25.8.06

>> Professores e alunos criticam superlotação.

Tanto alunos como professores dos supletivos reclamam das condições de ensino. Elaine Ferreira, 20, trocou o ensino médio regular pelo supletivo neste ano. "O normal era melhor. Agora é corrido. Em três semanas, já acaba o bimestre."Elaine, que estuda em uma escola estadual em São Mateus (zona leste de SP), disse também que a sua turma está cheia. "São 49 alunos. É muito barulho. E vários estão lá só pelo diploma."

Quem também reclama da infra-estrutura é Paulo Sérgio Ramos, 34, que estuda em uma escola estadual no Jardim São Luís (zona sul de SP). "Não tem sala de informática nem biblioteca. E ainda tem professor que joga as coisas na lousa, senta e fala: 'Copia'. Isso desestimula."O professor de matemática Luiz Henrique da Costa, 44, endossa a reclamação sobre o tamanho das turmas.

O número de alunos em suas classes, diz, varia entre 40 e 50 --ele trabalha na zona sul de São Paulo. "Enquanto você explica, um monte de gente conversa. Preciso parar toda hora, e a classe dispersa."A presidente em exercício da Apeoesp (associação dos professores da rede estadual de São Paulo), Maria Izabel Noronha, afirma que o problema é generalizado. "

O professor ganha pouco e faz jornada tripla. Como ele vai preparar uma boa aula?"A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo negou que haja classes superlotadas. A pasta informou que, no máximo, há salas com 43 alunos, o que atende a recomendação da própria pasta.

Um comentário:

Professora Andrea disse...

Nas Escola do Muniípio do Rio de Janeiro - 5a à 8a séries- não é diferente. Leciono em uma Escola que tem a construção chamada de " Escola Lelé" . Eram escolas contruídas para serem substituídas em poucos anos - já fazem mais de 20 anos e as escolas ainda existem e funcionando. As salas dariam no máximo 30 alunos , mas tenho turmas com 40 até 42 alunos. Conclusão: não posso fazer trabalho em grupo pois não tem como arrumar os grupos. Tem alunos que eu não posso chegar perto da mesa, porque não tem acesso. E tem casos de turmas , que um aluno usa a minha mesa. Agora, tem candidato falando em horário integral. Como ? Se as escolas que existem não estão dando conta !