21.8.06

>> Enem recebe 3,7 milhões de inscrições em 2006.

A nona edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) recebeu cerca de 3,7 milhões de inscrições em todo o País, o que representa um aumento de 24% em relação ao ano passado. A prova do será aplicada em 800 municípios, no próximo dia 27, às 13h (horário de Brasília). Mas o aluno deve chegar ao local com pelo menos uma hora de antecedência.


Desse total, 2,1 milhões são estudantes que devem concluir o ensino médio até o final deste ano, dos quais cerca de 1,9 milhão é proveniente de escolas públicas. O restante (1,6 milhão) já fez a prova em edições anteriores. Ao todo, 3,3 milhões estão isentos da taxa de inscrição, de acordo com o Ministério da Educação (MEC).


Cartão

O MEC informou que o Cartão de Confirmação de Inscrição (que contém o número de inscrição e local de prova) já foi entregue às escolas ou ao endereço indicado na ficha de inscrição. O documento deve ser levado no dia da prova. Mas caso o inscrito não tenha o cartão, é possível apresentar o documento de identidade. O MEC ressalta que ninguém será impedido de fazer a prova se não tiver o cartão.


A partir desta segunda-feira, é possível consultar o local do exame no site do Enem ou pelo telefone 0800-616161. A lista também estará disponível nas escolas onde o aluno realizou a inscrição e nas agências dos Correios de todo o País.
Para a consulta via Internet, é preciso informar o Estado e preencher pelo menos três dos campos pedidos: nome completo, data de nascimento, Cadastro de Pessoa Física (CPF), Número de Identificação Social (NIS), documento de identidade e nome da mãe.

>> Faculdades particulares driblam a crise com choque de gestão.

Universidade faculdades particulares que sobrevivem à crise não são boas apenas em qualidade, mas também em gestão. Depois do boom do setor, que entre 1994 e 2004 supriu a grande demanda reprimida de vagas, agora resistem os bons. A Faculdade de Campinas (Facamp) e o Ibmec São Paulo são exemplos disso. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
O diretor de operações do Ibmec diz que preferiu não investir em infra-estrutura.

O campus de 10 mil metros quadrados e custo de R$ 50 milhões abertos neste ano na Vila Olímpia foi construído por outra empresa e alugado pelo Ibmec.
Criado em 1999 em uma parceria com outras empresas, o Ibmec, a partir de 2004, virou uma instituição sem fins lucrativos. Hoje tem uma receita de R$ 63 milhões oriunda exclusivamente do pagamento das mensalidades de cerca de 2500 alunos.

Deixando de lado a propaganda, o Ibmec apostou no boca-a-boca como meio de divulgação, ficando conhecido por roubar grandes professores de instituições como Universidade de São Paulo (USP) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A receita da estrutura do Ibmec é seguida pela Facamp. "Cada vez que o aluno aperta o botão do elevador, perde-se dinheiro", diz o economista João Manuel Cardoso de Mello, que inaugurou a instituição apostando em prédios térreos. A proposta de gestão deu resultado. Nos últimos meses, investidores internacionais tentaram comprar quatro vezes a faculdade, que tem apenas 2% de inadimplência, um recorde no setor.

Além de investir na parte administrativa, A Facamp investiu em currículos diferenciados. O período de aula é sempre integral e todos os alunos precisam cursar aulas de português, inglês e filosofia.

Ambas as instituições acreditam que ensino superior barato é balela. As mensalidades de Ibmec e Facamp giram em torno de R$ 2 mil. Mello, da Facamp, diz que até oferece bolsas de estudos, mas tem consciência que oferece algo acessível para poucos. "Só dá para oferecer ensino de qualidade para os pobres se o Estado pagar."

>> Uma medida de bom senso.

De acordo com o secretário de Estado adjunto da Educação, o novo prazo será divulgado esta segunda-feira.
A medida responde ao pedido da Federação Nacional de Professores, tendo em conta que muitos docentes estão de férias.

"É uma medida de bom-senso. É positivo que as colocações tenham sido anunciadas com alguns dias de antecedência, mas há que salvaguardar o facto de um conjunto de professores poder estar em férias e, portanto, só saber tardiamente a sua colocação", afirmou António Avelãs, da Fenprof.
Os professores vão assim ter mais tempo para aceitar as colocações nas escolas.