor ou para telemarketing.Haddad e Piconez lembram ainda que a procura aumentou porque há hoje mais concluintes no ensino fundamental, que foi praticamente universalizado na década passada

21.8.06

>> Enem recebe 3,7 milhões de inscrições em 2006.

A nona edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) recebeu cerca de 3,7 milhões de inscrições em todo o País, o que representa um aumento de 24% em relação ao ano passado. A prova do será aplicada em 800 municípios, no próximo dia 27, às 13h (horário de Brasília). Mas o aluno deve chegar ao local com pelo menos uma hora de antecedência.


Desse total, 2,1 milhões são estudantes que devem concluir o ensino médio até o final deste ano, dos quais cerca de 1,9 milhão é proveniente de escolas públicas. O restante (1,6 milhão) já fez a prova em edições anteriores. Ao todo, 3,3 milhões estão isentos da taxa de inscrição, de acordo com o Ministério da Educação (MEC).


Cartão

O MEC informou que o Cartão de Confirmação de Inscrição (que contém o número de inscrição e local de prova) já foi entregue às escolas ou ao endereço indicado na ficha de inscrição. O documento deve ser levado no dia da prova. Mas caso o inscrito não tenha o cartão, é possível apresentar o documento de identidade. O MEC ressalta que ninguém será impedido de fazer a prova se não tiver o cartão.


A partir desta segunda-feira, é possível consultar o local do exame no site do Enem ou pelo telefone 0800-616161. A lista também estará disponível nas escolas onde o aluno realizou a inscrição e nas agências dos Correios de todo o País.
Para a consulta via Internet, é preciso informar o Estado e preencher pelo menos três dos campos pedidos: nome completo, data de nascimento, Cadastro de Pessoa Física (CPF), Número de Identificação Social (NIS), documento de identidade e nome da mãe.

>> Faculdades particulares driblam a crise com choque de gestão.

Universidade faculdades particulares que sobrevivem à crise não são boas apenas em qualidade, mas também em gestão. Depois do boom do setor, que entre 1994 e 2004 supriu a grande demanda reprimida de vagas, agora resistem os bons. A Faculdade de Campinas (Facamp) e o Ibmec São Paulo são exemplos disso. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
O diretor de operações do Ibmec diz que preferiu não investir em infra-estrutura.

O campus de 10 mil metros quadrados e custo de R$ 50 milhões abertos neste ano na Vila Olímpia foi construído por outra empresa e alugado pelo Ibmec.
Criado em 1999 em uma parceria com outras empresas, o Ibmec, a partir de 2004, virou uma instituição sem fins lucrativos. Hoje tem uma receita de R$ 63 milhões oriunda exclusivamente do pagamento das mensalidades de cerca de 2500 alunos.

Deixando de lado a propaganda, o Ibmec apostou no boca-a-boca como meio de divulgação, ficando conhecido por roubar grandes professores de instituições como Universidade de São Paulo (USP) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A receita da estrutura do Ibmec é seguida pela Facamp. "Cada vez que o aluno aperta o botão do elevador, perde-se dinheiro", diz o economista João Manuel Cardoso de Mello, que inaugurou a instituição apostando em prédios térreos. A proposta de gestão deu resultado. Nos últimos meses, investidores internacionais tentaram comprar quatro vezes a faculdade, que tem apenas 2% de inadimplência, um recorde no setor.

Além de investir na parte administrativa, A Facamp investiu em currículos diferenciados. O período de aula é sempre integral e todos os alunos precisam cursar aulas de português, inglês e filosofia.

Ambas as instituições acreditam que ensino superior barato é balela. As mensalidades de Ibmec e Facamp giram em torno de R$ 2 mil. Mello, da Facamp, diz que até oferece bolsas de estudos, mas tem consciência que oferece algo acessível para poucos. "Só dá para oferecer ensino de qualidade para os pobres se o Estado pagar."

>> Uma medida de bom senso.

De acordo com o secretário de Estado adjunto da Educação, o novo prazo será divulgado esta segunda-feira.
A medida responde ao pedido da Federação Nacional de Professores, tendo em conta que muitos docentes estão de férias.

"É uma medida de bom-senso. É positivo que as colocações tenham sido anunciadas com alguns dias de antecedência, mas há que salvaguardar o facto de um conjunto de professores poder estar em férias e, portanto, só saber tardiamente a sua colocação", afirmou António Avelãs, da Fenprof.
Os professores vão assim ter mais tempo para aceitar as colocações nas escolas.

18.8.06

>> Gastos com educação cresceram nos últimos anos.

Participação dos gastos com educação cresceu de 14% em 1999 para 16 % da despesa total dos governos estaduais em 2002

A participação dos gastos com educação cresceu de 14%, em 1999, para 16 % da despesa total dos governos estaduais em 2002, segundo revela pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. Já nos municípios pesquisados, a participação da educação cresceu de 18% para 21%, no período.
Os técnicos do IBGE afirmam no documento de divulgação da pesquisa que "num contexto de limitação orçamentária, a hierarquia dos gastos governamentais esteve fortemente relacionada às despesas obrigatórias ligadas, principalmente, à saúde e à educação" no período pesquisado.

>> OAB realiza 1ª fase do 130º exame neste domingo.

Neste domingo (20/08), 19.622 inscritos farão a prova da 1ª fase do 130º Exame de Ordem da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil Secção de São Paulo). As provas serão aplicadas das 8h às 13h, nos 28 locais divulgados pela Vunesp (Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista), que organiza o processo de seleção.

Os candidatos devem chegar com uma hora de antecedência (7h) aos locais de prova, portando RG, comprovante de inscrição e caneta esferográfica azul ou preta.Esta primeira prova será objetiva, com 100 questões de múltipla escolha sobre as seguintes matérias: direito constitucional, direito civil, direito comercial, direito penal, direito do trabalho, direito administrativo, direito tributário, direito processual civil, direito processual penal e direito processual do trabalho.

O exame também terá questões sobre o Estatuto da OAB, seu Regulamento Geral e o Código de Ética e Disciplina. O gabarito será divulgado no início da próxima semana. Os candidatos que atingirem 50% de acerto das questões da primeira fase serão convocados para a prova prático-profissional (segunda fase), que será aplicada no dia 17 de setembro.
A segunda prova compreenderá redação de peça profissional e cinco questões práticas.

Exame 129

O último Exame de Ordem, realizado no mês de maio, aprovou 9,79% dos candidatos, no que foi o terceiro pior resultado nos 35 anos de realização das provas. Do total de 22.207 bacharéis, 1.232 estiveram ausentes e foram habilitados 2.873 para a segunda fase e também fizeram a prova 1.175 candidatos de releitura do Exame 128. Foram aprovados para a segunda fase 4.048 candidatos e, ao final, 2.053. "

Nos preocupa este número baixo de aprovados que, sem dúvida, reflete a má formação dos bacharel e o decréscimo na qualidade do ensino jurídico, desencadeado por um volume excessivo de cursos de Direito, que já somam 959 no país e 213 em São Paulo", comenta o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso.A avaliação é requisito obrigatório para o exercício da profissão de advogado e é destinada aos bacharéis em direito que tenham concluído a graduação. O candidato deverá optar por uma das seguintes áreas do direito: civil, penal, tributário e do trabalho.

>> PUC-SP inaugura unidade em Barueri.

Expansão da universidade teve início em março de 2005, com a inauguração do campus Santana

SÃO PAULO - A PUC-SP inaugura na próxima segunda-feira, dia 21, sua nova unidade em Barueri, na Grande São Paulo, em parceria com a prefeitura do município. Em 2007, o local deverá ganhar o status de campus, com aprovação do MEC para a abertura de graduação. Estão previstos cursos como Educação Física, Gerontologia e Fisioterapia.

Atualmente, funcionam no local aulas do cursinho preparatório Formação Complementar para Vestibulandos (Foco). Coordenado pela Pastoral Universitária da PUC-SP, o cursinho é voltado a pessoas de baixa renda.
As inscrições para os cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) e extensão, que começam a funcionar ainda este mês na nova unidade, já estão abertas.

Há opções de pós-graduação em Direito, MBA e Educação Física da Pré-Escola, além de diversos cursos de extensão em Fonoaudiologia, Educação, Psicologia, Direito e da Universidade Aberta para a Maturidade.
A expansão da PUC-SP teve início em março de 2005, com a inauguração do campus Santana. Trata-se de uma medida para ampliação de receita, necessária para conter a crise pela qual passa a universidade

17.8.06

>> Manifestação na PUC-SP - "Cadeiraço".

>> São Paulo suspende avaliação de escolas.

O governo paulista decidiu cancelar neste ano o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar no Estado de São Paulo (Saresp), prova feita com alunos da rede pública. Segundo o jornal Estado de São Paulo, a Secretaria da Educação informou que o exame não será aplicado porque não houve tempo para estruturar a prova de 2006 e avaliar os resultados de 2005.


Muitos professores afirmaram que desconheciam da decisão. "Se tem um motivo justo (para a suspensão), é preciso explicar o que aconteceu", disse a presidente do sindicato dos professores, Maria Izabel Noronha.
A suspensão do Saresp pode estar relacionada também à concorrência com a Prova Brasil. Criada em 2005 pelo Ministério da Educação (MEC), a avaliação nacional é realizada de forma semelhante, mas oferecida gratuitamente a todas as redes públicas do País.


Para a ex-secretária da Educação Rose Neubauer, o governo tomou o rumo correto. "Acredito que foi uma decisão prudente, em defesa do recurso público", disse. A prova custa R$ 9 milhões. Para ela, é preciso estudar melhor os resultados do exame para que realmente possam orientar políticas.

>> Enade: 61% dos alunos vieram da rede pública.

O perfil socioeconômico dos alunos avaliados pelo Enade 2005 mostra que, em média, 60,6% fizeram o ensino médio em escola pública. Além disso, 33,6% se declararam pretos ou pardos e 29% pertencem a famílias com renda de até três salários mínimos por mês.

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, os números mostram que o projeto de cotas será praticamente nulo para alguns cursos em que o percentual de alunos egressos do ensino médio da rede pública já ultrapassa os 50% atualmente.


O projeto, que aguarda votação na Câmara, prevê a reserva das vagas de todos os cursos de universidades federais para egressos médio público. Entre elas, há proporção para pretos e pardos segundo a população do Estado onde a instituição fica.
Quando o foco é a renda, nota-se um pequeno aumento no percentual de formandos que pertencem a famílias com até três salários mínimos mensais.

Passou de 24,6% em 2002 para 29% no ano passado. O número de quem se declara pretos ou pardos também cresceu: 28% para 33,6%.
A análise também mostra - apesar de ser impossível fazer uma comparação direta - que, em 2004, apenas 34,7% dos estudantes eram egressos da rede pública.

Só 20,7% se declararam pretos e pardos e 17,5% tinham renda familiar de até três salários mínimos. No entanto, naquele ano, os cursos avaliados foram os considerados de "elite", como medicina e odontologia.

16.8.06

>> Unicamp aprova criação de 12 cursos em campus de Limeira.

O Consu (Conselho Universitário) da Unicamp aprovou na tarde de ontem a criação de 12 cursos para o novo campus de Limeira (151 km a noroeste de São Paulo).Porém, a implantação dos cursos dependem de aprovação na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e da incorporação, na lei, de um adicional para a contratação de docentes e funcionários e a manutenção das atividades do campus.

De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, um acordo assinado em dezembro de 2005 com o governo do Estado aprovou um adicional de 0,05% na cota-parte da Unicamp no ICMS do Estado. Esse percentual seria acrescentado aos recursos da universidade a partir de 2007.Os cursos aprovados pelo Consu são os seguintes: engenharia de produção, engenharia de manufatura, terapia ocupacional, fisioterapia, nutrição, ciências do esporte, conservação e restauro, produção cultural, gestão de agronegócio, gestão de comércio internacional, gestão de políticas públicas e gestão de empresas.

>> Ministérios criam Plano Nacional do Livro e Leitura.

Acesso ao livro, valorização da leitura e fortalecimento da produção do livro constituem as bases do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) instituído pelos Ministérios da Educação e da Cultura. Com duração de três anos, o plano será executado em regime de colaboração entre os governos federal, distrital, estaduais e municipais.


A Portaria nº 1.442, assinada pelos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Cultura, Gilberto Gil, publicada no Diário Oficial da União em 11 de agosto, cria um conselho deliberativo, uma coordenação executiva e um conselho consultivo, que serão responsáveis pela dinamização das atividades do PNLL, e estabelece que os dois ministérios determinarão a cada ano um calendário de atividades e de eventos.


Além das áreas governamentais da educação e da cultura, participam dos conselhos e da coordenação representações dos autores, editores, bibliotecários, especialistas em leitura e a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), na condição de assessora. A íntegra da Portaria nº 1.442 está no Diário Oficial da União de 11 de agosto, Seção 1, páginas 18 e 19.

>> Governo oferece recursos para alfabetização de jovens e adultos.

Universidades públicas, instituições e entidades privadas sem fins lucrativos, organizações não-governamentais, sindicatos e associações têm até o próximo dia 21 para declarar ao Ministério da Educação se desejam participar das ações de alfabetização de jovens e adultos. As entidades e instituições que aderirem ao Programa Brasil Alfabetizado receberão recursos federais para formar alfabetizadores e para ensinar jovens e adultos. Com a declaração de compromisso, elas devem enviar a relação dos municípios que desejam atender e a quantidade de alunos. O prazo para enviar o plano pedagógico para análise da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) é até 11 de setembro.

Depois de assinados os convênios, as entidades terão mais 30 dias para enviar os cadastros de alfabetizadores, alunos, turmas e coordenadores de turmas. Os recursos federais serão repassados em duas parcelas: a primeira de 60% do valor conveniado e a segunda, de 40%.
Para participar do programa, as entidades devem oferecer cursos de alfabetização, com duração mínima de seis meses e máxima de oito meses, com carga horária variável de 240 a 320 horas. O valor do repasse para a formação inicial é de R$ 40,00 por alfabetizador e mais R$ 7,00 por mês, para a formação continuada. Já a bolsa para o alfabetizador pode variar de R$ 120,00 a 150,00 por mês e mais R$ 7,00 mensais por aluno em sala de aula.

A bolsa de R$ 150,00 é para os professores que têm nas suas turmas jovens e adultos com necessidades especiais, população carcerária ou jovens em cumprimento de medidas socioeducativas.
A Resolução nº 31 foi publicada no Diário Oficial da União de 11 de agosto, Seção 1, páginas 19 a 22. A declaração de compromisso e o formulário estão na página eletrônica da Secad. Em 2005, seis instituições de ensino superior e 47 organizações da sociedade civil participaram do programa e colocaram nas salas de aula 861 mil jovens e adultos.

15.8.06

>> Faculdade paulista vai fechar as portas por falta de recursos.

Aberta em 2000, a faculdade paulista Tancredo Neves vai fechar as portas sem nunca ter dado lucro. No final de julho, os alunos foram dispensados porque não havia turmas suficientes para manter a faculdade funcionando. Apenas os estudantes dos últimos anos puderam continuar estudando. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Segundo o mantenedor da faculdade, Arnold Fioravante, a instituição precisaria de verbas para demitir os professores e funcionários, então decidiu continuar recebendo algumas mensalidades. Ele conta que, desde o primeiro ano, precisava colocar cerca de R$ 300 mil na instituição, todo mês, para cobrir déficits. "

Tínhamos um projeto de cursos espetacular, eu tinha esperança que daria certo", lamenta. Para ele, o problema foi que os alunos "não conseguiram acompanhar o nível de exigência" e foram abandonando a faculdade. Fioravante diz que o vestibular não selecionava, como é comum nas faculdades particulares. Quem recebia a bolsa do ProUni, programa do Ministério da Educação que dá o benefício a alunos carentes em troca de isenção fiscal, não precisava passar pelo vestibular.


Neste ano, havia pouco mais de 100 alunos numa estrutura cara, com computadores individuais, carteiras estofadas e professores doutores. "Cobrávamos R$ 700 de mensalidade, quando deveríamos cobrar R$ 2 mil." A Tancredo chegou a ter 400 alunos e recentemente convivia com classes de apenas cinco. Os alunos, apesar de elogiarem o nível de ensino, reclamaram da maneira como foram avisados e culpam a administração pelo fim da instituição.
"Fomos jogados na rua, sem qualquer ajuda", diz Henrique Santana Menezes, de 21 anos, que estava no primeiro ano de Administração de Empresas.

Desde então, ele já procurou três faculdades para transferência e nenhuma delas o aceitou porque, além das aulas já terem começado, é bolsista do ProUni. Henrique agora espera a resposta da Universidade Anhembi Morumbi, a única que se dispôs a receber os alunos bolsistas da instituição. Segundo Fioravante, a insttuição ajudou os alunos a encontrar uma nova faculdade. Os estudantes ouvidos pelo Estado dizem o contrário. A Anhembi informou que foram os estudantes que se mobilizaram para pedir vagas em nome do grupo.

>> Semana da Educação debate a “diversidade” nas escolas.

Começa nesta terça-feira, 15 e termina na sexta, 20, a 5a. Semana da Educação de Guarulhos. O encontro é anual e realizado pela Prefeitura. Neste ano, o tema abordado será “Culturas da Cidade, Diversidade na Escola”.Na programação principal não há previsão de debate sobre os resultados da “Prova Brasil” do Ministério da Educação, que considerou as 46 escolas do Município (com uma única exceção) com desempenho abaixo das médias, já baixas, de todo o país e do Estado, e bem abaixo do mínimo de 200 pontos exigido pelo Ministério.

A abertura acontecerá às 19h30, no Centro Municipal de Educação Adamastor. Estão previstas para os seis dias 150 atividades, espalhadas por escolas municipais, praças públicas, agências bancárias, supermercados e bibliotecas da cidade. A Conferência de Abertura será proferida pelo professor Celso dos Santos Vasconcellos, da USP, cujo tema abordado será “Cidade, Diversão e Humanização: o Educador como Sujeito da Transformação”. O Centro Municipal de Educação Adamastor fica na avenida Monteiro Lobato, 734. Podem participar gratuitamente estudantes, educadores e interessados no tema.

>> Educação reprovada.

Os maus resultados obtidos pelas crianças da rede municipal de ensino em Guarulhos, abaixo até dos apurados pelos alunos da rede estadual, chegam a causar surpresa, porque é notório que o desempenho das escolas estaduais é muito inferior ao desejável. Quando a Prefeitura resolveu assumir classes do Ensino Fundamental, cogitava-se que estivesse aparelhada para tal, mesmo porque obteve recursos do governo federal para custear as despesas.

Foram construídas muitas escolas e reformadas outras, que eram responsáveis, até então, apenas pela Educação Infantil. Muitos foram os argumentos de membros da Apeoesp de que era equivocada a decisão da gestão Pietá, mas a vice-prefeita e então secretária de Educação, Eneide Moreira de Lima, contra-argumentou, afirmando que sua pasta estava plenamente capacitada para assumir tal tarefa. A “Prova Brasil” envolveu mais de três milhões de alunos do ensino fundamental, em quase todos os municípios brasileiros.

A comparação com as escolas estaduais, porém, não é de todo válida, porque o governo do Estado não aderiu à “Prova Brasil” do Ministério da Educação, ficando facultativo a cada escola participar ou não. Os resultados são, portanto, uma amostragem da qualidade do nível de ensino na rede estadual. No entanto, os resultados absolutos da rede municipal, divulgados na quinta-feira da semana passada pelo Olho Vivo, falam por si, e algumas das razões são tão visíveis quanto eram previsíveis os resultados. A gestão petista tem considerado como investimento em Educação valores gastos com aquisição de imóveis, uniformes e até com a realização de shows.

Na desapropriação da área do Adamastor, foram investidos R$ 3,5 milhões, sem contar as obras. Na aquisição do prédio hoje ocupado pela Secretaria de Educação, foram mais R$ 4,5 milhões. Qual é a efetiva contribuição desses imóveis para a qualidade de ensino oferecida às crianças? Será correto considerar que esses valores são despesas com a Educação?O que dizer, então, dos gastos com uniformes? E, muito mais grave, com os shows promovidos nas inaugurações das escolas, cuja despesa é debitada à Educação?

14.8.06

>> Escolas municipais de SP terão carga horária maior.

A partir do ano que vem, 260 mil dos 548 mil estudantes do ensino fundamental da Prefeitura de São Paulo terão uma hora a mais na escola diariamente. A grade curricular obrigatória passará de quatro para cinco horas, o que significa dois anos a mais de escolaridade ao final de oito anos. Até 2008, a ampliação deverá atingir todos os estudantes. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Para a mudança, a administração municipal acabou com o terceiro turno (no qual os alunos têm aulas entre as 11h e as 15h) em 58 colégios. Além disso, novas salas serão construídas em 97 escolas até o começo de 2007, salas especiais serão utilizadas (como salas de arte) e as turmas terão até 40 alunos.

As duas últimas medidas são criticadas. Para a professora de psicologia escolar da Unesp, Marisa Melillo Meira, acabar com as salas de arte é uma atitude equivocada porque os alunos precisam de espaços para atividades artísticas.

Maria Ângela Barbato, professora de políticas públicas de educação da PUC-SP, é contra o aumento do número de alunos. "Ter 40 alunos é muito, nenhum professor dá conta. Não adianta só garantir a permanência do aluno na escola, tem de garantir o bom ensino", afirma.

Outra ponderação é a de que as horas extras deveriam ser utilizadas para aulas de português e matemática, já que as últimas avaliações nacionais apontam um fraco desempenho nessas disciplinas. O projeto prevê que a carga horária seja preenchida com aulas nas salas de leitura e de informática.

O secretário municipal da Educação, Alexandre Schneider, diz que a grade poderá ser preenchida também com aulas de reforço. O secretário diz também que, para a ampliação da carga horária obrigatória, não gastará um centavo a mais, já que tudo foi feito com base em uma reestruturação administrativa.

>> Por votos, políticos propõem 86 novas universidades federais.

Especialistas em emendas para agradar suas bases eleitorais, deputados e senadores descobriram, nos últimos três anos, um novo filão: os projetos de lei que autorizam a criação de universidades federais. Desde o primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, o número de propostas tramitando no Congresso explodiu. Chegaram a 92 em 2006, sendo que 6 já foram aprovadas. Nos oito anos anteriores, do governo Fernando Henrique Cardoso, foram apenas oito.O número de projetos foi crescendo devagar e sempre, e atingiu o auge em 2005. Em 2003, quando o governo Lula ainda tinha apenas anunciado a intenção de expandir o sistema federal de ensino, foram 13. Em 2004, pularam para 20. No ano seguinte, alcançaram 39. Este ano, são 20 somente até julho. Neste segundo semestre, como as atividades no Congresso diminuem por conta das eleições, o ritmo de propostas tende a cair.

O súbito interesse dos parlamentares por novas universidades federais tem o objetivo de se contrapor à intenção do governo Lula de criar novas instituições por conta própria. Desde que assumiu, o presidente lançou um plano ambicioso para aumentar as vagas no ensino superior. O plano prevê a abertura de quatro novas universidades e 48 projetos de unidades para instituições já existentes (ver texto ao lado). No plano de governo para um segundo mandato, novas instituições e expansões estão planejadas."Há tempos não se criavam novas instituições. A decisão do governo despertou o interesse dos parlamentares", admite a deputada Neyde Aparecida (PT-GO), presidente da Comissão de Educação da Câmara.

Para a educadora e secretária de Ciência e Tecnologia de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, a expansão do governo está sendo feita sem critérios, porque era preciso reformar antes o modelo de instituições públicas e de gestão das federais."Com que dinheiro vão sustentar mais universidades se hoje o MEC já gasta, de cada R$ 100 da educação, R$75 com as universidades? Como fica o discurso de que a prioridade tem que ser a qualidade da educação básica?" Para ela, seria mais útil para o País fazer investimentos na criação de cursos tecnológicos e técnicos.A deputada Neyde não está entre os que apresentaram projetos para seu Estado, mas Goiás é o campeão de propostas. Existem 12 pedidos para o Estado, incluindo instituições na Chapada dos Veadeiros e duas no entorno do Distrito Federal.

Hoje, Goiás possui uma universidade federal e três Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets).São Paulo aparece ao lado de Goiás, também com 12 pedidos. O Estado tem a maior bancada de parlamentares e um dos menores números de vagas em universidades federais.Minas está em quarto lugar na lista de pedidos, com sete propostas feitas por sua bancada estadual. É, certamente, o Estado que menos precisa de instituições federais de ensino superior. Tem nada menos que 11 universidades, sete faculdades de tecnologia e seis Cefets com ensino superior. É o mais bem servido entre os Estados da Federação.Das 92 propostas totais, as seis aprovadas foram apresentadas pelo Executivo. As instituições já começaram a ser implementadas, como a Universidade do Grande ABC, em São Paulo, que divulgou a lista de aprovados em seu vestibular neste mês, e a de Campanha, no Rio Grande do Sul.

IMPROVÁVEIS
O surto de criação de universidades envolve parlamentares de todos os partidos, do PT ao oposicionista PFL, e de todo o País. Cada um tenta garantir uma nova instituição para seu reduto eleitoral, embora a chance de concretização dos projetos seja pouco provável. Isso porque as propostas dos parlamentares só podem dar autorização ao governo. Ou seja, o Executivo não tem obrigação de cumpri-las.Mesmo assim, alguns parlamentares são insistentes. O campeão é Inocêncio Oliveira (PL-PE), que apresentou nada menos que cinco projetos nos últimos três anos, criando as mesmas instituições, na Zona da Mata e no sertão pernambucano.

Procurado pelo Estado, Inocêncio não foi encontrado. Está em campanha justamente nessas duas regiões."Os projetos funcionam como uma mobilização. Se os deputados não fizerem isso, como o presidente vai ficar sabendo de suas reivindicações?", diz a deputada Neyde. Por isso, muitos não se dão ao trabalho de fazer um projeto de lei. Contentam-se com uma indicação - uma sugestão ao Executivo - para criar uma universidade. Além dos projetos, já existem mais de 150 indicações no Congresso.A chance de as instituições saírem do papel é mínima.

O Ministério da Educação (MEC) prevê, em suas propostas de expansão, um investimento inicial de R$ 8 milhões para cada uma das instituições que está criando - isso sem contar o aumento da despesa permanente de custeio, com salários de professores, funcionários e gastos gerais. Atualmente, o orçamento das federais é de R$ 8,6 bilhões.Descontando já os projetos repetidos - deputados tendem a apresentar as mesmas propostas que seus colegas quando têm bases eleitorais semelhantes -, se o ministério acatasse todas as propostas, teria de investir cerca de R$ 600 milhões somente nas instalações das novas instituições.

O número de propostas no Congresso surpreendeu o ministro da Educação, Fernando Haddad. Mas, apesar de achar estranho que os deputados tenham encontrado tantos lugares para criar novas instituições, ele afirma que isso não vai influenciar o projeto de expansão preparado pelo MEC."Nosso projeto de expansão leva em conta análises de necessidades regionais feitas pelo governo. Não há influência dos projetos do Congresso", afirma o ministro.

>> Baixo nível da educação brasileira limita crescimento, diz estudo do Ipea.

O Brasil fez muito nas últimas décadas em matéria de educação, mas hoje há relativo consenso de que o baixo nível educacional da nossa força de trabalho é um dos fatores limitativos do crescimento. A constatação está no documento Brasil, o estado de uma nação, lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o texto, a população brasileira é formada por pessoas que “podem ser tuteladas e podem até atingir bons níveis de produtividade”.

O estudo ressalta que essas pessoas têm baixa capacidade para realizar tarefas mais complexas e tomar decisões que exigem capacidade analítica mais sofisticada, o que impede o desenvolvimento. Embora reconheça que há mais ofertas, o Ipea diz que falta qualidade no ensino. Entre 1970 e 2000, o número de matrículas saiu de 1.119 para 3.680 no ensino médio, e de 425 para 2.694 no ensino superior. Entretanto, o texto qualifica de “lastimável” a educação básica no país, ao compará-la à de outros lugares. “

A pior notícia das comparações internacionais é a constatação de que a capacidade de compreensão de leitura dos alunos das nossas elites é inferior ao nível obtido pelos alunos de classes mais baixas da Europa”. Apesar do aumento do número de vagas, especialmente no ensino fundamental, os pesquisadores do Ipea consideram má a qualidade do ensino, e constatam que não há estímulo para a permanência do aluno na escola. Embora o ensino fundamental tenha se universalizado, ou seja, todos entram na escola, somente 84% concluem a quarta série e 57% terminam o ensino fundamental.

No nível médio, o índice de conclusão é de apenas 37%, sendo que, entre indivíduos da mesma idade, que entram ao mesmo tempo na escola, apenas 28% saem com diploma. O estudo relaciona a evasão à condição social do aluno. Na categoria dos 20% mais pobres do país, 95,2% dos alunos entre 7 e 14 anos estão na escola. Quando chegam à idade entre 15 e 17 anos, a proporção cai para 73,6%. No grupo entre 18 e 24 anos, apenas 28% permanecem estudando. Entre os 20% mais ricos, 99,3% das crianças entre 7 e 14 anos estão na escola.

Dos 15 aos 17 anos a parcela é de 94,6% e dos 18 aos 24 anos, 51,6%. “A ordem do dia é investir incansavelmente em qualidade, passando pela melhor qualificação dos professores, pela melhoria da infra-estrutura de ensino e pela motivação de seus profissionais”, conclui o texto do Ipea.

>> Protesto de estudantes pára trânsito em avenidas de São Paulo.

Um protesto de ao menos mil estudantes contra a política educacional do governo do Estado de São Paulo provoca congestionamento em pontos das regiões central e Ibirapuera na manhã de sexta-feira.

Às 11h30, os estudantes estavam perto do viaduto Pedroso, na avenida Brigadeiro Luiz Antônio, e seguiam para o Largo São Francisco, na região central de São Paulo.

A CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) registrou lentidão nas avenidas Brigadeiro e Paulista e nas alamedas próximas ao local da manifestação --alternativas para quem pegaria as duas avenidas.

Segundo informou a CET, o principal ponto de lentidão entre 11h e 11h30 foi registrado em trecho próximo à avenida Pedro Álvares Cabral e à rua Ascendino Reis, no Ibirapuera. O congestionamento chegou a 3 km.

Às 11h30, o índice de congestionamento da cidade chegou a 72 km, quando a média para o horário é de 40 km.

11.8.06

>> Técnicos da equipe de Educação Especial avaliam alunos com dificuldade de aprendizagem.

Assessoria/Seduc-MT Entre os dias 14 e 31 de agosto técnicos da equipe de Educação Especial da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) vão percorrer cinco municípios do Estado para fazer a avaliação de alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem e comportamento. A iniciativa é um atendimento às solicitações feitas por escolas da rede estadual de ensino. Conforme explica a técnica da Educação Especial, Regina Dias de Moura, essas avaliações são importantes para verificar o nível de necessidade apresentada por cada criança. “

Criança com alto grau de comprometimento precisa de sala especial e de pessoas adequadas para atendê-las, por isso a importância de irmos até a escola para averiguar quais as dificuldades apresentadas por elas”, observou. A avaliação é feita sempre que as escolas comunicam à Seduc suspeitas de algum aluno Portador de Necessidade Especial (PNE). “

Quando a escola perceber alguma dificuldade no aluno, tanto no comportamento quanto no aprendizado, ela deve enviar um ofício solicitando a nossa visita”, acrescentou Regina. Ela ainda alerta as escolas para que não neguem atendimento as crianças PNEs, pois elas são amparadas pela Lei Federal 7.853/89, onde garante reclusão de um a quatro anos e multa para o estabelecimento de ensino que negar acesso. “O diretor é obrigado a receber o aluno e oferecer um atendimento adequado a ele”, concluiu.

>> Enade: apenas 29 cursos recebem nota máxima em SP.

Apenas 2,4% dos cursos avaliados pelo Enade em São Paulo receberam a nota máxima. Dos 1220 cursos analisados, 29 receberam nota máxima, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo. Deste total, 25 são de instituições públicas.
A universidade com melhor desempenho foi a Unesp, com 15 cursos com nota cinco, seguida da federal de São Carlos, com quatro. A USP e a Unicamp decidiram não participar da prova, por entenderem que os critérios ainda não estavam suficientemente debatidos.
De acordo com a análise feita pelo jornal, o desempenho paulista ficou abaixo da média nacional, em que 4,7% das carreiras ficaram no nível mais elevado. Para especialistas, o percentual de cursos que obtiveram desempenho elevado é baixo, mas destacaram também que é preciso avaliar outros fatores para determinar se o curso é ruim.

"Esse baixo desempenho mostra que os cursos têm deficiências. É um alerta para as instituições", disse Márcia Brito, professora do departamento de psicologia da Unicamp e consultora do Inep - instituto de pesquisas do Ministério da Educação, que aplicou o Enade.
"O desempenho foi fraco. Mas só com essa nota não é possível saber se o curso é bom ou ruim. Ele é um indicador, entre alguns outros", afirmou Isabel Capeletti, professora de pós-graduação em educação da PUC-SP. "Por exemplo, qual é a inserção desses estudantes no mercado de trabalho? Olhar só para uma nota pode causar equívocos. E se no exame caiu apenas o que você não sabia?"
O Enade 2005 avaliou 277.476 estudantes de 5.511 cursos de todo o país. As regiões Sul e Nordeste ficaram empatadas em primeiro lugar com o maior percentual de cursos com os conceitos mais altos (29,9% e 29,8%, respectivamente). No Sudeste, o índice ficou em 27,6%.

>> 5 mil professores pressionam o governo.

Cerca de cinco mil professores e de aposentados da Apeoesp (Sindicato dos Professores de Magistério Oficial do Estado de São Paulo) participaram da assembléia de quarta-feira em frente ao Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. “Por um período o veículo de nossa manifestação foi barrado por policiais militares, que não permitiram que avançássemos em direção à sede do governo paulista”, contou a dirigente sindical Carmem Urquiza de Souza. A sindicalista explicou que os educadores têm como ponto principal da campanha salarial a luta pela incorporação imediata das gratificações aos salários e a extensão deste benefício para os professores aposentados.No meio da tarde de quarta-feira uma comissão formada pelas entidades do magistério foi recebida pelo secretário da Casa Civil, Rubens de Lara.

As entidades exigiram a incorporação das gratificações aos salários, além da necessidade de atender imediatamente os demais pontos da pauta, como um novo plano de carreira para o magistério, cumprimento da data-base dos servidores garantida por Lei e a ampliação e melhoria do atendimento do Iamspe (Instituto de Assistência Médica dos Servidores Públicos do Estado).O governo marcou uma nova reunião com as entidades na próxima terça-feira, dia 15, às 15 horas, quando deverá apresentar propostas. Como a reunião com o governo antecederá o Conselho Estadual de Representantes (CER), que acontece dia 18, as propostas serão levadas para o CER.

>> Mercadante discursa e é vaiado em ato estudantil.

O senador Aloizio Mercadante (PT), candidato a governador de São Paulo, foi vaiado na manhã desta sexta-feira durante discurso na capital paulista, em ato organizado por entidades estudantis.

Segundo informações da rádio CBN, Mercadante subiu ao carro de som e falou por cerca de cinco minutos. Os estudantes, porém, não aprovaram o discurso, alegando que o ato era em prol da Educação e não se tratava de um ato político para a eleição.

Mesmo assim, Mercadante criticou a atuação do PSDB durante os 12 anos em que esteve à frente de governo estadual e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "um peão metalúrgico" e "doutor honoris causa" do povo brasileiro.

A manifestação, que marca o Dia do Estudante, se concentrou diante da Assembléia Legislativa e prejudicou o trânsito das avenidas Paulista e Brigadeiro Luiz Antônio.

Nesta sexta-feira, Mercadante ainda participa de um encontro com a juventude do bairro de Heliópolis, na zona sul da capital.

10.8.06

>> Lula defende educação e família no combate à violência.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje investimentos em educação e a valorização da família para evitar que os jovens sigam para a criminalidade. "Se pobreza levasse a gente a cair ou a cometer delitos, eu não seria hoje presidente da República", afirmou o presidente, observando que foi graças à educação recebida de sua mãe que ele e os irmãos seguiram na vida.Lula condenou as prefeituras das capitais e citou a de São Paulo, que foi administrada por José Serra (PSDB), e do Rio, comandada por César Maia (PFL). Ele criticou o fato de não terem aceito parceria com o governo federal em programas de investimentos em jovens, como o Pró-Jovem. "Qual não foi a minha surpresa (ao observar) que, depois de 200 mil vagas às prefeituras no programa Pró-Jovem, elas não preencheram as vagas que nós colocamos à disposição", disse, observando que em São Paulo havia 30 mil vagas e nem 10 mil foram preenchidas."Possivelmente, sem crítica nenhuma, pode ser que as prefeituras não estivessem preparadas para cumprir uma função como essa, mas isso precisa ser corrigido num futuro muito próximo", afirmou.

O presidente afirmou que é preciso recuperar o adolescente e a família, quando ela ainda existe, mas advertiu que os problemas das casas de recuperação não serão consertados "nem com a polícia, nem com a Febem, nem com a palmatória, nem com punição". Depois de dizer que há instituições que são fábricas de bandidos, Lula reconheceu que este não é um problema de todos. "Não é um problema do presidente da República, não é do governador, não é do prefeito. É um problema gestado por um conjunto de erros que, ao longo de décadas, se acumularam na sociedade brasileira. Direta ou indiretamente, uns têm mais culpa do que os outros, mas no fundo, todos nós temos uma pequena parcela de responsabilidade", reconheceu.

>> 'Unica forma de mudar o Brasil é revolucionar a educação', diz Buarque.

O candidato do PDT à presidência da República, Cristovam Buarque, destacou a questão educacional no Brasil durante entrevista ao ‘Jornal Nacional’ (Rede Globo), nesta quarta-feira. Para o candidato, a única forma de mudar o Brasil é revolucionar a educação.
A campanha de Cirtovam Buarque defende a federalização do ensino médio. Para isso, o cadidato propõe a definição de um padrão de salário, conteúdo, instalações e equipamentos para as escolas. "Cada agência do Banco do Brasil é igual em cada local do país. Porque as escolas também não seguem esse modelo?", ressaltou.

Além disso, Buarque acredita que o salário mínimo dos professores deve ser de R$ 800. Questionado sobre a disponibilidade de verba para sustentar a medida, o candidato disse que pretende usar 1% do orçamento. "O governo gastou R$ 9 bilhões para preencher um rombo de uma estatal, eu peço apenas R$ 7 bilhões para isso", afirmou.
Sobre a atuação no cargo de governador do Distrito Federal, Buarque disse que cumpriu tudo o que prometeu aos eleitores, além de ter criado o Bolsa-Escola. Já em relação à atuação como ministro da Educação do governo Lula, o candidato do PDT afirmou que foi demitido porque incomodou o presidente Lula. "Eu queria entrar para história desse país como o ministro que erradicou o analfabetismo. O presidente me disse que isso iria atrapalhar sua reeleição, pois desagradaria alguns prefeitos."

>> Tucana diz que PT se rendeu aos fundos para educação.

Marisa Serrano acredita que os fundos para o financiamento do ensino devem se perenizar como parte das políticas públicas para Educação. Ela considera a criação do Fundef (Fundo Nacional para o Desenvolvimento do Ensino Fundamental) “uma das grandes conquistas” ocorridas durante o mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).“Lutei muito pelo Fundef e o PT foi contra; hoje o PT está criando o Fundeb, que vai precisar ser aperfeiçoado”, disse a candidata durante visita ao Campo Grande News na terça-feira. A lei que regulamenta o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação Básica), já aprovada no Senado, está tramitando na Câmara dos Deputados. O programa substituirá o Fundef e será mais abrangente, atendendo estudantes da educação infantil (pré-escola), ensinos fundamental e médio. A expectativa é que o fundo, composto pelos principais impostos e transferências federais e estaduais, chegue a R$ 44 bilhões ao ano e seja extinto em 2020.Segundo Marisa, as inseguranças quanto ao Fundeb hoje estão localizadas basicamente nas prefeituras, que temem sofrer com o atraso nas contrapartidas federais e estaduais. “Os municípios estão gritando, mas essa é uma questão pontual, que pode ser resolvida com uma garantia que os recursos federais e estaduais cheguem a tempo”.Na área da educação, o principal ponto da agenda política da candidata é o ensino profissionalizante. Segundo ela, há necessidade de implementação de um programa nacional de educação profissionalizante. “Precisamos continuar investindo nessa modalidade, as escolas técnicas federais são necessárias. Precisamos de um programa de aportes regulares, pois a educação profissionalizante é cara”, defendeu. “Hoje em dia a qualificação profissional é uma exigência cada vez mais forte para o ingresso no trabalho”.

>> Patrus diz que televisão e propaganda subvertem educação dos jovens.

“A banalização do consumismo e da sexualidade é um desserviço para a formação dos jovens, promovido pelos programas de televisão e muitas vezes também pelas propagandas”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Ele participou da abertura da Reunião Intergovernamental de Especialistas para Revisão do Esboço das Diretrizes Internacionais sobre Proteção e Cuidados Alternativos de Crianças Privadas de Cuidados Parentais. Patrus Ananias defendeu que “a família é o espaço de segurança afetiva, psicológica e pedagógica capaz de formar homens e mulheres de bem" e afirmou que "o ambiente que os jovens encontram é um cenário em que o dinheiro é compreendido como o valor máximo, sobrepondo-se aos valores humanos mais fundamentais”.

Na avaliação dele, no entanto, o Brasil avança em diversas políticas públicas para superar essas distorções. O ministro também abordou os programas sociais desenvolvidos pelo governo federal, na palestra para representantes de cerca de 40 países que discutirão até sexta-feira (11) a elaboração de documento a ser apresentado à Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no próximo ano. O objetivo é definir medidas de apoio psicológico, social e educativo aos jovens privados do convívio familiar. Do encontro também participam representantes do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e do Comitê dos Direitos da Criança, da ONU.

9.8.06

>> IPM é parceiro do Ministério da Educação na avaliação do Programa Brasil Alfabetizado.

O Ministério da Educação (MEC), através da SECAD – Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, vem implementando uma série de ações visando avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade do Programa Brasil Alfabetizado, o que permitirá aperfeiçoar o desenho do programa.O Brasil Alfabetizado é um programa do Governo Federal que transfere recursos a Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, instituições de ensino superior, entidades do Sistema “S” (SESI/SENAI, SESC/SENAC e outros) e ONGs com o objetivo de financiar a formação e a concessão de uma bolsa para os alfabetizadores.

O Instituto Paulo Montenegro, em parceria com o IBOPE Opinião, foi selecionado para participar das ações de avaliação, tendo em vista sua expertise na área da educação e pesquisa. Além disso, a fim de obter excelência no processo de avaliação do Programa Brasil Alfabetizado, a SECAD fez parceria com diversas instituições, como o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o CEALE/GAME (Centro de Alfabetização e Leitura e Escrita/Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e a SCIENCE (Sociedade Científica da Escola Nacional de Ciências Estatísticas).

Para que a avaliação abrangesse todos os atores envolvidos na execução do Programa (alfabetizandos, alfabetizadores e gestores das entidades parceiras), foram criados diversos instrumentos de pesquisa, incluindo ferramentas do INAF – Indicador de Alfabetismo Funcional, desenvolvido pelo Instituto Paulo Montenegro em parceria com a ONG Ação Educativa. O INAF mede habilidades de leitura, escrita e matemática e coleta informações sobre os usos que as pessoas fazem destas habilidades.As habilidades de leitura e escrita e matemática são verificadas diretamente por meio da aplicação de um teste cognitivo, elaborado pelas equipes do CEALE/GAME da UFMG, com base no INAF. Além do teste, é aplicado um questionário para levantamento do histórico familiar e educacional dos respondentes, incluindo informações sócio-econômicas.


Durante o mês de dezembro de 2005, foi realizado um pré-teste para verificação das ferramentas utilizadas na avaliação do Programa Brasil Alfabetizado. Participaram dele 65 turmas em diversos Estados do Brasil (Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo), nas quais 640 alfabetizandos, 65 alfabetizadores e 52 gestores de instituições parceiras responderam aos testes e questionários.Após a execução do pré-teste, os instrumentos estão sendo revistos com o objetivo de facilitar a aplicação e melhor apurar os resultados. Os entrevistadores do IBOPE Opinião iniciarão o trabalho de campo na 2ª quinzena de maio de 2006.

>> Reclassificados do ProUni têm esta semana para confirmar dados.

Termina nesta sexta-feira, dia 11, o prazo para os candidatos reclassificados do Programa Universidade para Todos (ProUni) comparecerem à instituição de ensino em que foram selecionados, para confirmar seus dados socioeconômicos. A confirmação das informações é fundamental para o candidato garantir a bolsa do ProUni.
Foram reclassificados 16.968 candidatos que preencherão parte das 43.614 vagas oferecidas pelo ProUni para o segundo semestre deste ano.

Eles vão ocupar as vagas dos candidatos selecionados cujos dados socioeconômicos não foram confirmados. A lista dessas pessoas está disponível na página eletrônica do ProUni, ou pelo telefone 0800-616161.
Criado em 2004, o Programa Universidade para Todos ofereceu, em 2005, 112.275 bolsas e, no primeiro semestre de 2006, 91.609 vagas. Podem concorrer alunos que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas, os que estudaram em escolas particulares com bolsa integral e os professores da rede pública de ensino básico em efetivo exercício.

Todos devem, ainda, ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
São também requisitos obrigatórios ter renda familiar por pessoa de até um salário mínimo e meio (R$ 525,00), para concorrer a uma bolsa integral, e de até três salários mínimos por pessoa da família (R$ 1.050,00), para concorrer a uma bolsa parcial de 50% da mensalidade.

>> Exclusão ainda é marca da educação no Brasil, diz Ipea.

A exclusão social ainda é uma marca no sistema educacional brasileiro, embora o país já consiga fazer com que todas as crianças entrem na escola. A análise faz parte da segunda fase do estudo 'Brasil - O Estado de uma Nação', divulgado hoje pelo Ipea (Instituto de Política Econômica Aplicada).Dos que entram, 84% concluem a 4ª série e 57% terminam o ensino fundamental. No ensino médio, o índice de conclusão é de apenas 37%. O estudo destaca que a exclusão atinge a população com menos recursos. Na primeira série, cerca de dois terços dos estudantes vêm de segmentos mais pobres da população. Já no ensino superior, menos de 5% têm essa origem. Apesar da exclusão, o Ipea destaca a expansão do ensino básico, que já está próximo da universalização, o crescimento do ensino superior.

Para que esse processo tenha continuidade, sugere o investimento em qualidade, sobretudo no ensino de nível básico, e a expansão do ensino médio.De acordo com o estudo, a má qualidade no sistema educacional vem da necessidade da entrada prematura da população no mercado de trabalho. Isso leva a, mais tarde, parte dessa população procurar programas de educação e treinamento. O Ipea lembra Sistema de Avaliação do Ensino Básico classificou a metade dos alunos da quarta série como incapazes de ler um texto relativamente simples e que isso significa mão-de-obra inabilitada para operar em uma economia moderna, lembrando que a renda será determinada pelo investimento em educação.Nível superiorNo caso da população universitária, o destaque é que ela passou de 1,4 milhão em 1980 para 4,2 milhões.

O crescimento do número de vagas oferecidas foi de 64%, no setor privado, e de 56%, no setor público, mas ainda há uma demanda represada.Para o Ipea, o crescimento dessas vagas no setor privado está ligado à burocracia para a autorização de funcionamento de cursos; à preocupação com um crescimento desordenado da educação privada; e ao medo de competição de novas escolas particulares.Outro ponto é a demanda. Entre os 40% mais pobres, praticamente inexiste demanda para o ensino superior (público ou privado).Já as novas vagas por meio do setor público acarretariam em um investimento elevado. Hoje, esse gasto representa 0,82% do PIB (Produto Interno Bruto).

8.8.06

>> Educação financeira na infância garante autocontrole.

Pesquisas revelam que é cada vez maior o número de jovens que se tornam inadimplentes devido ao descontrole financeiro. Esse quadro poderia ser evitado se os pais aplicassem, ainda na infância, o conceito de educação financeira. Estratégias como economizar a “mesada” ou “juntar” dinheiro para comprar o brinquedo ajudam a criança a desenvolver o autocontrole.Impor limites é a primeira regra ainda nos primeiros anos de vida, segundo o economista Celso Leite, que também é especializado em orçamento doméstico. Embora para muitas famílias seja difícil dizer “não” às chantagens, a resposta negativa é a melhor forma de ajudar a criança a ter idéia do que pode e o que não pode ser feito com o dinheiro. “

Isso é mais difícil para as classes média e alta, porque as famílias mais pobres obrigatoriamente não terão condições de dar tudo o que os filhos pedem”, comparou.Para as crianças menores, brinquedos educativos que incentivem à realização de contas ou ainda jogos como o banco imobiliário ajudam a ter noção de que o exagero pode atrapalhar as finanças. Leite lembrou ainda que a partir dos oitos anos é recomendável que os pais deêm a “mesada” aos filhos, mas sempre com muita atenção nos valores.Este método é interessante quando a criança quer comprar, por exemplo, um brinquedo de R$ 40. Se a “mesada” for de R$ 20, ela aprenderá que precisa guardar dinheiro pelo menos dois meses para conseguir o produto desejado. “

Este processo é muito importante para que o filho saiba como os bens materiais são adquiridos com sacríficio”, afirmou.Outra vantagem é que a criança aprende a negociar com o pagamento à vista. Ao contrário dos pais, ela não tem acesso ao cheque ou cartão de crédito, o que também facilita a compreensão da importância de gastar somente o que ela pode e não contrair dívidas. “Caso a criança exceda e a ‘mesada’ não seja suficiente, os pais não devem dar outro valor antes da data”, reforçou. A mesma orientação vale para os avós. Esses conceitos, segundo o economista, preparam as crianças para a adolescência, quando os gastos aumentam e a necessidade de consumir parece ainda maior. “

A criança precisa ser preparada na infância e na adolescência para que, quando começar a se tornar independente da família, saiba controlar seu próprio orçamento. E isso, infelizmente, é cada vez mais comum”, completou. (ESS)Orçamento doméstico é o melhor exemploAlém de educar os filhos impondo limites e adotando estratégias simples para transmitir o conceito de educação financeira, o bom exemplo continua sendo uma das alternativas mais eficazes.O especilista lembra que a criança que vive em um ambiente onde não existe controle orçamentário tende a ser um adulto descontrolado com suas finanças. Por isso, ele reforça a importância da família ter um planejamento mensal. Caneta e papel podem ser usados para elaboração de uma planilha mensal dividida em duas partes. Uma contendo todos os valores arrecadados pela família e outra com todas as despesas. “O valor do gasto nunca pode ser superior ao ganho no mês. O ideal é que ainda haja uma sobra”, orientou. (ESS)

>> José Serra diz que não abandonou a prefeitura de São Paulo.

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, disse nesta terça-feira (8/8) em entrevista à rádio CBN que não abandonou a prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo do Estado.Serra explicou que quando se candidatou à prefeitura da capital paulista não pensava em ser candidato ao governo do Estado, mas que o partido o escolheu e ele aceitou porque como governador poderia cuidar ainda melhor da capital."Existem coisas que se impõem na vida da gente. Além do mais, vou continuar em São Paulo", declarou. "

Não saí de lá e vou continuar a olhar por São Paulo como governador porque muitas coisas que precisam ser melhoradas no município são de responsabilidade do Estado, como, por exemplo, o transporte sobre trilhos."Eleições de 2010José Serra negou que, em vez de estar trabalhando em um plano para São Paulo, esteja lançando uma plataforma para uma eventual candidatura à Presidência em 2010, no caso de o presidente Lula ser reeleito este ano. "Tenho um programa de governo para o Estado como tive para a Prefeitura", disse.Segurança PúblicaSobre os problemas de segurança pública, José Serra disse que é importante uma integração das forças do Estado para combater o crime organizado. "

O Ministério Público não é inimigo do Estado, o inimigo é o crime." E disse que o governo federal deve ter um papel mais atuante porque é atribuição da polícia federal desmantelar as organizações criminosas.O entrevistador perguntou a Serra por que o PSDB, nos 12 anos em que esteve à frente do Estado de São Paulo, não conseguiu combater o crime. Serra se defendeu. "Mário Covas encontrou aqui até viaturas sem pneus e fez, sim, muito pela segurança pública do Estado."Segundo Serra, nunca se prendeu tanto como nos três governos do PSDB. "Os índices de criminalidade também caíram nesses 12 anos, mas aí surgiu um novo problema, que é a superpopulação carcerária", disse.

Se eleito governador, Serra disse que investirá na construção de presídios de segurança máxima, na maior capacitação dos serviços de inteligência da polícia e em uma nova organização dos presídios, separando os detentos de acordo com a natureza dos crimes cometidos.FebemJosé Serra disse que não pretende acabar com a Febem porque ganharia outro problema: o que fazer com os cerca de 6 mil menores que estão atualmente internados. "Temos que reorganizar também. Dos 6 mil menores que estão presos, apenas 15% são considerados perigosos. Temos que separá-los e descentralizar a Febem."

O problema que o governo enfrenta para construir unidades da Febem em municípios do interior, segundo o candidato, é que as prefeituras não aceitam. Serra disse que pretende contornar o problema oferecendo aos municípios benefícios em contrapartida.EducaçãoSerra reafirmou a sua proposta de investir na educação pública do Estado e na formação do aluno como um todo. "Não podemos jogar as crianças fora como se joga fora a água do banho."Disse que pretende colocar dois professores nas salas de aula em que houver necessidade e que vai reforçar o ensino principalmente de aritmética e ciências. "

Eu sou professor e é como professor que sei o que é preciso para melhorar a qualidade de ensino."Máfia dos sanguessugasO candidato mais uma vez se defendeu das insinuações de que teria envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Serra explicou que as fotografias em que aparece ao lado de deputados que teriam sido beneficiados pelo esquema de compras superfaturadas de ambulâncias não provam nenhum envolvimento com a máfia. "Eu era ministro da Saúde, participava dessas solenidades e tirava milhares de fotografias", explicou. "E você pode notar que não parece nenhum mensaleiro ao meu lado."

>> Cursos tecnológicos.

Depois de travar uma queda-de-braço com as universidades particulares e confessionais, o Ministério da Educação (MEC) conseguiu reduzir a 96 denominações os mais de 3,5 mil cursos tecnológicos de nível superior existentes no País, enquadrando-os em oito áreas profissionais. Lançado esta semana, o novo catálogo de denominações tem por objetivo submeter esses cursos ao Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes), incluir os estudantes no Exame Nacional de Desempenho (Enade) e acabar com abusos cometidos por várias instituições particulares, que criaram cursos baratos e desvinculados da realidade do mercado de trabalho.Até o início deste ano, esses 3,5 mil cursos ofereciam mais de 220 mil vagas, cerca de 3,7% das matrículas de nível superior no País, e utilizavam cerca de 1,2 mil nomes, alimentando ilusões ou causando confusão entre os interessados.

Cursos nas mesmas áreas, com o mesmo currículo e a mesma formação tinham nomenclaturas distintas. Entre 1998 e 2004, o número de cursos cresceu 170%. Muitos deles designavam pseudo-especializações, atraindo milhares de estudantes que buscavam um diploma que lhes propiciasse oportunidade profissional. Mas os diplomas que obtinham não tinham credibilidade no mercado nem facilitavam a obtenção de empregos com a remuneração esperada.O novo catálogo contempla as áreas de formação tecnológica em Agropecuária e Recursos Pesqueiros, Comércio e Gestão, Artes, Comunicação e Design, Construção Civil e Transportes, Lazer, Desenvolvimento Social e Turismo, Indústria, Química e Mineração, Informática e Telecomunicação e Meio Ambiente e Tecnologia de Saúde. Os cursos existentes que não se encaixarem nessas áreas e nomes definidos pelo MEC terão de mudar o currículo ou ficarão como cursos experimentais, até obterem "densidade tecnológica", ou seja, serem aperfeiçoados até justificarem a criação de uma nova denominação.Definir oito áreas de concentração e reduzir os nomes dos cursos foi a estratégia que o MEC adotou para moralizar o setor".

O catálogo não vai engessar as inovações na área de tecnologia. O que vamos fazer é criar condições de aperfeiçoamento", diz o ministro Fernando Haddad. Segundo ele, a falta de avaliação fez com que os interessados não soubessem discernir a qualidade desses cursos. Esse foi um dos motivos pelos quais vários cursos não tiveram a demanda esperada pelas universidades. Há dias, por falta de alunos, a PUC/SP cancelou sete dos dez cursos tecnológicos que criou no primeiro semestre. "Há muitas reclamações de estudantes que não conseguem sensibilizar o mercado de trabalho sobre a qualidade da formação que recebem nesses cursos", constata o ministro.Como era de esperar, várias instituições reclamaram do novo catálogo de denominações, classificando-o como "camisa-de-força".

Elas alegam que a iniciativa do MEC restringe a autonomia universitária, impedindo-as de acompanhar o desenvolvimento científico-tecnológico. "O mercado é muito rápido, temos de ser ágeis", afirma o reitor da Universidade de Guarulhos e vice-presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, Valmor Bolan. "Podemos até inventar outras nomenclaturas, mas depois, para reconhecer o curso, vamos ter dificuldades. Isso inibe a criatividade das instituições", diz ele. Respondendo a essas críticas, o ministro da Educação lembra que as universidades particulares e confessionais puderam apresentar sugestões para o catálogo no primeiro semestre e que o MEC aceitou 12% das propostas encaminhadas.

Além disso, segundo Haddad, a moralização dos cursos tecnológicos só prejudicou as instituições que se preocupam exclusivamente com o lucro, sem compromisso com a qualidade do ensino.Não é difícil ver quem está com a razão nessa polêmica. Ao moralizar os cursos tecnológicos de nível superior, submetendo-os a esquemas de avaliação e acabando com a farra das instituições caça-níqueis, finalmente o MEC, que há três anos e meio vem agindo de modo errático, com iniciativas demagógicas ou irrealistas, desta vez acertou na mosca.