Aberta em 2000, a faculdade paulista Tancredo Neves vai fechar as portas sem nunca ter dado lucro. No final de julho, os alunos foram dispensados porque não havia turmas suficientes para manter a faculdade funcionando. Apenas os estudantes dos últimos anos puderam continuar estudando. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Segundo o mantenedor da faculdade, Arnold Fioravante, a instituição precisaria de verbas para demitir os professores e funcionários, então decidiu continuar recebendo algumas mensalidades. Ele conta que, desde o primeiro ano, precisava colocar cerca de R$ 300 mil na instituição, todo mês, para cobrir déficits. "
Tínhamos um projeto de cursos espetacular, eu tinha esperança que daria certo", lamenta. Para ele, o problema foi que os alunos "não conseguiram acompanhar o nível de exigência" e foram abandonando a faculdade. Fioravante diz que o vestibular não selecionava, como é comum nas faculdades particulares. Quem recebia a bolsa do ProUni, programa do Ministério da Educação que dá o benefício a alunos carentes em troca de isenção fiscal, não precisava passar pelo vestibular.
Neste ano, havia pouco mais de 100 alunos numa estrutura cara, com computadores individuais, carteiras estofadas e professores doutores. "Cobrávamos R$ 700 de mensalidade, quando deveríamos cobrar R$ 2 mil." A Tancredo chegou a ter 400 alunos e recentemente convivia com classes de apenas cinco. Os alunos, apesar de elogiarem o nível de ensino, reclamaram da maneira como foram avisados e culpam a administração pelo fim da instituição.
"Fomos jogados na rua, sem qualquer ajuda", diz Henrique Santana Menezes, de 21 anos, que estava no primeiro ano de Administração de Empresas.
Desde então, ele já procurou três faculdades para transferência e nenhuma delas o aceitou porque, além das aulas já terem começado, é bolsista do ProUni. Henrique agora espera a resposta da Universidade Anhembi Morumbi, a única que se dispôs a receber os alunos bolsistas da instituição. Segundo Fioravante, a insttuição ajudou os alunos a encontrar uma nova faculdade. Os estudantes ouvidos pelo Estado dizem o contrário. A Anhembi informou que foram os estudantes que se mobilizaram para pedir vagas em nome do grupo.
2 comentários:
Essas situações, não são tão raras como parecem, elas se repetem cada vez mais, principalmente em grandes conglomerados urbanos como é o caso da cidade de São Paulo.
Em meu ponto de vista, isso se deve, porque faltam investidores conscientes da necessidade de ajudar essas instituições,
Mas isso todos já sabem, o que ninguém sabe, é como conseguir fazer com que esses investidors se interessem por projetos de ajuda.
Aí sim, deve se concentrar as idéias, das administrações das instituições e também do Ministério da educação.
Deveriam haver várias vantagens para investidores e voluntários dessa projetos, para que eles possam se interessar de verdade, e estimular a vontade de ajudar cada vez mais...
MAs isso, é uma solução à "longuissimo" prazo, ou se todos se empenhassem, a médio prazo.
Também seriam necessários outros projetos do nível do PROUNI, para que jovens não deixem de fazer faculdade, por terem a certeza de que nao conseguirão comclui-las por falta de pagamento.
Isso sim , seria ótema solução para o nível estudantil brasileiro.
;)
Isso é o brasil meu filho, guerra civil -pcc, escolas fechando-seu post, politicos corruptos-roberto jeffersom...e por ai vai neh....Gostei do seu blog, vamos linkar o meu com o seu ?
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