Apenas 2,4% dos cursos avaliados pelo Enade em São Paulo receberam a nota máxima. Dos 1220 cursos analisados, 29 receberam nota máxima, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo. Deste total, 25 são de instituições públicas.
A universidade com melhor desempenho foi a Unesp, com 15 cursos com nota cinco, seguida da federal de São Carlos, com quatro. A USP e a Unicamp decidiram não participar da prova, por entenderem que os critérios ainda não estavam suficientemente debatidos.
De acordo com a análise feita pelo jornal, o desempenho paulista ficou abaixo da média nacional, em que 4,7% das carreiras ficaram no nível mais elevado. Para especialistas, o percentual de cursos que obtiveram desempenho elevado é baixo, mas destacaram também que é preciso avaliar outros fatores para determinar se o curso é ruim.
"Esse baixo desempenho mostra que os cursos têm deficiências. É um alerta para as instituições", disse Márcia Brito, professora do departamento de psicologia da Unicamp e consultora do Inep - instituto de pesquisas do Ministério da Educação, que aplicou o Enade.
"O desempenho foi fraco. Mas só com essa nota não é possível saber se o curso é bom ou ruim. Ele é um indicador, entre alguns outros", afirmou Isabel Capeletti, professora de pós-graduação em educação da PUC-SP. "Por exemplo, qual é a inserção desses estudantes no mercado de trabalho? Olhar só para uma nota pode causar equívocos. E se no exame caiu apenas o que você não sabia?"
O Enade 2005 avaliou 277.476 estudantes de 5.511 cursos de todo o país. As regiões Sul e Nordeste ficaram empatadas em primeiro lugar com o maior percentual de cursos com os conceitos mais altos (29,9% e 29,8%, respectivamente). No Sudeste, o índice ficou em 27,6%.
11.8.06
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