A direção da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) acusa dois professores de terem fraudado dados de seus currículos profissionais na Plataforma Lattes -sistema que agrupa informações acadêmicas e de experiência de trabalho de professores e pesquisadores do País, mantido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, os problemas apontados são falta de comprovação de graduação, de mestrado, de pós-doutorado, de bolsas de estudo, de número de orientandos, de publicações em livros e revistas e de horas contratuais prestadas à universidade.
As suspeitas começaram a partir de uma denúncia recebida pela direção do campus Marquês de Paranaguá (na região central de São Paulo), que abriga os cursos das áreas de exatas e tecnologia. A direção da unidade fez um relatório apontando as falhas encontradas a partir de um levantamento nas instituições de ensino onde os professores diziam ter estudado.
O documento foi entregue no início do mês à reitoria e à Fundação São Paulo, mantenedora da universidade.
Em um dos casos, um professor dizia ter três cursos de graduação, mas apenas dois foram comprovados. Ele informou que tinha também um pós-doutorado no exterior, mas não havia documentação para prová-lo. As informações estavam no Currículo Lattes do professor até maio. No dia 9 deste mês, ele retirou os dados do documento.
Uma sindicância foi aberta e três professores foram designados para cuidarem do caso, segundo a reitora da PUC-SP, Maura Bicudo Véras. Eles terão 30 dias para chegar a uma definição, a partir dos documentos reunidos pela direção do campus Marquês de Paranaguá. Os professores citados podem, durante este período, apresentar provas que mostrem que não houve erros nas informações em seus currículos e encerrar o caso.
27.9.06
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