15.8.06

>> Faculdade paulista vai fechar as portas por falta de recursos.

Aberta em 2000, a faculdade paulista Tancredo Neves vai fechar as portas sem nunca ter dado lucro. No final de julho, os alunos foram dispensados porque não havia turmas suficientes para manter a faculdade funcionando. Apenas os estudantes dos últimos anos puderam continuar estudando. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Segundo o mantenedor da faculdade, Arnold Fioravante, a instituição precisaria de verbas para demitir os professores e funcionários, então decidiu continuar recebendo algumas mensalidades. Ele conta que, desde o primeiro ano, precisava colocar cerca de R$ 300 mil na instituição, todo mês, para cobrir déficits. "

Tínhamos um projeto de cursos espetacular, eu tinha esperança que daria certo", lamenta. Para ele, o problema foi que os alunos "não conseguiram acompanhar o nível de exigência" e foram abandonando a faculdade. Fioravante diz que o vestibular não selecionava, como é comum nas faculdades particulares. Quem recebia a bolsa do ProUni, programa do Ministério da Educação que dá o benefício a alunos carentes em troca de isenção fiscal, não precisava passar pelo vestibular.


Neste ano, havia pouco mais de 100 alunos numa estrutura cara, com computadores individuais, carteiras estofadas e professores doutores. "Cobrávamos R$ 700 de mensalidade, quando deveríamos cobrar R$ 2 mil." A Tancredo chegou a ter 400 alunos e recentemente convivia com classes de apenas cinco. Os alunos, apesar de elogiarem o nível de ensino, reclamaram da maneira como foram avisados e culpam a administração pelo fim da instituição.
"Fomos jogados na rua, sem qualquer ajuda", diz Henrique Santana Menezes, de 21 anos, que estava no primeiro ano de Administração de Empresas.

Desde então, ele já procurou três faculdades para transferência e nenhuma delas o aceitou porque, além das aulas já terem começado, é bolsista do ProUni. Henrique agora espera a resposta da Universidade Anhembi Morumbi, a única que se dispôs a receber os alunos bolsistas da instituição. Segundo Fioravante, a insttuição ajudou os alunos a encontrar uma nova faculdade. Os estudantes ouvidos pelo Estado dizem o contrário. A Anhembi informou que foram os estudantes que se mobilizaram para pedir vagas em nome do grupo.

>> Semana da Educação debate a “diversidade” nas escolas.

Começa nesta terça-feira, 15 e termina na sexta, 20, a 5a. Semana da Educação de Guarulhos. O encontro é anual e realizado pela Prefeitura. Neste ano, o tema abordado será “Culturas da Cidade, Diversidade na Escola”.Na programação principal não há previsão de debate sobre os resultados da “Prova Brasil” do Ministério da Educação, que considerou as 46 escolas do Município (com uma única exceção) com desempenho abaixo das médias, já baixas, de todo o país e do Estado, e bem abaixo do mínimo de 200 pontos exigido pelo Ministério.

A abertura acontecerá às 19h30, no Centro Municipal de Educação Adamastor. Estão previstas para os seis dias 150 atividades, espalhadas por escolas municipais, praças públicas, agências bancárias, supermercados e bibliotecas da cidade. A Conferência de Abertura será proferida pelo professor Celso dos Santos Vasconcellos, da USP, cujo tema abordado será “Cidade, Diversão e Humanização: o Educador como Sujeito da Transformação”. O Centro Municipal de Educação Adamastor fica na avenida Monteiro Lobato, 734. Podem participar gratuitamente estudantes, educadores e interessados no tema.

>> Educação reprovada.

Os maus resultados obtidos pelas crianças da rede municipal de ensino em Guarulhos, abaixo até dos apurados pelos alunos da rede estadual, chegam a causar surpresa, porque é notório que o desempenho das escolas estaduais é muito inferior ao desejável. Quando a Prefeitura resolveu assumir classes do Ensino Fundamental, cogitava-se que estivesse aparelhada para tal, mesmo porque obteve recursos do governo federal para custear as despesas.

Foram construídas muitas escolas e reformadas outras, que eram responsáveis, até então, apenas pela Educação Infantil. Muitos foram os argumentos de membros da Apeoesp de que era equivocada a decisão da gestão Pietá, mas a vice-prefeita e então secretária de Educação, Eneide Moreira de Lima, contra-argumentou, afirmando que sua pasta estava plenamente capacitada para assumir tal tarefa. A “Prova Brasil” envolveu mais de três milhões de alunos do ensino fundamental, em quase todos os municípios brasileiros.

A comparação com as escolas estaduais, porém, não é de todo válida, porque o governo do Estado não aderiu à “Prova Brasil” do Ministério da Educação, ficando facultativo a cada escola participar ou não. Os resultados são, portanto, uma amostragem da qualidade do nível de ensino na rede estadual. No entanto, os resultados absolutos da rede municipal, divulgados na quinta-feira da semana passada pelo Olho Vivo, falam por si, e algumas das razões são tão visíveis quanto eram previsíveis os resultados. A gestão petista tem considerado como investimento em Educação valores gastos com aquisição de imóveis, uniformes e até com a realização de shows.

Na desapropriação da área do Adamastor, foram investidos R$ 3,5 milhões, sem contar as obras. Na aquisição do prédio hoje ocupado pela Secretaria de Educação, foram mais R$ 4,5 milhões. Qual é a efetiva contribuição desses imóveis para a qualidade de ensino oferecida às crianças? Será correto considerar que esses valores são despesas com a Educação?O que dizer, então, dos gastos com uniformes? E, muito mais grave, com os shows promovidos nas inaugurações das escolas, cuja despesa é debitada à Educação?

14.8.06

>> Escolas municipais de SP terão carga horária maior.

A partir do ano que vem, 260 mil dos 548 mil estudantes do ensino fundamental da Prefeitura de São Paulo terão uma hora a mais na escola diariamente. A grade curricular obrigatória passará de quatro para cinco horas, o que significa dois anos a mais de escolaridade ao final de oito anos. Até 2008, a ampliação deverá atingir todos os estudantes. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Para a mudança, a administração municipal acabou com o terceiro turno (no qual os alunos têm aulas entre as 11h e as 15h) em 58 colégios. Além disso, novas salas serão construídas em 97 escolas até o começo de 2007, salas especiais serão utilizadas (como salas de arte) e as turmas terão até 40 alunos.

As duas últimas medidas são criticadas. Para a professora de psicologia escolar da Unesp, Marisa Melillo Meira, acabar com as salas de arte é uma atitude equivocada porque os alunos precisam de espaços para atividades artísticas.

Maria Ângela Barbato, professora de políticas públicas de educação da PUC-SP, é contra o aumento do número de alunos. "Ter 40 alunos é muito, nenhum professor dá conta. Não adianta só garantir a permanência do aluno na escola, tem de garantir o bom ensino", afirma.

Outra ponderação é a de que as horas extras deveriam ser utilizadas para aulas de português e matemática, já que as últimas avaliações nacionais apontam um fraco desempenho nessas disciplinas. O projeto prevê que a carga horária seja preenchida com aulas nas salas de leitura e de informática.

O secretário municipal da Educação, Alexandre Schneider, diz que a grade poderá ser preenchida também com aulas de reforço. O secretário diz também que, para a ampliação da carga horária obrigatória, não gastará um centavo a mais, já que tudo foi feito com base em uma reestruturação administrativa.

>> Por votos, políticos propõem 86 novas universidades federais.

Especialistas em emendas para agradar suas bases eleitorais, deputados e senadores descobriram, nos últimos três anos, um novo filão: os projetos de lei que autorizam a criação de universidades federais. Desde o primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, o número de propostas tramitando no Congresso explodiu. Chegaram a 92 em 2006, sendo que 6 já foram aprovadas. Nos oito anos anteriores, do governo Fernando Henrique Cardoso, foram apenas oito.O número de projetos foi crescendo devagar e sempre, e atingiu o auge em 2005. Em 2003, quando o governo Lula ainda tinha apenas anunciado a intenção de expandir o sistema federal de ensino, foram 13. Em 2004, pularam para 20. No ano seguinte, alcançaram 39. Este ano, são 20 somente até julho. Neste segundo semestre, como as atividades no Congresso diminuem por conta das eleições, o ritmo de propostas tende a cair.

O súbito interesse dos parlamentares por novas universidades federais tem o objetivo de se contrapor à intenção do governo Lula de criar novas instituições por conta própria. Desde que assumiu, o presidente lançou um plano ambicioso para aumentar as vagas no ensino superior. O plano prevê a abertura de quatro novas universidades e 48 projetos de unidades para instituições já existentes (ver texto ao lado). No plano de governo para um segundo mandato, novas instituições e expansões estão planejadas."Há tempos não se criavam novas instituições. A decisão do governo despertou o interesse dos parlamentares", admite a deputada Neyde Aparecida (PT-GO), presidente da Comissão de Educação da Câmara.

Para a educadora e secretária de Ciência e Tecnologia de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, a expansão do governo está sendo feita sem critérios, porque era preciso reformar antes o modelo de instituições públicas e de gestão das federais."Com que dinheiro vão sustentar mais universidades se hoje o MEC já gasta, de cada R$ 100 da educação, R$75 com as universidades? Como fica o discurso de que a prioridade tem que ser a qualidade da educação básica?" Para ela, seria mais útil para o País fazer investimentos na criação de cursos tecnológicos e técnicos.A deputada Neyde não está entre os que apresentaram projetos para seu Estado, mas Goiás é o campeão de propostas. Existem 12 pedidos para o Estado, incluindo instituições na Chapada dos Veadeiros e duas no entorno do Distrito Federal.

Hoje, Goiás possui uma universidade federal e três Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets).São Paulo aparece ao lado de Goiás, também com 12 pedidos. O Estado tem a maior bancada de parlamentares e um dos menores números de vagas em universidades federais.Minas está em quarto lugar na lista de pedidos, com sete propostas feitas por sua bancada estadual. É, certamente, o Estado que menos precisa de instituições federais de ensino superior. Tem nada menos que 11 universidades, sete faculdades de tecnologia e seis Cefets com ensino superior. É o mais bem servido entre os Estados da Federação.Das 92 propostas totais, as seis aprovadas foram apresentadas pelo Executivo. As instituições já começaram a ser implementadas, como a Universidade do Grande ABC, em São Paulo, que divulgou a lista de aprovados em seu vestibular neste mês, e a de Campanha, no Rio Grande do Sul.

IMPROVÁVEIS
O surto de criação de universidades envolve parlamentares de todos os partidos, do PT ao oposicionista PFL, e de todo o País. Cada um tenta garantir uma nova instituição para seu reduto eleitoral, embora a chance de concretização dos projetos seja pouco provável. Isso porque as propostas dos parlamentares só podem dar autorização ao governo. Ou seja, o Executivo não tem obrigação de cumpri-las.Mesmo assim, alguns parlamentares são insistentes. O campeão é Inocêncio Oliveira (PL-PE), que apresentou nada menos que cinco projetos nos últimos três anos, criando as mesmas instituições, na Zona da Mata e no sertão pernambucano.

Procurado pelo Estado, Inocêncio não foi encontrado. Está em campanha justamente nessas duas regiões."Os projetos funcionam como uma mobilização. Se os deputados não fizerem isso, como o presidente vai ficar sabendo de suas reivindicações?", diz a deputada Neyde. Por isso, muitos não se dão ao trabalho de fazer um projeto de lei. Contentam-se com uma indicação - uma sugestão ao Executivo - para criar uma universidade. Além dos projetos, já existem mais de 150 indicações no Congresso.A chance de as instituições saírem do papel é mínima.

O Ministério da Educação (MEC) prevê, em suas propostas de expansão, um investimento inicial de R$ 8 milhões para cada uma das instituições que está criando - isso sem contar o aumento da despesa permanente de custeio, com salários de professores, funcionários e gastos gerais. Atualmente, o orçamento das federais é de R$ 8,6 bilhões.Descontando já os projetos repetidos - deputados tendem a apresentar as mesmas propostas que seus colegas quando têm bases eleitorais semelhantes -, se o ministério acatasse todas as propostas, teria de investir cerca de R$ 600 milhões somente nas instalações das novas instituições.

O número de propostas no Congresso surpreendeu o ministro da Educação, Fernando Haddad. Mas, apesar de achar estranho que os deputados tenham encontrado tantos lugares para criar novas instituições, ele afirma que isso não vai influenciar o projeto de expansão preparado pelo MEC."Nosso projeto de expansão leva em conta análises de necessidades regionais feitas pelo governo. Não há influência dos projetos do Congresso", afirma o ministro.

>> Baixo nível da educação brasileira limita crescimento, diz estudo do Ipea.

O Brasil fez muito nas últimas décadas em matéria de educação, mas hoje há relativo consenso de que o baixo nível educacional da nossa força de trabalho é um dos fatores limitativos do crescimento. A constatação está no documento Brasil, o estado de uma nação, lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o texto, a população brasileira é formada por pessoas que “podem ser tuteladas e podem até atingir bons níveis de produtividade”.

O estudo ressalta que essas pessoas têm baixa capacidade para realizar tarefas mais complexas e tomar decisões que exigem capacidade analítica mais sofisticada, o que impede o desenvolvimento. Embora reconheça que há mais ofertas, o Ipea diz que falta qualidade no ensino. Entre 1970 e 2000, o número de matrículas saiu de 1.119 para 3.680 no ensino médio, e de 425 para 2.694 no ensino superior. Entretanto, o texto qualifica de “lastimável” a educação básica no país, ao compará-la à de outros lugares. “

A pior notícia das comparações internacionais é a constatação de que a capacidade de compreensão de leitura dos alunos das nossas elites é inferior ao nível obtido pelos alunos de classes mais baixas da Europa”. Apesar do aumento do número de vagas, especialmente no ensino fundamental, os pesquisadores do Ipea consideram má a qualidade do ensino, e constatam que não há estímulo para a permanência do aluno na escola. Embora o ensino fundamental tenha se universalizado, ou seja, todos entram na escola, somente 84% concluem a quarta série e 57% terminam o ensino fundamental.

No nível médio, o índice de conclusão é de apenas 37%, sendo que, entre indivíduos da mesma idade, que entram ao mesmo tempo na escola, apenas 28% saem com diploma. O estudo relaciona a evasão à condição social do aluno. Na categoria dos 20% mais pobres do país, 95,2% dos alunos entre 7 e 14 anos estão na escola. Quando chegam à idade entre 15 e 17 anos, a proporção cai para 73,6%. No grupo entre 18 e 24 anos, apenas 28% permanecem estudando. Entre os 20% mais ricos, 99,3% das crianças entre 7 e 14 anos estão na escola.

Dos 15 aos 17 anos a parcela é de 94,6% e dos 18 aos 24 anos, 51,6%. “A ordem do dia é investir incansavelmente em qualidade, passando pela melhor qualificação dos professores, pela melhoria da infra-estrutura de ensino e pela motivação de seus profissionais”, conclui o texto do Ipea.

>> Protesto de estudantes pára trânsito em avenidas de São Paulo.

Um protesto de ao menos mil estudantes contra a política educacional do governo do Estado de São Paulo provoca congestionamento em pontos das regiões central e Ibirapuera na manhã de sexta-feira.

Às 11h30, os estudantes estavam perto do viaduto Pedroso, na avenida Brigadeiro Luiz Antônio, e seguiam para o Largo São Francisco, na região central de São Paulo.

A CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) registrou lentidão nas avenidas Brigadeiro e Paulista e nas alamedas próximas ao local da manifestação --alternativas para quem pegaria as duas avenidas.

Segundo informou a CET, o principal ponto de lentidão entre 11h e 11h30 foi registrado em trecho próximo à avenida Pedro Álvares Cabral e à rua Ascendino Reis, no Ibirapuera. O congestionamento chegou a 3 km.

Às 11h30, o índice de congestionamento da cidade chegou a 72 km, quando a média para o horário é de 40 km.

11.8.06

>> Técnicos da equipe de Educação Especial avaliam alunos com dificuldade de aprendizagem.

Assessoria/Seduc-MT Entre os dias 14 e 31 de agosto técnicos da equipe de Educação Especial da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) vão percorrer cinco municípios do Estado para fazer a avaliação de alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem e comportamento. A iniciativa é um atendimento às solicitações feitas por escolas da rede estadual de ensino. Conforme explica a técnica da Educação Especial, Regina Dias de Moura, essas avaliações são importantes para verificar o nível de necessidade apresentada por cada criança. “

Criança com alto grau de comprometimento precisa de sala especial e de pessoas adequadas para atendê-las, por isso a importância de irmos até a escola para averiguar quais as dificuldades apresentadas por elas”, observou. A avaliação é feita sempre que as escolas comunicam à Seduc suspeitas de algum aluno Portador de Necessidade Especial (PNE). “

Quando a escola perceber alguma dificuldade no aluno, tanto no comportamento quanto no aprendizado, ela deve enviar um ofício solicitando a nossa visita”, acrescentou Regina. Ela ainda alerta as escolas para que não neguem atendimento as crianças PNEs, pois elas são amparadas pela Lei Federal 7.853/89, onde garante reclusão de um a quatro anos e multa para o estabelecimento de ensino que negar acesso. “O diretor é obrigado a receber o aluno e oferecer um atendimento adequado a ele”, concluiu.

>> Enade: apenas 29 cursos recebem nota máxima em SP.

Apenas 2,4% dos cursos avaliados pelo Enade em São Paulo receberam a nota máxima. Dos 1220 cursos analisados, 29 receberam nota máxima, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo. Deste total, 25 são de instituições públicas.
A universidade com melhor desempenho foi a Unesp, com 15 cursos com nota cinco, seguida da federal de São Carlos, com quatro. A USP e a Unicamp decidiram não participar da prova, por entenderem que os critérios ainda não estavam suficientemente debatidos.
De acordo com a análise feita pelo jornal, o desempenho paulista ficou abaixo da média nacional, em que 4,7% das carreiras ficaram no nível mais elevado. Para especialistas, o percentual de cursos que obtiveram desempenho elevado é baixo, mas destacaram também que é preciso avaliar outros fatores para determinar se o curso é ruim.

"Esse baixo desempenho mostra que os cursos têm deficiências. É um alerta para as instituições", disse Márcia Brito, professora do departamento de psicologia da Unicamp e consultora do Inep - instituto de pesquisas do Ministério da Educação, que aplicou o Enade.
"O desempenho foi fraco. Mas só com essa nota não é possível saber se o curso é bom ou ruim. Ele é um indicador, entre alguns outros", afirmou Isabel Capeletti, professora de pós-graduação em educação da PUC-SP. "Por exemplo, qual é a inserção desses estudantes no mercado de trabalho? Olhar só para uma nota pode causar equívocos. E se no exame caiu apenas o que você não sabia?"
O Enade 2005 avaliou 277.476 estudantes de 5.511 cursos de todo o país. As regiões Sul e Nordeste ficaram empatadas em primeiro lugar com o maior percentual de cursos com os conceitos mais altos (29,9% e 29,8%, respectivamente). No Sudeste, o índice ficou em 27,6%.

>> 5 mil professores pressionam o governo.

Cerca de cinco mil professores e de aposentados da Apeoesp (Sindicato dos Professores de Magistério Oficial do Estado de São Paulo) participaram da assembléia de quarta-feira em frente ao Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. “Por um período o veículo de nossa manifestação foi barrado por policiais militares, que não permitiram que avançássemos em direção à sede do governo paulista”, contou a dirigente sindical Carmem Urquiza de Souza. A sindicalista explicou que os educadores têm como ponto principal da campanha salarial a luta pela incorporação imediata das gratificações aos salários e a extensão deste benefício para os professores aposentados.No meio da tarde de quarta-feira uma comissão formada pelas entidades do magistério foi recebida pelo secretário da Casa Civil, Rubens de Lara.

As entidades exigiram a incorporação das gratificações aos salários, além da necessidade de atender imediatamente os demais pontos da pauta, como um novo plano de carreira para o magistério, cumprimento da data-base dos servidores garantida por Lei e a ampliação e melhoria do atendimento do Iamspe (Instituto de Assistência Médica dos Servidores Públicos do Estado).O governo marcou uma nova reunião com as entidades na próxima terça-feira, dia 15, às 15 horas, quando deverá apresentar propostas. Como a reunião com o governo antecederá o Conselho Estadual de Representantes (CER), que acontece dia 18, as propostas serão levadas para o CER.

>> Mercadante discursa e é vaiado em ato estudantil.

O senador Aloizio Mercadante (PT), candidato a governador de São Paulo, foi vaiado na manhã desta sexta-feira durante discurso na capital paulista, em ato organizado por entidades estudantis.

Segundo informações da rádio CBN, Mercadante subiu ao carro de som e falou por cerca de cinco minutos. Os estudantes, porém, não aprovaram o discurso, alegando que o ato era em prol da Educação e não se tratava de um ato político para a eleição.

Mesmo assim, Mercadante criticou a atuação do PSDB durante os 12 anos em que esteve à frente de governo estadual e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "um peão metalúrgico" e "doutor honoris causa" do povo brasileiro.

A manifestação, que marca o Dia do Estudante, se concentrou diante da Assembléia Legislativa e prejudicou o trânsito das avenidas Paulista e Brigadeiro Luiz Antônio.

Nesta sexta-feira, Mercadante ainda participa de um encontro com a juventude do bairro de Heliópolis, na zona sul da capital.

10.8.06

>> Lula defende educação e família no combate à violência.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje investimentos em educação e a valorização da família para evitar que os jovens sigam para a criminalidade. "Se pobreza levasse a gente a cair ou a cometer delitos, eu não seria hoje presidente da República", afirmou o presidente, observando que foi graças à educação recebida de sua mãe que ele e os irmãos seguiram na vida.Lula condenou as prefeituras das capitais e citou a de São Paulo, que foi administrada por José Serra (PSDB), e do Rio, comandada por César Maia (PFL). Ele criticou o fato de não terem aceito parceria com o governo federal em programas de investimentos em jovens, como o Pró-Jovem. "Qual não foi a minha surpresa (ao observar) que, depois de 200 mil vagas às prefeituras no programa Pró-Jovem, elas não preencheram as vagas que nós colocamos à disposição", disse, observando que em São Paulo havia 30 mil vagas e nem 10 mil foram preenchidas."Possivelmente, sem crítica nenhuma, pode ser que as prefeituras não estivessem preparadas para cumprir uma função como essa, mas isso precisa ser corrigido num futuro muito próximo", afirmou.

O presidente afirmou que é preciso recuperar o adolescente e a família, quando ela ainda existe, mas advertiu que os problemas das casas de recuperação não serão consertados "nem com a polícia, nem com a Febem, nem com a palmatória, nem com punição". Depois de dizer que há instituições que são fábricas de bandidos, Lula reconheceu que este não é um problema de todos. "Não é um problema do presidente da República, não é do governador, não é do prefeito. É um problema gestado por um conjunto de erros que, ao longo de décadas, se acumularam na sociedade brasileira. Direta ou indiretamente, uns têm mais culpa do que os outros, mas no fundo, todos nós temos uma pequena parcela de responsabilidade", reconheceu.

>> 'Unica forma de mudar o Brasil é revolucionar a educação', diz Buarque.

O candidato do PDT à presidência da República, Cristovam Buarque, destacou a questão educacional no Brasil durante entrevista ao ‘Jornal Nacional’ (Rede Globo), nesta quarta-feira. Para o candidato, a única forma de mudar o Brasil é revolucionar a educação.
A campanha de Cirtovam Buarque defende a federalização do ensino médio. Para isso, o cadidato propõe a definição de um padrão de salário, conteúdo, instalações e equipamentos para as escolas. "Cada agência do Banco do Brasil é igual em cada local do país. Porque as escolas também não seguem esse modelo?", ressaltou.

Além disso, Buarque acredita que o salário mínimo dos professores deve ser de R$ 800. Questionado sobre a disponibilidade de verba para sustentar a medida, o candidato disse que pretende usar 1% do orçamento. "O governo gastou R$ 9 bilhões para preencher um rombo de uma estatal, eu peço apenas R$ 7 bilhões para isso", afirmou.
Sobre a atuação no cargo de governador do Distrito Federal, Buarque disse que cumpriu tudo o que prometeu aos eleitores, além de ter criado o Bolsa-Escola. Já em relação à atuação como ministro da Educação do governo Lula, o candidato do PDT afirmou que foi demitido porque incomodou o presidente Lula. "Eu queria entrar para história desse país como o ministro que erradicou o analfabetismo. O presidente me disse que isso iria atrapalhar sua reeleição, pois desagradaria alguns prefeitos."

>> Tucana diz que PT se rendeu aos fundos para educação.

Marisa Serrano acredita que os fundos para o financiamento do ensino devem se perenizar como parte das políticas públicas para Educação. Ela considera a criação do Fundef (Fundo Nacional para o Desenvolvimento do Ensino Fundamental) “uma das grandes conquistas” ocorridas durante o mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).“Lutei muito pelo Fundef e o PT foi contra; hoje o PT está criando o Fundeb, que vai precisar ser aperfeiçoado”, disse a candidata durante visita ao Campo Grande News na terça-feira. A lei que regulamenta o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação Básica), já aprovada no Senado, está tramitando na Câmara dos Deputados. O programa substituirá o Fundef e será mais abrangente, atendendo estudantes da educação infantil (pré-escola), ensinos fundamental e médio. A expectativa é que o fundo, composto pelos principais impostos e transferências federais e estaduais, chegue a R$ 44 bilhões ao ano e seja extinto em 2020.Segundo Marisa, as inseguranças quanto ao Fundeb hoje estão localizadas basicamente nas prefeituras, que temem sofrer com o atraso nas contrapartidas federais e estaduais. “Os municípios estão gritando, mas essa é uma questão pontual, que pode ser resolvida com uma garantia que os recursos federais e estaduais cheguem a tempo”.Na área da educação, o principal ponto da agenda política da candidata é o ensino profissionalizante. Segundo ela, há necessidade de implementação de um programa nacional de educação profissionalizante. “Precisamos continuar investindo nessa modalidade, as escolas técnicas federais são necessárias. Precisamos de um programa de aportes regulares, pois a educação profissionalizante é cara”, defendeu. “Hoje em dia a qualificação profissional é uma exigência cada vez mais forte para o ingresso no trabalho”.

>> Patrus diz que televisão e propaganda subvertem educação dos jovens.

“A banalização do consumismo e da sexualidade é um desserviço para a formação dos jovens, promovido pelos programas de televisão e muitas vezes também pelas propagandas”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Ele participou da abertura da Reunião Intergovernamental de Especialistas para Revisão do Esboço das Diretrizes Internacionais sobre Proteção e Cuidados Alternativos de Crianças Privadas de Cuidados Parentais. Patrus Ananias defendeu que “a família é o espaço de segurança afetiva, psicológica e pedagógica capaz de formar homens e mulheres de bem" e afirmou que "o ambiente que os jovens encontram é um cenário em que o dinheiro é compreendido como o valor máximo, sobrepondo-se aos valores humanos mais fundamentais”.

Na avaliação dele, no entanto, o Brasil avança em diversas políticas públicas para superar essas distorções. O ministro também abordou os programas sociais desenvolvidos pelo governo federal, na palestra para representantes de cerca de 40 países que discutirão até sexta-feira (11) a elaboração de documento a ser apresentado à Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no próximo ano. O objetivo é definir medidas de apoio psicológico, social e educativo aos jovens privados do convívio familiar. Do encontro também participam representantes do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e do Comitê dos Direitos da Criança, da ONU.

9.8.06

>> IPM é parceiro do Ministério da Educação na avaliação do Programa Brasil Alfabetizado.

O Ministério da Educação (MEC), através da SECAD – Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, vem implementando uma série de ações visando avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade do Programa Brasil Alfabetizado, o que permitirá aperfeiçoar o desenho do programa.O Brasil Alfabetizado é um programa do Governo Federal que transfere recursos a Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, instituições de ensino superior, entidades do Sistema “S” (SESI/SENAI, SESC/SENAC e outros) e ONGs com o objetivo de financiar a formação e a concessão de uma bolsa para os alfabetizadores.

O Instituto Paulo Montenegro, em parceria com o IBOPE Opinião, foi selecionado para participar das ações de avaliação, tendo em vista sua expertise na área da educação e pesquisa. Além disso, a fim de obter excelência no processo de avaliação do Programa Brasil Alfabetizado, a SECAD fez parceria com diversas instituições, como o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o CEALE/GAME (Centro de Alfabetização e Leitura e Escrita/Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e a SCIENCE (Sociedade Científica da Escola Nacional de Ciências Estatísticas).

Para que a avaliação abrangesse todos os atores envolvidos na execução do Programa (alfabetizandos, alfabetizadores e gestores das entidades parceiras), foram criados diversos instrumentos de pesquisa, incluindo ferramentas do INAF – Indicador de Alfabetismo Funcional, desenvolvido pelo Instituto Paulo Montenegro em parceria com a ONG Ação Educativa. O INAF mede habilidades de leitura, escrita e matemática e coleta informações sobre os usos que as pessoas fazem destas habilidades.As habilidades de leitura e escrita e matemática são verificadas diretamente por meio da aplicação de um teste cognitivo, elaborado pelas equipes do CEALE/GAME da UFMG, com base no INAF. Além do teste, é aplicado um questionário para levantamento do histórico familiar e educacional dos respondentes, incluindo informações sócio-econômicas.


Durante o mês de dezembro de 2005, foi realizado um pré-teste para verificação das ferramentas utilizadas na avaliação do Programa Brasil Alfabetizado. Participaram dele 65 turmas em diversos Estados do Brasil (Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo), nas quais 640 alfabetizandos, 65 alfabetizadores e 52 gestores de instituições parceiras responderam aos testes e questionários.Após a execução do pré-teste, os instrumentos estão sendo revistos com o objetivo de facilitar a aplicação e melhor apurar os resultados. Os entrevistadores do IBOPE Opinião iniciarão o trabalho de campo na 2ª quinzena de maio de 2006.

>> Reclassificados do ProUni têm esta semana para confirmar dados.

Termina nesta sexta-feira, dia 11, o prazo para os candidatos reclassificados do Programa Universidade para Todos (ProUni) comparecerem à instituição de ensino em que foram selecionados, para confirmar seus dados socioeconômicos. A confirmação das informações é fundamental para o candidato garantir a bolsa do ProUni.
Foram reclassificados 16.968 candidatos que preencherão parte das 43.614 vagas oferecidas pelo ProUni para o segundo semestre deste ano.

Eles vão ocupar as vagas dos candidatos selecionados cujos dados socioeconômicos não foram confirmados. A lista dessas pessoas está disponível na página eletrônica do ProUni, ou pelo telefone 0800-616161.
Criado em 2004, o Programa Universidade para Todos ofereceu, em 2005, 112.275 bolsas e, no primeiro semestre de 2006, 91.609 vagas. Podem concorrer alunos que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas, os que estudaram em escolas particulares com bolsa integral e os professores da rede pública de ensino básico em efetivo exercício.

Todos devem, ainda, ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
São também requisitos obrigatórios ter renda familiar por pessoa de até um salário mínimo e meio (R$ 525,00), para concorrer a uma bolsa integral, e de até três salários mínimos por pessoa da família (R$ 1.050,00), para concorrer a uma bolsa parcial de 50% da mensalidade.

>> Exclusão ainda é marca da educação no Brasil, diz Ipea.

A exclusão social ainda é uma marca no sistema educacional brasileiro, embora o país já consiga fazer com que todas as crianças entrem na escola. A análise faz parte da segunda fase do estudo 'Brasil - O Estado de uma Nação', divulgado hoje pelo Ipea (Instituto de Política Econômica Aplicada).Dos que entram, 84% concluem a 4ª série e 57% terminam o ensino fundamental. No ensino médio, o índice de conclusão é de apenas 37%. O estudo destaca que a exclusão atinge a população com menos recursos. Na primeira série, cerca de dois terços dos estudantes vêm de segmentos mais pobres da população. Já no ensino superior, menos de 5% têm essa origem. Apesar da exclusão, o Ipea destaca a expansão do ensino básico, que já está próximo da universalização, o crescimento do ensino superior.

Para que esse processo tenha continuidade, sugere o investimento em qualidade, sobretudo no ensino de nível básico, e a expansão do ensino médio.De acordo com o estudo, a má qualidade no sistema educacional vem da necessidade da entrada prematura da população no mercado de trabalho. Isso leva a, mais tarde, parte dessa população procurar programas de educação e treinamento. O Ipea lembra Sistema de Avaliação do Ensino Básico classificou a metade dos alunos da quarta série como incapazes de ler um texto relativamente simples e que isso significa mão-de-obra inabilitada para operar em uma economia moderna, lembrando que a renda será determinada pelo investimento em educação.Nível superiorNo caso da população universitária, o destaque é que ela passou de 1,4 milhão em 1980 para 4,2 milhões.

O crescimento do número de vagas oferecidas foi de 64%, no setor privado, e de 56%, no setor público, mas ainda há uma demanda represada.Para o Ipea, o crescimento dessas vagas no setor privado está ligado à burocracia para a autorização de funcionamento de cursos; à preocupação com um crescimento desordenado da educação privada; e ao medo de competição de novas escolas particulares.Outro ponto é a demanda. Entre os 40% mais pobres, praticamente inexiste demanda para o ensino superior (público ou privado).Já as novas vagas por meio do setor público acarretariam em um investimento elevado. Hoje, esse gasto representa 0,82% do PIB (Produto Interno Bruto).

8.8.06

>> Educação financeira na infância garante autocontrole.

Pesquisas revelam que é cada vez maior o número de jovens que se tornam inadimplentes devido ao descontrole financeiro. Esse quadro poderia ser evitado se os pais aplicassem, ainda na infância, o conceito de educação financeira. Estratégias como economizar a “mesada” ou “juntar” dinheiro para comprar o brinquedo ajudam a criança a desenvolver o autocontrole.Impor limites é a primeira regra ainda nos primeiros anos de vida, segundo o economista Celso Leite, que também é especializado em orçamento doméstico. Embora para muitas famílias seja difícil dizer “não” às chantagens, a resposta negativa é a melhor forma de ajudar a criança a ter idéia do que pode e o que não pode ser feito com o dinheiro. “

Isso é mais difícil para as classes média e alta, porque as famílias mais pobres obrigatoriamente não terão condições de dar tudo o que os filhos pedem”, comparou.Para as crianças menores, brinquedos educativos que incentivem à realização de contas ou ainda jogos como o banco imobiliário ajudam a ter noção de que o exagero pode atrapalhar as finanças. Leite lembrou ainda que a partir dos oitos anos é recomendável que os pais deêm a “mesada” aos filhos, mas sempre com muita atenção nos valores.Este método é interessante quando a criança quer comprar, por exemplo, um brinquedo de R$ 40. Se a “mesada” for de R$ 20, ela aprenderá que precisa guardar dinheiro pelo menos dois meses para conseguir o produto desejado. “

Este processo é muito importante para que o filho saiba como os bens materiais são adquiridos com sacríficio”, afirmou.Outra vantagem é que a criança aprende a negociar com o pagamento à vista. Ao contrário dos pais, ela não tem acesso ao cheque ou cartão de crédito, o que também facilita a compreensão da importância de gastar somente o que ela pode e não contrair dívidas. “Caso a criança exceda e a ‘mesada’ não seja suficiente, os pais não devem dar outro valor antes da data”, reforçou. A mesma orientação vale para os avós. Esses conceitos, segundo o economista, preparam as crianças para a adolescência, quando os gastos aumentam e a necessidade de consumir parece ainda maior. “

A criança precisa ser preparada na infância e na adolescência para que, quando começar a se tornar independente da família, saiba controlar seu próprio orçamento. E isso, infelizmente, é cada vez mais comum”, completou. (ESS)Orçamento doméstico é o melhor exemploAlém de educar os filhos impondo limites e adotando estratégias simples para transmitir o conceito de educação financeira, o bom exemplo continua sendo uma das alternativas mais eficazes.O especilista lembra que a criança que vive em um ambiente onde não existe controle orçamentário tende a ser um adulto descontrolado com suas finanças. Por isso, ele reforça a importância da família ter um planejamento mensal. Caneta e papel podem ser usados para elaboração de uma planilha mensal dividida em duas partes. Uma contendo todos os valores arrecadados pela família e outra com todas as despesas. “O valor do gasto nunca pode ser superior ao ganho no mês. O ideal é que ainda haja uma sobra”, orientou. (ESS)

>> José Serra diz que não abandonou a prefeitura de São Paulo.

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, disse nesta terça-feira (8/8) em entrevista à rádio CBN que não abandonou a prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo do Estado.Serra explicou que quando se candidatou à prefeitura da capital paulista não pensava em ser candidato ao governo do Estado, mas que o partido o escolheu e ele aceitou porque como governador poderia cuidar ainda melhor da capital."Existem coisas que se impõem na vida da gente. Além do mais, vou continuar em São Paulo", declarou. "

Não saí de lá e vou continuar a olhar por São Paulo como governador porque muitas coisas que precisam ser melhoradas no município são de responsabilidade do Estado, como, por exemplo, o transporte sobre trilhos."Eleições de 2010José Serra negou que, em vez de estar trabalhando em um plano para São Paulo, esteja lançando uma plataforma para uma eventual candidatura à Presidência em 2010, no caso de o presidente Lula ser reeleito este ano. "Tenho um programa de governo para o Estado como tive para a Prefeitura", disse.Segurança PúblicaSobre os problemas de segurança pública, José Serra disse que é importante uma integração das forças do Estado para combater o crime organizado. "

O Ministério Público não é inimigo do Estado, o inimigo é o crime." E disse que o governo federal deve ter um papel mais atuante porque é atribuição da polícia federal desmantelar as organizações criminosas.O entrevistador perguntou a Serra por que o PSDB, nos 12 anos em que esteve à frente do Estado de São Paulo, não conseguiu combater o crime. Serra se defendeu. "Mário Covas encontrou aqui até viaturas sem pneus e fez, sim, muito pela segurança pública do Estado."Segundo Serra, nunca se prendeu tanto como nos três governos do PSDB. "Os índices de criminalidade também caíram nesses 12 anos, mas aí surgiu um novo problema, que é a superpopulação carcerária", disse.

Se eleito governador, Serra disse que investirá na construção de presídios de segurança máxima, na maior capacitação dos serviços de inteligência da polícia e em uma nova organização dos presídios, separando os detentos de acordo com a natureza dos crimes cometidos.FebemJosé Serra disse que não pretende acabar com a Febem porque ganharia outro problema: o que fazer com os cerca de 6 mil menores que estão atualmente internados. "Temos que reorganizar também. Dos 6 mil menores que estão presos, apenas 15% são considerados perigosos. Temos que separá-los e descentralizar a Febem."

O problema que o governo enfrenta para construir unidades da Febem em municípios do interior, segundo o candidato, é que as prefeituras não aceitam. Serra disse que pretende contornar o problema oferecendo aos municípios benefícios em contrapartida.EducaçãoSerra reafirmou a sua proposta de investir na educação pública do Estado e na formação do aluno como um todo. "Não podemos jogar as crianças fora como se joga fora a água do banho."Disse que pretende colocar dois professores nas salas de aula em que houver necessidade e que vai reforçar o ensino principalmente de aritmética e ciências. "

Eu sou professor e é como professor que sei o que é preciso para melhorar a qualidade de ensino."Máfia dos sanguessugasO candidato mais uma vez se defendeu das insinuações de que teria envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Serra explicou que as fotografias em que aparece ao lado de deputados que teriam sido beneficiados pelo esquema de compras superfaturadas de ambulâncias não provam nenhum envolvimento com a máfia. "Eu era ministro da Saúde, participava dessas solenidades e tirava milhares de fotografias", explicou. "E você pode notar que não parece nenhum mensaleiro ao meu lado."