Mesmo representando apenas 20,8% dos estabelecimentos de ensino do País e responsáveis por apenas 13,1% de todas as matrículas, as escolas particulares podem ser o caminho mais satisfatório para os professores. De acordo com Maurício Pietrocola, professora da Faculdade de Educação da USP em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a rede privada chega a pagar seis vezes mais comparado à rede pública de ensino.
O piso salarial até a quarta série em São Paulo é de R$ 668,09 (para uma jornada de 24 horas semanais). Da quinta série até o ensino médio, fica em R$ 773,41. Na rede particular, o piso salarial é um pouco maior e calculado sobre a hora/aula. Mas as escolas "top" costumam pagar até bem mais que o piso. Mas o presidente do Sinpro (Sindicato dos Professores de São Paulo), que representa os docentes das escolas particulares, Luiz Antonio Barbagli, chama a atenção para um aspecto negativo da rede privada. "A carreira é estagnada. O professor só cresce economicamente quando muda de escola."
Há espaço para quem tem boa formação. A Lei de Diretrizes e Bases de 1996, que estabelece a necessidade de nível superior para dar aulas na educação infantil e ensino fundamental de primeira a quarta séries, aumentou a porcentagem dos professores licenciados. Em 1999, apenas 23,3% dos professores de primeira à quarta série tinham nível superior. Em 2005, a número subiu para 47,7%.
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