21.7.06

>> Ministério Público cobra cortes na PUC-SP.

O Ministério Público de São Paulo está cobrando um novo corte de despesas na PUC-SP. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a auditoria realizada pelo MP verificou que o corte de 30% no quadro de professores e funcionários não foi suficiente para reduzir despesas.

A Fundação São Paulo, que mantém a universidade, concordou com o resultado. O cardeal dom Cláudio Hummes, que ocupa o principal posto da fundação, se comprometeu acabar com déficit mensal da instituição, que ficará na casa dos R$ 2 milhões a partir de outubro. Este valor representa cerca de 10% do faturamento mensal da instituição.

O promotor do Ministério Público Airton Grazzioli afirma que se a PUC não conseguir pagar a dívida, ela fecha, porque todo seu patrimônio está como garantia dos empréstimos.

A promotoria indicou à universidade as medidas para conseguir zerar seu déficit. Entre elas estão uma maior cobrança aos alunos inadimplentes, diminuição no número de bolsas, controle de professores faltosos e adequação dos salários de professores e de funcionários com os valores pagos em outras universidades.

A decisão não agrada a associação dos docentes da PUC (Apropuc). Para o diretor da instituição, Erson de Oliveira, a medidas visam a transformação da universidade em um modelo meramente mercantil.

A situação financeira da PUC ficou insustentável no final do ano passado, quando a instituição viu que não poderia atingir a meta acertada com os bancos de zerar um déficit mensal de R$ 4 milhões.

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