Os candidatos ao Enem 2006 receberão a partir do dia 11 de agosto, os cartões de confirmação de inscrição, que serão enviados para as escolas onde foram efetuadas inscrições e para os endereços indicados nas fichas preenchidas nas agências dos Correios e na Internet, segundo informações do Ministério da Educação. No cartão está contido um número de identificação e o local para realização da prova. Se o inscrito não receber seu cartão até 20 de agosto, poderá informar-se sobre o local da prova de três maneiras: na lista que será afixada no local onde realizou a inscrição, pelo telefone 0800-616161, ou na página do Inep na Internet (www.inep.gov.br/consulta).
No caso de o cartão não especificar corretamente o registro das necessidades especiais indicadas na ficha de inscrição, o inscrito deverá entrar imediatamente em contato com o Inep para as providências necessárias, até o dia 18 de agosto. Não será permitida mudança do local de prova, exceto quando constatado erro na transcrição das informações fornecidas pelo candidato na ficha. Os possíveis erros de identificação de nome, endereço, número da identidade, CPF, sexo, data de nascimento e outros serão corrigidos em formulário específico, que será entregue no dia e local de prova.
7.8.06
>> Positivas a Química duplicaram.
Na 2.ª fase dos exames nacionais duplicou o número de positivas a Química, o que, segundo a ministra da Educação, veio demonstrar que "tudo valeu a pena".
Duplicou o número de alunos com positiva a Química e 60% das disciplinas registaram média negativa. Assim se salda a 2.ª fase dos exames nacionais do 12.º ano, encerrando um conturbado período de polémica acerca dos métodos utilizados pelo Ministério da Educação (ME) na avaliação dos alunos.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, fez um balanço positivo dos exames e respondeu ao provedor da Justiça, contestando a posição defendida por Nascimento Rodrigues, que acusou o Ministério de proceder com ilegalidade.
A média nacional do exame de Química passou de 6,9 para 8,8, o que faz com que a percentagem de negativas, da 1.ª para a 2.ª fases, tenha descido de 80% para 58%. Os resultados obtidos a Química (cujos alunos tiveram a oportunidade de repetir o exame na 2.ª fase sem com isso serem penalizados no acesso ao Ensino Superior) justificaram, segundo a ministra, os métodos seguidos.
"Houve em todo o processo várias críticas muito duras e pouco fundamentadas, mas tudo valeu a pena porque o número de alunos com positiva a Química duplicou", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues.
Já a Física (a outra disciplina em que houve repetição do exame) as notas baixaram em relação à primeira fase, com a média de classificações a descer de 7,7 para 7,3 valores e a taxa de reprovação no exame a subir de 67% para 70%.De acordo com estimativas do Ministério da Educação (ME), cerca de 11 mil alunos beneficiaram da possibilidade de fazer melhoria de nota a Química, sem serem prejudicados no acesso ao Ensino Superior, um regime excepcional que terá sido igualmente aproveitado por cerca de 3500 estudantes na prova de Física.
Na conferência de imprensa, a ministra também se pronunciou sobre a sugestão do provedor de Justiça de abrir vagas adicionais no Ensino Superior para os alunos lesados pelo regime excepcional criado pela tutela. No entanto, a responsável alegou que "o país não tem um problema de vagas, mas um problema de alunos", considerando que é necessário "melhorar os resultados no Secundário para aumentar o número de alunos no Superior".
A ministra afirmou ainda não entender o ofício do provedor de Justiça, divulgado terça-feira, no qual Nascimento Rodrigues classificou de "manifestamente ilegal" o despacho do secretário de Estado da Educação, que abriu o regime excepcional no acesso à universidade para os alunos que realizaram na primeira fase os exames relativos aos programas novos de Química e Física. "
À carta aberta [do provedor de Justiça] respondi em carta fechada. Não entendo como é possível emitir opiniões sem conhecimento dos factos e sem procurar informação. Não recebemos qualquer pedido de informação por parte da Provedoria", criticou.Para justificar o polémico regime criado para os estudantes das duas disciplinas, muito contestado por pais, sindicatos e partidos da oposição, a ministra voltou a invocar as "condições de desigualdade" a que estavam sujeitos estes alunos, nomeadamente por terem feito exames relativos a programas novos que ainda não tinham sido testados em provas nacionais.
Quanto às médias obtidas às restantes disciplinas, esta 2.ª fase de exames teve um saldo claramente negativo, uma vez que cerca de 60% das 57 disciplinas tiveram uma média negativa. No total, os alunos alcançaram uma média negativa em 35 disciplinas e positiva somente em 22, enquanto na 1.ª fase foi maior o número de cadeiras com resultados acima dos 9,5 valores (36) do que abaixo desta nota (22).
No conjunto da 1.ª e da 2.ª fases, 58 disciplinas tiveram média positiva e 57 negativa, o que levou a ministra da Educação a considerar que "os resultados foram globalmente positivos".
Duplicou o número de alunos com positiva a Química e 60% das disciplinas registaram média negativa. Assim se salda a 2.ª fase dos exames nacionais do 12.º ano, encerrando um conturbado período de polémica acerca dos métodos utilizados pelo Ministério da Educação (ME) na avaliação dos alunos.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, fez um balanço positivo dos exames e respondeu ao provedor da Justiça, contestando a posição defendida por Nascimento Rodrigues, que acusou o Ministério de proceder com ilegalidade.
A média nacional do exame de Química passou de 6,9 para 8,8, o que faz com que a percentagem de negativas, da 1.ª para a 2.ª fases, tenha descido de 80% para 58%. Os resultados obtidos a Química (cujos alunos tiveram a oportunidade de repetir o exame na 2.ª fase sem com isso serem penalizados no acesso ao Ensino Superior) justificaram, segundo a ministra, os métodos seguidos.
"Houve em todo o processo várias críticas muito duras e pouco fundamentadas, mas tudo valeu a pena porque o número de alunos com positiva a Química duplicou", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues.
Já a Física (a outra disciplina em que houve repetição do exame) as notas baixaram em relação à primeira fase, com a média de classificações a descer de 7,7 para 7,3 valores e a taxa de reprovação no exame a subir de 67% para 70%.De acordo com estimativas do Ministério da Educação (ME), cerca de 11 mil alunos beneficiaram da possibilidade de fazer melhoria de nota a Química, sem serem prejudicados no acesso ao Ensino Superior, um regime excepcional que terá sido igualmente aproveitado por cerca de 3500 estudantes na prova de Física.
Na conferência de imprensa, a ministra também se pronunciou sobre a sugestão do provedor de Justiça de abrir vagas adicionais no Ensino Superior para os alunos lesados pelo regime excepcional criado pela tutela. No entanto, a responsável alegou que "o país não tem um problema de vagas, mas um problema de alunos", considerando que é necessário "melhorar os resultados no Secundário para aumentar o número de alunos no Superior".
A ministra afirmou ainda não entender o ofício do provedor de Justiça, divulgado terça-feira, no qual Nascimento Rodrigues classificou de "manifestamente ilegal" o despacho do secretário de Estado da Educação, que abriu o regime excepcional no acesso à universidade para os alunos que realizaram na primeira fase os exames relativos aos programas novos de Química e Física. "
À carta aberta [do provedor de Justiça] respondi em carta fechada. Não entendo como é possível emitir opiniões sem conhecimento dos factos e sem procurar informação. Não recebemos qualquer pedido de informação por parte da Provedoria", criticou.Para justificar o polémico regime criado para os estudantes das duas disciplinas, muito contestado por pais, sindicatos e partidos da oposição, a ministra voltou a invocar as "condições de desigualdade" a que estavam sujeitos estes alunos, nomeadamente por terem feito exames relativos a programas novos que ainda não tinham sido testados em provas nacionais.
Quanto às médias obtidas às restantes disciplinas, esta 2.ª fase de exames teve um saldo claramente negativo, uma vez que cerca de 60% das 57 disciplinas tiveram uma média negativa. No total, os alunos alcançaram uma média negativa em 35 disciplinas e positiva somente em 22, enquanto na 1.ª fase foi maior o número de cadeiras com resultados acima dos 9,5 valores (36) do que abaixo desta nota (22).
No conjunto da 1.ª e da 2.ª fases, 58 disciplinas tiveram média positiva e 57 negativa, o que levou a ministra da Educação a considerar que "os resultados foram globalmente positivos".
>> Elite brasileira vai estudar fora do país.
O aumento do interesse dos estudantes da elite brasileira por uma experiência internacional --aliado ao dólar mais barato e à vontade das universidades lá fora de aumentar o número de estrangeiros-- já se traduz em números na maioria dos destinos pesquisados pela Folha.A única exceção são os Estados Unidos, onde as exigências para visto de estudante após o 11 de Setembro fizeram diminuir o número de brasileiros em campi americanos de 8.972 em 2001 para 7.244 no ano passado --mesmo assim, número superior ao verificado há dez anos, quando havia aproximadamente 5.000 estudantes.Nos demais destinos pesquisados pela Folha --França, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Austrália--, o percentual de aumento na emissão de vistos para estudantes variou de 40% a 64%."
O aumento da procura por cursos no exterior obrigou as universidades a buscarem parcerias com instituições estrangeiras e a organizarem departamentos para atender a esses estudantes. É uma resposta ao fenômeno da internacionalização da educação", diz a presidente do Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais, Luciane Stallivieri.Para Luciana Yeung, coordenadora de intercâmbio da faculdade Ibmec São Paulo, a formação no exterior já é uma exigência do mercado: "A procura realmente tem aumentado bastante. Minha percepção é de que ela vem do mercado. Com a economia mais globalizada e com o aumento da presença de empresas multinacionais em todos os países, a demanda por profissionais com experiência no exterior se intensificou muito".
Universidades estrangeiras, por seu lado, também buscam alunos em outros países. França, Canadá e Austrália criaram agências ou instituições que organizam feiras e realizam outras atividades com o objetivo de atrair os brasileiros.Segundo Stallivieri, além da busca por diversidade em seus campi, um dos fatores a explicar esse interesse é o processo de envelhecimento da população européia. As instituições européias também procuram fazer frente à política dos Estados Unidos de atrair estudantes do mundo inteiro."Com a recente política de unificação dos programas da União Européia, há um atrativo a mais para o estudante: o diploma terá validade em todo os países do bloco", diz.
Os Estados Unidos, por sua vez, que já têm tradição de atrair estrangeiros para suas universidades --somente no ano passado foram 565 mil--, também se movem para retomar o fluxo de crescimento de brasileiros em seus campi."Fizemos uma campanha para incentivar o intercâmbio e para desmentir essa idéia de que é impossível conseguir um visto de estudante para os EUA. Após o 11 de Setembro, as regras para visto mudaram para todos os visitantes, mas os consulados dão prioridade aos estudantes", afirma Rita Moriconi, coordenadora de orientação educacional do escritório da comissão Fulbright no Rio.
O aumento da procura por cursos no exterior obrigou as universidades a buscarem parcerias com instituições estrangeiras e a organizarem departamentos para atender a esses estudantes. É uma resposta ao fenômeno da internacionalização da educação", diz a presidente do Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais, Luciane Stallivieri.Para Luciana Yeung, coordenadora de intercâmbio da faculdade Ibmec São Paulo, a formação no exterior já é uma exigência do mercado: "A procura realmente tem aumentado bastante. Minha percepção é de que ela vem do mercado. Com a economia mais globalizada e com o aumento da presença de empresas multinacionais em todos os países, a demanda por profissionais com experiência no exterior se intensificou muito".
Universidades estrangeiras, por seu lado, também buscam alunos em outros países. França, Canadá e Austrália criaram agências ou instituições que organizam feiras e realizam outras atividades com o objetivo de atrair os brasileiros.Segundo Stallivieri, além da busca por diversidade em seus campi, um dos fatores a explicar esse interesse é o processo de envelhecimento da população européia. As instituições européias também procuram fazer frente à política dos Estados Unidos de atrair estudantes do mundo inteiro."Com a recente política de unificação dos programas da União Européia, há um atrativo a mais para o estudante: o diploma terá validade em todo os países do bloco", diz.
Os Estados Unidos, por sua vez, que já têm tradição de atrair estrangeiros para suas universidades --somente no ano passado foram 565 mil--, também se movem para retomar o fluxo de crescimento de brasileiros em seus campi."Fizemos uma campanha para incentivar o intercâmbio e para desmentir essa idéia de que é impossível conseguir um visto de estudante para os EUA. Após o 11 de Setembro, as regras para visto mudaram para todos os visitantes, mas os consulados dão prioridade aos estudantes", afirma Rita Moriconi, coordenadora de orientação educacional do escritório da comissão Fulbright no Rio.
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