Universidade faculdades particulares que sobrevivem à crise não são boas apenas em qualidade, mas também em gestão. Depois do boom do setor, que entre 1994 e 2004 supriu a grande demanda reprimida de vagas, agora resistem os bons. A Faculdade de Campinas (Facamp) e o Ibmec São Paulo são exemplos disso. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
O diretor de operações do Ibmec diz que preferiu não investir em infra-estrutura.
O campus de 10 mil metros quadrados e custo de R$ 50 milhões abertos neste ano na Vila Olímpia foi construído por outra empresa e alugado pelo Ibmec.
Criado em 1999 em uma parceria com outras empresas, o Ibmec, a partir de 2004, virou uma instituição sem fins lucrativos. Hoje tem uma receita de R$ 63 milhões oriunda exclusivamente do pagamento das mensalidades de cerca de 2500 alunos.
Deixando de lado a propaganda, o Ibmec apostou no boca-a-boca como meio de divulgação, ficando conhecido por roubar grandes professores de instituições como Universidade de São Paulo (USP) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A receita da estrutura do Ibmec é seguida pela Facamp. "Cada vez que o aluno aperta o botão do elevador, perde-se dinheiro", diz o economista João Manuel Cardoso de Mello, que inaugurou a instituição apostando em prédios térreos. A proposta de gestão deu resultado. Nos últimos meses, investidores internacionais tentaram comprar quatro vezes a faculdade, que tem apenas 2% de inadimplência, um recorde no setor.
Além de investir na parte administrativa, A Facamp investiu em currículos diferenciados. O período de aula é sempre integral e todos os alunos precisam cursar aulas de português, inglês e filosofia.
Ambas as instituições acreditam que ensino superior barato é balela. As mensalidades de Ibmec e Facamp giram em torno de R$ 2 mil. Mello, da Facamp, diz que até oferece bolsas de estudos, mas tem consciência que oferece algo acessível para poucos. "Só dá para oferecer ensino de qualidade para os pobres se o Estado pagar."
21.8.06
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Um comentário:
essa noticia me lembra aquelas noticias do mercado financeiro...mostrando as empresas tendo prejuizo e depois saindo do vermelho com estrategias mirabolantes que alguem vai escrever um livro depois e vai influenciar muita gente...
mas nao...isso aqui é o reflexo da educacao no Brasil...nao da pra ser assim...ou essas faculdade pagas entram com mais qualidade e respeito a educacao ou com o tempo teremos a morte das entidades estaduais e federais.
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