14.8.06
>> Baixo nível da educação brasileira limita crescimento, diz estudo do Ipea.
O estudo ressalta que essas pessoas têm baixa capacidade para realizar tarefas mais complexas e tomar decisões que exigem capacidade analítica mais sofisticada, o que impede o desenvolvimento. Embora reconheça que há mais ofertas, o Ipea diz que falta qualidade no ensino. Entre 1970 e 2000, o número de matrículas saiu de 1.119 para 3.680 no ensino médio, e de 425 para 2.694 no ensino superior. Entretanto, o texto qualifica de “lastimável” a educação básica no país, ao compará-la à de outros lugares. “
A pior notícia das comparações internacionais é a constatação de que a capacidade de compreensão de leitura dos alunos das nossas elites é inferior ao nível obtido pelos alunos de classes mais baixas da Europa”. Apesar do aumento do número de vagas, especialmente no ensino fundamental, os pesquisadores do Ipea consideram má a qualidade do ensino, e constatam que não há estímulo para a permanência do aluno na escola. Embora o ensino fundamental tenha se universalizado, ou seja, todos entram na escola, somente 84% concluem a quarta série e 57% terminam o ensino fundamental.
No nível médio, o índice de conclusão é de apenas 37%, sendo que, entre indivíduos da mesma idade, que entram ao mesmo tempo na escola, apenas 28% saem com diploma. O estudo relaciona a evasão à condição social do aluno. Na categoria dos 20% mais pobres do país, 95,2% dos alunos entre 7 e 14 anos estão na escola. Quando chegam à idade entre 15 e 17 anos, a proporção cai para 73,6%. No grupo entre 18 e 24 anos, apenas 28% permanecem estudando. Entre os 20% mais ricos, 99,3% das crianças entre 7 e 14 anos estão na escola.
Dos 15 aos 17 anos a parcela é de 94,6% e dos 18 aos 24 anos, 51,6%. “A ordem do dia é investir incansavelmente em qualidade, passando pela melhor qualificação dos professores, pela melhoria da infra-estrutura de ensino e pela motivação de seus profissionais”, conclui o texto do Ipea.
>> Protesto de estudantes pára trânsito em avenidas de São Paulo.
Às 11h30, os estudantes estavam perto do viaduto Pedroso, na avenida Brigadeiro Luiz Antônio, e seguiam para o Largo São Francisco, na região central de São Paulo.
A CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) registrou lentidão nas avenidas Brigadeiro e Paulista e nas alamedas próximas ao local da manifestação --alternativas para quem pegaria as duas avenidas.
Segundo informou a CET, o principal ponto de lentidão entre 11h e 11h30 foi registrado em trecho próximo à avenida Pedro Álvares Cabral e à rua Ascendino Reis, no Ibirapuera. O congestionamento chegou a 3 km.
Às 11h30, o índice de congestionamento da cidade chegou a 72 km, quando a média para o horário é de 40 km.
11.8.06
>> Técnicos da equipe de Educação Especial avaliam alunos com dificuldade de aprendizagem.
Criança com alto grau de comprometimento precisa de sala especial e de pessoas adequadas para atendê-las, por isso a importância de irmos até a escola para averiguar quais as dificuldades apresentadas por elas”, observou. A avaliação é feita sempre que as escolas comunicam à Seduc suspeitas de algum aluno Portador de Necessidade Especial (PNE). “
Quando a escola perceber alguma dificuldade no aluno, tanto no comportamento quanto no aprendizado, ela deve enviar um ofício solicitando a nossa visita”, acrescentou Regina. Ela ainda alerta as escolas para que não neguem atendimento as crianças PNEs, pois elas são amparadas pela Lei Federal 7.853/89, onde garante reclusão de um a quatro anos e multa para o estabelecimento de ensino que negar acesso. “O diretor é obrigado a receber o aluno e oferecer um atendimento adequado a ele”, concluiu.
>> Enade: apenas 29 cursos recebem nota máxima em SP.
A universidade com melhor desempenho foi a Unesp, com 15 cursos com nota cinco, seguida da federal de São Carlos, com quatro. A USP e a Unicamp decidiram não participar da prova, por entenderem que os critérios ainda não estavam suficientemente debatidos.
De acordo com a análise feita pelo jornal, o desempenho paulista ficou abaixo da média nacional, em que 4,7% das carreiras ficaram no nível mais elevado. Para especialistas, o percentual de cursos que obtiveram desempenho elevado é baixo, mas destacaram também que é preciso avaliar outros fatores para determinar se o curso é ruim.
"Esse baixo desempenho mostra que os cursos têm deficiências. É um alerta para as instituições", disse Márcia Brito, professora do departamento de psicologia da Unicamp e consultora do Inep - instituto de pesquisas do Ministério da Educação, que aplicou o Enade.
"O desempenho foi fraco. Mas só com essa nota não é possível saber se o curso é bom ou ruim. Ele é um indicador, entre alguns outros", afirmou Isabel Capeletti, professora de pós-graduação em educação da PUC-SP. "Por exemplo, qual é a inserção desses estudantes no mercado de trabalho? Olhar só para uma nota pode causar equívocos. E se no exame caiu apenas o que você não sabia?"
O Enade 2005 avaliou 277.476 estudantes de 5.511 cursos de todo o país. As regiões Sul e Nordeste ficaram empatadas em primeiro lugar com o maior percentual de cursos com os conceitos mais altos (29,9% e 29,8%, respectivamente). No Sudeste, o índice ficou em 27,6%.
>> 5 mil professores pressionam o governo.
As entidades exigiram a incorporação das gratificações aos salários, além da necessidade de atender imediatamente os demais pontos da pauta, como um novo plano de carreira para o magistério, cumprimento da data-base dos servidores garantida por Lei e a ampliação e melhoria do atendimento do Iamspe (Instituto de Assistência Médica dos Servidores Públicos do Estado).O governo marcou uma nova reunião com as entidades na próxima terça-feira, dia 15, às 15 horas, quando deverá apresentar propostas. Como a reunião com o governo antecederá o Conselho Estadual de Representantes (CER), que acontece dia 18, as propostas serão levadas para o CER.
>> Mercadante discursa e é vaiado em ato estudantil.
Segundo informações da rádio CBN, Mercadante subiu ao carro de som e falou por cerca de cinco minutos. Os estudantes, porém, não aprovaram o discurso, alegando que o ato era em prol da Educação e não se tratava de um ato político para a eleição.
Mesmo assim, Mercadante criticou a atuação do PSDB durante os 12 anos em que esteve à frente de governo estadual e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "um peão metalúrgico" e "doutor honoris causa" do povo brasileiro.
A manifestação, que marca o Dia do Estudante, se concentrou diante da Assembléia Legislativa e prejudicou o trânsito das avenidas Paulista e Brigadeiro Luiz Antônio.
Nesta sexta-feira, Mercadante ainda participa de um encontro com a juventude do bairro de Heliópolis, na zona sul da capital.
10.8.06
>> Lula defende educação e família no combate à violência.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje investimentos em educação e a valorização da família para evitar que os jovens sigam para a criminalidade. "Se pobreza levasse a gente a cair ou a cometer delitos, eu não seria hoje presidente da República", afirmou o presidente, observando que foi graças à educação recebida de sua mãe que ele e os irmãos seguiram na vida.Lula condenou as prefeituras das capitais e citou a de São Paulo, que foi administrada por José Serra (PSDB), e do Rio, comandada por César Maia (PFL). Ele criticou o fato de não terem aceito parceria com o governo federal em programas de investimentos em jovens, como o Pró-Jovem. "Qual não foi a minha surpresa (ao observar) que, depois de 200 mil vagas às prefeituras no programa Pró-Jovem, elas não preencheram as vagas que nós colocamos à disposição", disse, observando que em São Paulo havia 30 mil vagas e nem 10 mil foram preenchidas."Possivelmente, sem crítica nenhuma, pode ser que as prefeituras não estivessem preparadas para cumprir uma função como essa, mas isso precisa ser corrigido num futuro muito próximo", afirmou.
O presidente afirmou que é preciso recuperar o adolescente e a família, quando ela ainda existe, mas advertiu que os problemas das casas de recuperação não serão consertados "nem com a polícia, nem com a Febem, nem com a palmatória, nem com punição". Depois de dizer que há instituições que são fábricas de bandidos, Lula reconheceu que este não é um problema de todos. "Não é um problema do presidente da República, não é do governador, não é do prefeito. É um problema gestado por um conjunto de erros que, ao longo de décadas, se acumularam na sociedade brasileira. Direta ou indiretamente, uns têm mais culpa do que os outros, mas no fundo, todos nós temos uma pequena parcela de responsabilidade", reconheceu.
>> 'Unica forma de mudar o Brasil é revolucionar a educação', diz Buarque.
A campanha de Cirtovam Buarque defende a federalização do ensino médio. Para isso, o cadidato propõe a definição de um padrão de salário, conteúdo, instalações e equipamentos para as escolas. "Cada agência do Banco do Brasil é igual em cada local do país. Porque as escolas também não seguem esse modelo?", ressaltou.
Além disso, Buarque acredita que o salário mínimo dos professores deve ser de R$ 800. Questionado sobre a disponibilidade de verba para sustentar a medida, o candidato disse que pretende usar 1% do orçamento. "O governo gastou R$ 9 bilhões para preencher um rombo de uma estatal, eu peço apenas R$ 7 bilhões para isso", afirmou.
Sobre a atuação no cargo de governador do Distrito Federal, Buarque disse que cumpriu tudo o que prometeu aos eleitores, além de ter criado o Bolsa-Escola. Já em relação à atuação como ministro da Educação do governo Lula, o candidato do PDT afirmou que foi demitido porque incomodou o presidente Lula. "Eu queria entrar para história desse país como o ministro que erradicou o analfabetismo. O presidente me disse que isso iria atrapalhar sua reeleição, pois desagradaria alguns prefeitos."
>> Tucana diz que PT se rendeu aos fundos para educação.
>> Patrus diz que televisão e propaganda subvertem educação dos jovens.
Na avaliação dele, no entanto, o Brasil avança em diversas políticas públicas para superar essas distorções. O ministro também abordou os programas sociais desenvolvidos pelo governo federal, na palestra para representantes de cerca de 40 países que discutirão até sexta-feira (11) a elaboração de documento a ser apresentado à Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no próximo ano. O objetivo é definir medidas de apoio psicológico, social e educativo aos jovens privados do convívio familiar. Do encontro também participam representantes do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e do Comitê dos Direitos da Criança, da ONU.
9.8.06
>> IPM é parceiro do Ministério da Educação na avaliação do Programa Brasil Alfabetizado.
O Instituto Paulo Montenegro, em parceria com o IBOPE Opinião, foi selecionado para participar das ações de avaliação, tendo em vista sua expertise na área da educação e pesquisa. Além disso, a fim de obter excelência no processo de avaliação do Programa Brasil Alfabetizado, a SECAD fez parceria com diversas instituições, como o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o CEALE/GAME (Centro de Alfabetização e Leitura e Escrita/Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e a SCIENCE (Sociedade Científica da Escola Nacional de Ciências Estatísticas).
Para que a avaliação abrangesse todos os atores envolvidos na execução do Programa (alfabetizandos, alfabetizadores e gestores das entidades parceiras), foram criados diversos instrumentos de pesquisa, incluindo ferramentas do INAF – Indicador de Alfabetismo Funcional, desenvolvido pelo Instituto Paulo Montenegro em parceria com a ONG Ação Educativa. O INAF mede habilidades de leitura, escrita e matemática e coleta informações sobre os usos que as pessoas fazem destas habilidades.As habilidades de leitura e escrita e matemática são verificadas diretamente por meio da aplicação de um teste cognitivo, elaborado pelas equipes do CEALE/GAME da UFMG, com base no INAF. Além do teste, é aplicado um questionário para levantamento do histórico familiar e educacional dos respondentes, incluindo informações sócio-econômicas.
Durante o mês de dezembro de 2005, foi realizado um pré-teste para verificação das ferramentas utilizadas na avaliação do Programa Brasil Alfabetizado. Participaram dele 65 turmas em diversos Estados do Brasil (Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo), nas quais 640 alfabetizandos, 65 alfabetizadores e 52 gestores de instituições parceiras responderam aos testes e questionários.Após a execução do pré-teste, os instrumentos estão sendo revistos com o objetivo de facilitar a aplicação e melhor apurar os resultados. Os entrevistadores do IBOPE Opinião iniciarão o trabalho de campo na 2ª quinzena de maio de 2006.
>> Reclassificados do ProUni têm esta semana para confirmar dados.
Foram reclassificados 16.968 candidatos que preencherão parte das 43.614 vagas oferecidas pelo ProUni para o segundo semestre deste ano.
Eles vão ocupar as vagas dos candidatos selecionados cujos dados socioeconômicos não foram confirmados. A lista dessas pessoas está disponível na página eletrônica do ProUni, ou pelo telefone 0800-616161.
Criado em 2004, o Programa Universidade para Todos ofereceu, em 2005, 112.275 bolsas e, no primeiro semestre de 2006, 91.609 vagas. Podem concorrer alunos que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas, os que estudaram em escolas particulares com bolsa integral e os professores da rede pública de ensino básico em efetivo exercício.
Todos devem, ainda, ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
São também requisitos obrigatórios ter renda familiar por pessoa de até um salário mínimo e meio (R$ 525,00), para concorrer a uma bolsa integral, e de até três salários mínimos por pessoa da família (R$ 1.050,00), para concorrer a uma bolsa parcial de 50% da mensalidade.
>> Exclusão ainda é marca da educação no Brasil, diz Ipea.
A exclusão social ainda é uma marca no sistema educacional brasileiro, embora o país já consiga fazer com que todas as crianças entrem na escola. A análise faz parte da segunda fase do estudo 'Brasil - O Estado de uma Nação', divulgado hoje pelo Ipea (Instituto de Política Econômica Aplicada).Dos que entram, 84% concluem a 4ª série e 57% terminam o ensino fundamental. No ensino médio, o índice de conclusão é de apenas 37%. O estudo destaca que a exclusão atinge a população com menos recursos. Na primeira série, cerca de dois terços dos estudantes vêm de segmentos mais pobres da população. Já no ensino superior, menos de 5% têm essa origem. Apesar da exclusão, o Ipea destaca a expansão do ensino básico, que já está próximo da universalização, o crescimento do ensino superior.
Para que esse processo tenha continuidade, sugere o investimento em qualidade, sobretudo no ensino de nível básico, e a expansão do ensino médio.De acordo com o estudo, a má qualidade no sistema educacional vem da necessidade da entrada prematura da população no mercado de trabalho. Isso leva a, mais tarde, parte dessa população procurar programas de educação e treinamento. O Ipea lembra Sistema de Avaliação do Ensino Básico classificou a metade dos alunos da quarta série como incapazes de ler um texto relativamente simples e que isso significa mão-de-obra inabilitada para operar em uma economia moderna, lembrando que a renda será determinada pelo investimento em educação.Nível superiorNo caso da população universitária, o destaque é que ela passou de 1,4 milhão em 1980 para 4,2 milhões.
O crescimento do número de vagas oferecidas foi de 64%, no setor privado, e de 56%, no setor público, mas ainda há uma demanda represada.Para o Ipea, o crescimento dessas vagas no setor privado está ligado à burocracia para a autorização de funcionamento de cursos; à preocupação com um crescimento desordenado da educação privada; e ao medo de competição de novas escolas particulares.Outro ponto é a demanda. Entre os 40% mais pobres, praticamente inexiste demanda para o ensino superior (público ou privado).Já as novas vagas por meio do setor público acarretariam em um investimento elevado. Hoje, esse gasto representa 0,82% do PIB (Produto Interno Bruto).
8.8.06
>> Educação financeira na infância garante autocontrole.
Pesquisas revelam que é cada vez maior o número de jovens que se tornam inadimplentes devido ao descontrole financeiro. Esse quadro poderia ser evitado se os pais aplicassem, ainda na infância, o conceito de educação financeira. Estratégias como economizar a “mesada” ou “juntar” dinheiro para comprar o brinquedo ajudam a criança a desenvolver o autocontrole.Impor limites é a primeira regra ainda nos primeiros anos de vida, segundo o economista Celso Leite, que também é especializado em orçamento doméstico. Embora para muitas famílias seja difícil dizer “não” às chantagens, a resposta negativa é a melhor forma de ajudar a criança a ter idéia do que pode e o que não pode ser feito com o dinheiro. “
Isso é mais difícil para as classes média e alta, porque as famílias mais pobres obrigatoriamente não terão condições de dar tudo o que os filhos pedem”, comparou.Para as crianças menores, brinquedos educativos que incentivem à realização de contas ou ainda jogos como o banco imobiliário ajudam a ter noção de que o exagero pode atrapalhar as finanças. Leite lembrou ainda que a partir dos oitos anos é recomendável que os pais deêm a “mesada” aos filhos, mas sempre com muita atenção nos valores.Este método é interessante quando a criança quer comprar, por exemplo, um brinquedo de R$ 40. Se a “mesada” for de R$ 20, ela aprenderá que precisa guardar dinheiro pelo menos dois meses para conseguir o produto desejado. “
Este processo é muito importante para que o filho saiba como os bens materiais são adquiridos com sacríficio”, afirmou.Outra vantagem é que a criança aprende a negociar com o pagamento à vista. Ao contrário dos pais, ela não tem acesso ao cheque ou cartão de crédito, o que também facilita a compreensão da importância de gastar somente o que ela pode e não contrair dívidas. “Caso a criança exceda e a ‘mesada’ não seja suficiente, os pais não devem dar outro valor antes da data”, reforçou. A mesma orientação vale para os avós. Esses conceitos, segundo o economista, preparam as crianças para a adolescência, quando os gastos aumentam e a necessidade de consumir parece ainda maior. “
A criança precisa ser preparada na infância e na adolescência para que, quando começar a se tornar independente da família, saiba controlar seu próprio orçamento. E isso, infelizmente, é cada vez mais comum”, completou. (ESS)Orçamento doméstico é o melhor exemploAlém de educar os filhos impondo limites e adotando estratégias simples para transmitir o conceito de educação financeira, o bom exemplo continua sendo uma das alternativas mais eficazes.O especilista lembra que a criança que vive em um ambiente onde não existe controle orçamentário tende a ser um adulto descontrolado com suas finanças. Por isso, ele reforça a importância da família ter um planejamento mensal. Caneta e papel podem ser usados para elaboração de uma planilha mensal dividida em duas partes. Uma contendo todos os valores arrecadados pela família e outra com todas as despesas. “O valor do gasto nunca pode ser superior ao ganho no mês. O ideal é que ainda haja uma sobra”, orientou. (ESS)
>> José Serra diz que não abandonou a prefeitura de São Paulo.
Não saí de lá e vou continuar a olhar por São Paulo como governador porque muitas coisas que precisam ser melhoradas no município são de responsabilidade do Estado, como, por exemplo, o transporte sobre trilhos."Eleições de 2010José Serra negou que, em vez de estar trabalhando em um plano para São Paulo, esteja lançando uma plataforma para uma eventual candidatura à Presidência em 2010, no caso de o presidente Lula ser reeleito este ano. "Tenho um programa de governo para o Estado como tive para a Prefeitura", disse.Segurança PúblicaSobre os problemas de segurança pública, José Serra disse que é importante uma integração das forças do Estado para combater o crime organizado. "
O Ministério Público não é inimigo do Estado, o inimigo é o crime." E disse que o governo federal deve ter um papel mais atuante porque é atribuição da polícia federal desmantelar as organizações criminosas.O entrevistador perguntou a Serra por que o PSDB, nos 12 anos em que esteve à frente do Estado de São Paulo, não conseguiu combater o crime. Serra se defendeu. "Mário Covas encontrou aqui até viaturas sem pneus e fez, sim, muito pela segurança pública do Estado."Segundo Serra, nunca se prendeu tanto como nos três governos do PSDB. "Os índices de criminalidade também caíram nesses 12 anos, mas aí surgiu um novo problema, que é a superpopulação carcerária", disse.
Se eleito governador, Serra disse que investirá na construção de presídios de segurança máxima, na maior capacitação dos serviços de inteligência da polícia e em uma nova organização dos presídios, separando os detentos de acordo com a natureza dos crimes cometidos.FebemJosé Serra disse que não pretende acabar com a Febem porque ganharia outro problema: o que fazer com os cerca de 6 mil menores que estão atualmente internados. "Temos que reorganizar também. Dos 6 mil menores que estão presos, apenas 15% são considerados perigosos. Temos que separá-los e descentralizar a Febem."
O problema que o governo enfrenta para construir unidades da Febem em municípios do interior, segundo o candidato, é que as prefeituras não aceitam. Serra disse que pretende contornar o problema oferecendo aos municípios benefícios em contrapartida.EducaçãoSerra reafirmou a sua proposta de investir na educação pública do Estado e na formação do aluno como um todo. "Não podemos jogar as crianças fora como se joga fora a água do banho."Disse que pretende colocar dois professores nas salas de aula em que houver necessidade e que vai reforçar o ensino principalmente de aritmética e ciências. "
Eu sou professor e é como professor que sei o que é preciso para melhorar a qualidade de ensino."Máfia dos sanguessugasO candidato mais uma vez se defendeu das insinuações de que teria envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Serra explicou que as fotografias em que aparece ao lado de deputados que teriam sido beneficiados pelo esquema de compras superfaturadas de ambulâncias não provam nenhum envolvimento com a máfia. "Eu era ministro da Saúde, participava dessas solenidades e tirava milhares de fotografias", explicou. "E você pode notar que não parece nenhum mensaleiro ao meu lado."
>> Cursos tecnológicos.
Cursos nas mesmas áreas, com o mesmo currículo e a mesma formação tinham nomenclaturas distintas. Entre 1998 e 2004, o número de cursos cresceu 170%. Muitos deles designavam pseudo-especializações, atraindo milhares de estudantes que buscavam um diploma que lhes propiciasse oportunidade profissional. Mas os diplomas que obtinham não tinham credibilidade no mercado nem facilitavam a obtenção de empregos com a remuneração esperada.O novo catálogo contempla as áreas de formação tecnológica em Agropecuária e Recursos Pesqueiros, Comércio e Gestão, Artes, Comunicação e Design, Construção Civil e Transportes, Lazer, Desenvolvimento Social e Turismo, Indústria, Química e Mineração, Informática e Telecomunicação e Meio Ambiente e Tecnologia de Saúde. Os cursos existentes que não se encaixarem nessas áreas e nomes definidos pelo MEC terão de mudar o currículo ou ficarão como cursos experimentais, até obterem "densidade tecnológica", ou seja, serem aperfeiçoados até justificarem a criação de uma nova denominação.Definir oito áreas de concentração e reduzir os nomes dos cursos foi a estratégia que o MEC adotou para moralizar o setor".
O catálogo não vai engessar as inovações na área de tecnologia. O que vamos fazer é criar condições de aperfeiçoamento", diz o ministro Fernando Haddad. Segundo ele, a falta de avaliação fez com que os interessados não soubessem discernir a qualidade desses cursos. Esse foi um dos motivos pelos quais vários cursos não tiveram a demanda esperada pelas universidades. Há dias, por falta de alunos, a PUC/SP cancelou sete dos dez cursos tecnológicos que criou no primeiro semestre. "Há muitas reclamações de estudantes que não conseguem sensibilizar o mercado de trabalho sobre a qualidade da formação que recebem nesses cursos", constata o ministro.Como era de esperar, várias instituições reclamaram do novo catálogo de denominações, classificando-o como "camisa-de-força".
Elas alegam que a iniciativa do MEC restringe a autonomia universitária, impedindo-as de acompanhar o desenvolvimento científico-tecnológico. "O mercado é muito rápido, temos de ser ágeis", afirma o reitor da Universidade de Guarulhos e vice-presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, Valmor Bolan. "Podemos até inventar outras nomenclaturas, mas depois, para reconhecer o curso, vamos ter dificuldades. Isso inibe a criatividade das instituições", diz ele. Respondendo a essas críticas, o ministro da Educação lembra que as universidades particulares e confessionais puderam apresentar sugestões para o catálogo no primeiro semestre e que o MEC aceitou 12% das propostas encaminhadas.
Além disso, segundo Haddad, a moralização dos cursos tecnológicos só prejudicou as instituições que se preocupam exclusivamente com o lucro, sem compromisso com a qualidade do ensino.Não é difícil ver quem está com a razão nessa polêmica. Ao moralizar os cursos tecnológicos de nível superior, submetendo-os a esquemas de avaliação e acabando com a farra das instituições caça-níqueis, finalmente o MEC, que há três anos e meio vem agindo de modo errático, com iniciativas demagógicas ou irrealistas, desta vez acertou na mosca.
7.8.06
>> Candidatos ao Enem receberão confirmação a partir de sexta.
No caso de o cartão não especificar corretamente o registro das necessidades especiais indicadas na ficha de inscrição, o inscrito deverá entrar imediatamente em contato com o Inep para as providências necessárias, até o dia 18 de agosto. Não será permitida mudança do local de prova, exceto quando constatado erro na transcrição das informações fornecidas pelo candidato na ficha. Os possíveis erros de identificação de nome, endereço, número da identidade, CPF, sexo, data de nascimento e outros serão corrigidos em formulário específico, que será entregue no dia e local de prova.
>> Positivas a Química duplicaram.
Duplicou o número de alunos com positiva a Química e 60% das disciplinas registaram média negativa. Assim se salda a 2.ª fase dos exames nacionais do 12.º ano, encerrando um conturbado período de polémica acerca dos métodos utilizados pelo Ministério da Educação (ME) na avaliação dos alunos.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, fez um balanço positivo dos exames e respondeu ao provedor da Justiça, contestando a posição defendida por Nascimento Rodrigues, que acusou o Ministério de proceder com ilegalidade.
A média nacional do exame de Química passou de 6,9 para 8,8, o que faz com que a percentagem de negativas, da 1.ª para a 2.ª fases, tenha descido de 80% para 58%. Os resultados obtidos a Química (cujos alunos tiveram a oportunidade de repetir o exame na 2.ª fase sem com isso serem penalizados no acesso ao Ensino Superior) justificaram, segundo a ministra, os métodos seguidos.
"Houve em todo o processo várias críticas muito duras e pouco fundamentadas, mas tudo valeu a pena porque o número de alunos com positiva a Química duplicou", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues.
Já a Física (a outra disciplina em que houve repetição do exame) as notas baixaram em relação à primeira fase, com a média de classificações a descer de 7,7 para 7,3 valores e a taxa de reprovação no exame a subir de 67% para 70%.De acordo com estimativas do Ministério da Educação (ME), cerca de 11 mil alunos beneficiaram da possibilidade de fazer melhoria de nota a Química, sem serem prejudicados no acesso ao Ensino Superior, um regime excepcional que terá sido igualmente aproveitado por cerca de 3500 estudantes na prova de Física.
Na conferência de imprensa, a ministra também se pronunciou sobre a sugestão do provedor de Justiça de abrir vagas adicionais no Ensino Superior para os alunos lesados pelo regime excepcional criado pela tutela. No entanto, a responsável alegou que "o país não tem um problema de vagas, mas um problema de alunos", considerando que é necessário "melhorar os resultados no Secundário para aumentar o número de alunos no Superior".
A ministra afirmou ainda não entender o ofício do provedor de Justiça, divulgado terça-feira, no qual Nascimento Rodrigues classificou de "manifestamente ilegal" o despacho do secretário de Estado da Educação, que abriu o regime excepcional no acesso à universidade para os alunos que realizaram na primeira fase os exames relativos aos programas novos de Química e Física. "
À carta aberta [do provedor de Justiça] respondi em carta fechada. Não entendo como é possível emitir opiniões sem conhecimento dos factos e sem procurar informação. Não recebemos qualquer pedido de informação por parte da Provedoria", criticou.Para justificar o polémico regime criado para os estudantes das duas disciplinas, muito contestado por pais, sindicatos e partidos da oposição, a ministra voltou a invocar as "condições de desigualdade" a que estavam sujeitos estes alunos, nomeadamente por terem feito exames relativos a programas novos que ainda não tinham sido testados em provas nacionais.
Quanto às médias obtidas às restantes disciplinas, esta 2.ª fase de exames teve um saldo claramente negativo, uma vez que cerca de 60% das 57 disciplinas tiveram uma média negativa. No total, os alunos alcançaram uma média negativa em 35 disciplinas e positiva somente em 22, enquanto na 1.ª fase foi maior o número de cadeiras com resultados acima dos 9,5 valores (36) do que abaixo desta nota (22).
No conjunto da 1.ª e da 2.ª fases, 58 disciplinas tiveram média positiva e 57 negativa, o que levou a ministra da Educação a considerar que "os resultados foram globalmente positivos".
>> Elite brasileira vai estudar fora do país.
O aumento da procura por cursos no exterior obrigou as universidades a buscarem parcerias com instituições estrangeiras e a organizarem departamentos para atender a esses estudantes. É uma resposta ao fenômeno da internacionalização da educação", diz a presidente do Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais, Luciane Stallivieri.Para Luciana Yeung, coordenadora de intercâmbio da faculdade Ibmec São Paulo, a formação no exterior já é uma exigência do mercado: "A procura realmente tem aumentado bastante. Minha percepção é de que ela vem do mercado. Com a economia mais globalizada e com o aumento da presença de empresas multinacionais em todos os países, a demanda por profissionais com experiência no exterior se intensificou muito".
Universidades estrangeiras, por seu lado, também buscam alunos em outros países. França, Canadá e Austrália criaram agências ou instituições que organizam feiras e realizam outras atividades com o objetivo de atrair os brasileiros.Segundo Stallivieri, além da busca por diversidade em seus campi, um dos fatores a explicar esse interesse é o processo de envelhecimento da população européia. As instituições européias também procuram fazer frente à política dos Estados Unidos de atrair estudantes do mundo inteiro."Com a recente política de unificação dos programas da União Européia, há um atrativo a mais para o estudante: o diploma terá validade em todo os países do bloco", diz.
Os Estados Unidos, por sua vez, que já têm tradição de atrair estrangeiros para suas universidades --somente no ano passado foram 565 mil--, também se movem para retomar o fluxo de crescimento de brasileiros em seus campi."Fizemos uma campanha para incentivar o intercâmbio e para desmentir essa idéia de que é impossível conseguir um visto de estudante para os EUA. Após o 11 de Setembro, as regras para visto mudaram para todos os visitantes, mas os consulados dão prioridade aos estudantes", afirma Rita Moriconi, coordenadora de orientação educacional do escritório da comissão Fulbright no Rio.
1.8.06
>> Estudantes "sem-teto" acampam em universidade.
No início do ano, a casa mantida pelo Estado lançou novo edital para selecionar moradores. Em protesto, o grupo não participou da seleção e foi expulso. Sem ter para onde ir, eles decidiram acampar num gramado da UFF.
O aluno Josemar da Fonseca diz que o acampamento é uma forma de pressionar a universidade para construir um alojamento. Segundo Josemar, que é aluno de pedagogia e morador de São João do Meriti, um terço dos alunos da UFF vem de outras cidades.
Os coordenadores do acampamento afirmam que o grupo expulso não concordou com as novas regras, como proibição de visitas, inclusive da família, e de práticas políticas e religiosas.
A UFF permite que os alunos usem os banheiros de um dos prédios até as 23h. Com a permissão da universidade, o grupo puxou um ponto de luz para o acampamento, que é feito de barracas de lona e plástico.
A universidade diz manter uma relação amigável com os acampados. Segundo o Conselho Universitário, foram oferecidas alternativas, como a instalação temporária do grupo em um prédio da UFF.