23.8.06

>> MEC autoriza empréstimo de R$ 35 milhões à PUC-SP.

O Ministério da Educação autorizou o BNDES a conceder um pedido de empréstimo de R$ 35 milhões à PUC-SP. A universidade deve usar o dinheiro para ampliar seu campus na capital paulista e afastar a crise financeira que atinge a instituição.

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, a PUC-SP quer construir três novos prédios na área em que hoje estão os cursos de comunicação e filosofia. Nessa área circulam cerca de três mil estudantes por dia.

O projeto da PUC se enquadra em um programa do BNDES que prevê apoio às instituições de ensino superior que pretendem ampliar suas instalações. Para a concessão do empréstimo, o MEC precisa avaliar se há de fato necessidade acadêmica para a proposta. Apesar de reconhecer que as instalações precisam de reformas, a Apropuc acha contraditório que isso acontece em maio à crise. "

Se precisa cortar gastos, como haverá aumento do endividamento?", questiona o diretor da Apropuc (associação dos docentes da PUC), Erson de Oliveira.
No início deste ano, a universidade cortou cerca de 30% do quadro de professores e de funcionários. A PUC tem uma dívida bancária de R$ 107 milhões.

>> Faculdades não podem cobrar taxa para expedir diploma.

Para o MPF, a expedição do diploma é o ato final do curso e, por isso, deveria ser fornecido pelas entidades sem cobrança de taxas adicionais.

SÃO PAULO - Instituições de ensino superior não podem cobrar taxa para a expedição de diploma e certificados de conclusão de curso. O entendimento é da 1ª Vara da Justiça Federal de Bauru, município no interior de São Paulo. O juiz Roberto Lemos dos Santos Filho concedeu liminar para suspender a cobrança feita por todas as faculdades privadas do município, até o julgamento do mérito da questão.

A Ação Civil Pública foi ajuizada pelo Ministério Público Federal em Bauru, no dia 15 de agosto. Para o MPF, a expedição do diploma é o ato final do curso e, por isso, deveria ser fornecido pelas entidades sem cobrança de taxas adicionais, assim como determina a Resolução 3, de 13 de outubro de 1989, do Conselho Federal de Educação. Hoje, o órgão é conhecido como Conselho Nacional de Educação.

>> Serra e Mercadante com visões opostas sobre educação.

No horário eleitoral nas rádios, Serra defende que educação melhorou em São Paulo, enquanto Mercadante faz críticas.

SÃO PAULO - O candidato do PSDB ao posto de Governador de São Paulo José Serra dedicou seu programa no rádio, durante o horário político eleitoral, à educação. “Não existe prioridade mais importante do que investir no futuro e ele está nas crianças de São Paulo”, afirmou Serra.

O programa do candidato afirmou ainda que a gestão do PSDB em São Paulo promoveu a expansão nos horários de aulas e ainda trouxe um aumento quantitativo de crianças em salas de aula e ainda afirmou que na Prefeitura de São Paulo, eliminou as “escolas de lata” (cada sala era montada em um contêiner metálico) da administração anterior, do PT.

Serra falou ainda da construção de 58 novas escolas municipais e do Programa Ler e Escrever, em que são colocadas duas professoras por sala no primeiro ano do ensino fundamental para reforçar o aprendizado básico. “Sem uma base sólida no ensino fundamental, a escola começa a
patinar”, disse Serra.

O candidato do PT ao Governo de São Paulo, Aloízio Mercadante, apresentou uma visão oposta em seu programa nas rádios. No quadro mostrado no programa das rádios, as escolas públicas de São Paulo são “avaliadas entre as piores do Brasil”, e em que “os bandidos mandam nas escolas”.

Explorou este tema para propor uma conversa direta com as mães. “As mães são as mais preocupadas com a vida e o futuro de seus filhos”, disse Mercadante. O candidato afirmou a importância da educação, que afirmou como “passaporte para o futuro”.
Lula, candidato à reeleição para a Presidência, voltou a pedir votos para Mercadante afirmando que há muita gente em São Paulo que o apóia, mas que não declara intenção de votar no candidato do PT ao Governo, e pediu novamente votos para o candidato.

22.8.06

>> Serra diz que péssimo desempenho de alunos paulistas se deve à migração.

O candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra, atribuiu o péssimo desempenho dos alunos do Estado no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) às altas taxas de migração. Durante entrevista ao SPTV, o ex-prefeito voltou a dizer que vai colocar dois professores em cada sala de aula do ensino fundamental.
Diferentemente dos Estados do sul, São Paulo tem muita migração e este é um problema. Houve expansão quantitativa no ensino para atender a demanda, agora temos que focar na qualidade –, afirmou. Pela última avaliação do Ministério da Educação, o Prova Brasil, no fim do ano passado, a quarta série do ensino municipal de São Paulo está entre as sete piores do País na comparação com a das demais capitais.

Na média, os alunos não obtiveram a metade do total de pontos, juntamente com estudantes de vários Estados do nordeste. Serra não explicou como vai arrumar recursos para dobrar a folha de pagamento dos professores, que custa hoje cerca de R$ 9 bilhões ao Estado, para contratar dois professores por sala para melhorar a qualidade do ensino. – A segunda professora é estudante universitária de Pedagogia, de Letras. É uma assistente com salário inicial. A prefeitura já fez em quase metade das escolas, isto é perfeitamente viável do ponto de vista financeiro –, disse.

Na semana passada, o candidato pelo PSDB à presidência, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, errou, durante entrevista ao Jornal Nacional, os dados sobre educação em São Paulo. Alckmin confundiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) com o Prova Brasil e afirmou que São Paulo é o primeiro Estado do país pelo Saeb, que avalia o sistema de educação. O Saeb era o sistema usado para avaliar a educação básica até 2003. Desde 2005, o Ministério da Educação adotou o Prova Brasil, que revela que o Estado de São Paulo não está em primeiro lugar, como disse o ex-governador. Os resultados das duas provas não podem ser comparados.

Na entrevista desta quarta, Serra disse ainda que não manterá o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, no cargo, caso seja eleito. – Estou disputando a eleição para ganhar, não estou nomeando secretários. Vão ser novas equipes em todas as áreas, mas isto só vou fazer depois de ganhar, porque dá azar nomear antes de ganhar eleição –, disse Serra. O candidato afirmou que houve avanço na segurança durante os doze anos de administração tucana no Estado, mas que novos problemas, como a superpopulação carcerária e o desenvolvimento do crime organizado, apareceram. – A polícia passou a prender mais. Quando Covas entrou no governo, havia 40 mil presos. Hoje temos mais de 150 mil.

A taxa de homicídios caiu pela metade. Mas novos problemas apareceram. É sempre assim: quando se resolve um problema aparecem outros, superpopulação carcerária e desenvolvimento do crime organizado nas prisões - afirmou. Serra desconversou quando o apresentador Chico Pinheiro perguntou se ele ficaria no cargo até o final do mandato. - (O ano de) 2010 está muito longe, nem você sabe onde vai estar. Mas, o que eu vou fazer até o final do mandato é trabalhar bastante para corresponder às expectativas das pessoas de São Paulo, caso eu seja escolhido — afirmou Serra que, durante a campanha para prefeito de São Paulo, em 2004, prometeu cumprir o mandato municipal até o fim. Serra afastou-se do cargo no primeiro semestre para concorrer ao governo do Estado.

>> Saresp será feito por amostragem.

Exame do governo estadual deixará de ser feito por todos os alunos para economizar recursos em 2007

O Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) não será mais feito com todos os alunos da rede, como ocorria desde 2003. Na semana passada, como informou o Estado, o governo estadual cancelou a prova deste ano para fazer reformulações. "Não vejo mais razão para o exame ser censitário, em todas as séries, já que existe a Prova Brasil e o MEC a faz de graça para as redes", disse a secretária do Estado de Educação, Maria Lúcia Vasconcelos.

Ela se refere à prova que foi feita pela primeira vez no ano passado por 3,3 milhões de alunos de cerca de 5 mil escolas públicas de todo o País. Por decisão da secretaria na época, São Paulo foi o único Estado em que apenas uma amostra dos estudantes participaram e, por isso, não teve suas notas divulgadas escola por escola. Maria Lúcia hoje lamenta essa decisão da gestão passada. "Brigas de partido não podem influenciar na educação. A avaliação é nacional, São Paulo tem de participar."

A idéia da secretária é de que o Saresp complemente a Prova Brasil. "Poderíamos avaliar outras áreas, como ciências, por exemplo." O Saresp, até 2005, examinou todos os alunos da rede, de todas as séries, em português e matemática. Custou cerca de R$ 9 milhões. Já a Prova Brasil custa cerca de R$ 55 milhões e avalia todos os alunos da 4ª e 8ª séries do País também em português e matemática. As séries foram escolhidas por marcarem o fim de cada ciclo do ensino fundamental.

Se o próximo secretário da educação, em 2007, não mudar as determinações deixadas por Maria Lúcia, o Saresp passará a ser feito com apenas algumas séries e com acompanhamento dos mesmos alunos na avaliação. Ela já havia sido feita por amostragem entre 1996 e 2002.
Segundo a especialista em avaliação da Fundação Cesgranrio, Nilma Fontanive, a avaliação não deixará de poder ser comparada às realizadas em anos anteriores se voltar a ser feita por amostragem. Isso porque a metodologia usada permite que sejam usados os mesmos itens e a mesma escala de dificuldade em todas as avaliações, sejam universais ou por amostra. Nilma foi a responsável tanto pelo Saresp quanto pela Prova Brasil na Cesgranrio, que ganhou as licitações para realizar os exames.

"A diferença entre fazer por amostra e universal está no objetivo do gestor", diz ela. Segundo Nilma, a avaliação com todos os alunos dá resultados de cada escola, de cada série, e assim é possível haver uma orientação precisa do que o governo pode fazer para melhorar. Já a amostragem traz um monitoramento da rede como um todo, mas também permite identificar os pontos fracos e fortes.

Segundo Maria Lúcia, com a participação de menos alunos no novo Saresp os custos se reduzem a um terço. Por isso, a secretária ainda estuda se o exame voltará a ser anual ou se será bienal.

>> Enem: nota já não é determinante para obter vaga.

Universalização da prova, feita por mais de 85% dos candidatos que prestam os principais vestibular de São Paulo, faz com que sua influência nos processos seletivos tenha se tornado menor. Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, um estudo desenvolvido pela Vunesp mostra que apenas 3,42% dos ingressantes na Unespe neste ano seriam trocados se o exame não entrasse no cálculo.

De acordo com Fernando Prado, diretor acadêmico da Fundação Vunesp, o Enem contribuiu mais para elevar um pouco as notas dos candidatos que para alterar a lista de aprovados. A concorrida carreira de medicina, por exemplo, que não teve nenhum classificado sem Enem entre as 90 vagas oferecidas no campus de Botucatu, incluiria cinco candidatos desta categoria.

Prado diz que quem consegue uma nota alta no Enem não tem vantagem direta sobre os seus concorrentes no vestibular, apenas sobre quem tirou uma nota menor no Exame. O melhor desempenho faz também com que a nota de corte aumente. No vestibular da Unicamp do último ano, a nota média da primeira fase foi de 56,4 para os candidatos sem Enem, e de 61,3 para os com Enem. Neste ano, são 3.731.925 os estudantes inscritos no Enem, número recorde e 24% maior que o de 2005.

>> Supletivos crescem 60%; cursos não são avaliados.

Sem uma avaliação sistemática da qualidade dos cursos, as matrículas nos supletivos, agora chamados de educação de jovens e adultos (EJA), cresceram 60,3% nos últimos oito anos no país. Uma das justificativas para isso é a pressão do mercado de trabalho. No mesmo período (97 a 2005), o número de alunos no básico regular aumentou apenas 4,75%.O crescimento ocorreu sem o acompanhamento de exames que possam gerar dados sobre qualidade e nível de aprendizado dos alunos.

O sistema regular é avaliado pela União desde 1995 por meio do Saeb.Para especialistas, o maior problema dos supletivos é a falta de preparo dos professores para lidar com um público mais velho e que trabalha. O próprio MEC reconhece que é preciso avançar nesse ponto. "Há espaço para um acompanhamento mais detalhado", afirmou à Folha o diretor do Departamento de Educação de Jovens e Adultos do ministério, Timothy Ireland.

Ele divide responsabilidades com Estados e municípios.Os supletivos atendem alunos maiores de 15 anos que não terminaram o ensino fundamental (até a oitava série) e com mais de 18 anos que não concluíram o médio.Pesquisadores confirmaram que faltam indicadores para avaliar os supletivos. Mas, pela análise das políticas adotadas e pelo contato com alunos e professores, eles afirmam que o sistema está com problemas."

O formato da escola para jovens e adultos não atende às necessidades básicas de aprendizagem", disse Stela Piconez, docente da USP que coordena o Núcleo de Estudos sobre EJA e de Formação Permanente de Professores da universidade.Piconez afirma que a modalidade deveria ser desenhada para um perfil de aluno que é mais velho e que já trabalha. "Os temas não são relacionados ao cotidiano do trabalho, e a grade prevê cinco aulas diárias, o que é impossível para alguém que já trabalhou oito horas no dia."

O coordenador-geral da ONG Ação Educativa, Sérgio Haddad, aponta outro problema. "Não existe formação de EJA para os professores. Em muitas universidades, não há sequer uma disciplina sobre o tema", completa Haddad, que estudou a educação de adultos em seu mestrado e doutorado na USP. "O poder público encara o EJA como um favor, não como um dever", disse Hebe Tolosa, da Associação de Pais e Alunos das Escolas do Estado de SP.

Mesmo sem uma avaliação sistemática, 4,619 milhões de estudantes brasileiros estavam matriculados em supletivos no ano passado, de acordo com dados mais recentes.Essa etapa ganha importância principalmente porque cerca de 67 milhões de brasileiros com mais de 15 anos não terminaram o ensino básico, segundo dados do MEC.Apesar de as turmas de primeira a oitava série ainda ficarem com 73,5% do total das matrículas nos supletivos, foi no ensino médio que ocorreu a maior taxa de crescimento.

O número de alunos passou de pouco mais de 390 mil, em 1997, para 1,223 milhão em 2005 (veja quadro).A procura pode ser explicada não só pelo menor prazo para terminar os estudos (enquanto o ensino médio regular são três anos, o EJA pode ser feito em dois ou menos) mas também pela exigência do mercado de trabalho. Essa constatação é confirmada por quem atua na contratação de profissionais. "O nível mais baixo de exigência que temos é o ensino médio", afirmou a consultora de recursos humanos Meire Fujimoto, da Catho (consultoria de recolocação profissional).

A empresa oferece, hoje, 168 mil vagas --para nenhuma delas aceita-se apenas o ensino fundamental. Para quem possui só o ensino médio, diz Fujimoto, os salários são em média de R$ 500, para funções como vendedor ou para telemarketing.Haddad e Piconez lembram ainda que a procura aumentou porque há hoje mais concluintes no ensino fundamental, que foi praticamente universalizado na década passada

21.8.06

>> Enem recebe 3,7 milhões de inscrições em 2006.

A nona edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) recebeu cerca de 3,7 milhões de inscrições em todo o País, o que representa um aumento de 24% em relação ao ano passado. A prova do será aplicada em 800 municípios, no próximo dia 27, às 13h (horário de Brasília). Mas o aluno deve chegar ao local com pelo menos uma hora de antecedência.


Desse total, 2,1 milhões são estudantes que devem concluir o ensino médio até o final deste ano, dos quais cerca de 1,9 milhão é proveniente de escolas públicas. O restante (1,6 milhão) já fez a prova em edições anteriores. Ao todo, 3,3 milhões estão isentos da taxa de inscrição, de acordo com o Ministério da Educação (MEC).


Cartão

O MEC informou que o Cartão de Confirmação de Inscrição (que contém o número de inscrição e local de prova) já foi entregue às escolas ou ao endereço indicado na ficha de inscrição. O documento deve ser levado no dia da prova. Mas caso o inscrito não tenha o cartão, é possível apresentar o documento de identidade. O MEC ressalta que ninguém será impedido de fazer a prova se não tiver o cartão.


A partir desta segunda-feira, é possível consultar o local do exame no site do Enem ou pelo telefone 0800-616161. A lista também estará disponível nas escolas onde o aluno realizou a inscrição e nas agências dos Correios de todo o País.
Para a consulta via Internet, é preciso informar o Estado e preencher pelo menos três dos campos pedidos: nome completo, data de nascimento, Cadastro de Pessoa Física (CPF), Número de Identificação Social (NIS), documento de identidade e nome da mãe.

>> Faculdades particulares driblam a crise com choque de gestão.

Universidade faculdades particulares que sobrevivem à crise não são boas apenas em qualidade, mas também em gestão. Depois do boom do setor, que entre 1994 e 2004 supriu a grande demanda reprimida de vagas, agora resistem os bons. A Faculdade de Campinas (Facamp) e o Ibmec São Paulo são exemplos disso. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
O diretor de operações do Ibmec diz que preferiu não investir em infra-estrutura.

O campus de 10 mil metros quadrados e custo de R$ 50 milhões abertos neste ano na Vila Olímpia foi construído por outra empresa e alugado pelo Ibmec.
Criado em 1999 em uma parceria com outras empresas, o Ibmec, a partir de 2004, virou uma instituição sem fins lucrativos. Hoje tem uma receita de R$ 63 milhões oriunda exclusivamente do pagamento das mensalidades de cerca de 2500 alunos.

Deixando de lado a propaganda, o Ibmec apostou no boca-a-boca como meio de divulgação, ficando conhecido por roubar grandes professores de instituições como Universidade de São Paulo (USP) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A receita da estrutura do Ibmec é seguida pela Facamp. "Cada vez que o aluno aperta o botão do elevador, perde-se dinheiro", diz o economista João Manuel Cardoso de Mello, que inaugurou a instituição apostando em prédios térreos. A proposta de gestão deu resultado. Nos últimos meses, investidores internacionais tentaram comprar quatro vezes a faculdade, que tem apenas 2% de inadimplência, um recorde no setor.

Além de investir na parte administrativa, A Facamp investiu em currículos diferenciados. O período de aula é sempre integral e todos os alunos precisam cursar aulas de português, inglês e filosofia.

Ambas as instituições acreditam que ensino superior barato é balela. As mensalidades de Ibmec e Facamp giram em torno de R$ 2 mil. Mello, da Facamp, diz que até oferece bolsas de estudos, mas tem consciência que oferece algo acessível para poucos. "Só dá para oferecer ensino de qualidade para os pobres se o Estado pagar."

>> Uma medida de bom senso.

De acordo com o secretário de Estado adjunto da Educação, o novo prazo será divulgado esta segunda-feira.
A medida responde ao pedido da Federação Nacional de Professores, tendo em conta que muitos docentes estão de férias.

"É uma medida de bom-senso. É positivo que as colocações tenham sido anunciadas com alguns dias de antecedência, mas há que salvaguardar o facto de um conjunto de professores poder estar em férias e, portanto, só saber tardiamente a sua colocação", afirmou António Avelãs, da Fenprof.
Os professores vão assim ter mais tempo para aceitar as colocações nas escolas.

18.8.06

>> Gastos com educação cresceram nos últimos anos.

Participação dos gastos com educação cresceu de 14% em 1999 para 16 % da despesa total dos governos estaduais em 2002

A participação dos gastos com educação cresceu de 14%, em 1999, para 16 % da despesa total dos governos estaduais em 2002, segundo revela pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. Já nos municípios pesquisados, a participação da educação cresceu de 18% para 21%, no período.
Os técnicos do IBGE afirmam no documento de divulgação da pesquisa que "num contexto de limitação orçamentária, a hierarquia dos gastos governamentais esteve fortemente relacionada às despesas obrigatórias ligadas, principalmente, à saúde e à educação" no período pesquisado.

>> OAB realiza 1ª fase do 130º exame neste domingo.

Neste domingo (20/08), 19.622 inscritos farão a prova da 1ª fase do 130º Exame de Ordem da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil Secção de São Paulo). As provas serão aplicadas das 8h às 13h, nos 28 locais divulgados pela Vunesp (Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista), que organiza o processo de seleção.

Os candidatos devem chegar com uma hora de antecedência (7h) aos locais de prova, portando RG, comprovante de inscrição e caneta esferográfica azul ou preta.Esta primeira prova será objetiva, com 100 questões de múltipla escolha sobre as seguintes matérias: direito constitucional, direito civil, direito comercial, direito penal, direito do trabalho, direito administrativo, direito tributário, direito processual civil, direito processual penal e direito processual do trabalho.

O exame também terá questões sobre o Estatuto da OAB, seu Regulamento Geral e o Código de Ética e Disciplina. O gabarito será divulgado no início da próxima semana. Os candidatos que atingirem 50% de acerto das questões da primeira fase serão convocados para a prova prático-profissional (segunda fase), que será aplicada no dia 17 de setembro.
A segunda prova compreenderá redação de peça profissional e cinco questões práticas.

Exame 129

O último Exame de Ordem, realizado no mês de maio, aprovou 9,79% dos candidatos, no que foi o terceiro pior resultado nos 35 anos de realização das provas. Do total de 22.207 bacharéis, 1.232 estiveram ausentes e foram habilitados 2.873 para a segunda fase e também fizeram a prova 1.175 candidatos de releitura do Exame 128. Foram aprovados para a segunda fase 4.048 candidatos e, ao final, 2.053. "

Nos preocupa este número baixo de aprovados que, sem dúvida, reflete a má formação dos bacharel e o decréscimo na qualidade do ensino jurídico, desencadeado por um volume excessivo de cursos de Direito, que já somam 959 no país e 213 em São Paulo", comenta o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso.A avaliação é requisito obrigatório para o exercício da profissão de advogado e é destinada aos bacharéis em direito que tenham concluído a graduação. O candidato deverá optar por uma das seguintes áreas do direito: civil, penal, tributário e do trabalho.

>> PUC-SP inaugura unidade em Barueri.

Expansão da universidade teve início em março de 2005, com a inauguração do campus Santana

SÃO PAULO - A PUC-SP inaugura na próxima segunda-feira, dia 21, sua nova unidade em Barueri, na Grande São Paulo, em parceria com a prefeitura do município. Em 2007, o local deverá ganhar o status de campus, com aprovação do MEC para a abertura de graduação. Estão previstos cursos como Educação Física, Gerontologia e Fisioterapia.

Atualmente, funcionam no local aulas do cursinho preparatório Formação Complementar para Vestibulandos (Foco). Coordenado pela Pastoral Universitária da PUC-SP, o cursinho é voltado a pessoas de baixa renda.
As inscrições para os cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) e extensão, que começam a funcionar ainda este mês na nova unidade, já estão abertas.

Há opções de pós-graduação em Direito, MBA e Educação Física da Pré-Escola, além de diversos cursos de extensão em Fonoaudiologia, Educação, Psicologia, Direito e da Universidade Aberta para a Maturidade.
A expansão da PUC-SP teve início em março de 2005, com a inauguração do campus Santana. Trata-se de uma medida para ampliação de receita, necessária para conter a crise pela qual passa a universidade

17.8.06

>> Manifestação na PUC-SP - "Cadeiraço".

>> São Paulo suspende avaliação de escolas.

O governo paulista decidiu cancelar neste ano o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar no Estado de São Paulo (Saresp), prova feita com alunos da rede pública. Segundo o jornal Estado de São Paulo, a Secretaria da Educação informou que o exame não será aplicado porque não houve tempo para estruturar a prova de 2006 e avaliar os resultados de 2005.


Muitos professores afirmaram que desconheciam da decisão. "Se tem um motivo justo (para a suspensão), é preciso explicar o que aconteceu", disse a presidente do sindicato dos professores, Maria Izabel Noronha.
A suspensão do Saresp pode estar relacionada também à concorrência com a Prova Brasil. Criada em 2005 pelo Ministério da Educação (MEC), a avaliação nacional é realizada de forma semelhante, mas oferecida gratuitamente a todas as redes públicas do País.


Para a ex-secretária da Educação Rose Neubauer, o governo tomou o rumo correto. "Acredito que foi uma decisão prudente, em defesa do recurso público", disse. A prova custa R$ 9 milhões. Para ela, é preciso estudar melhor os resultados do exame para que realmente possam orientar políticas.

>> Enade: 61% dos alunos vieram da rede pública.

O perfil socioeconômico dos alunos avaliados pelo Enade 2005 mostra que, em média, 60,6% fizeram o ensino médio em escola pública. Além disso, 33,6% se declararam pretos ou pardos e 29% pertencem a famílias com renda de até três salários mínimos por mês.

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, os números mostram que o projeto de cotas será praticamente nulo para alguns cursos em que o percentual de alunos egressos do ensino médio da rede pública já ultrapassa os 50% atualmente.


O projeto, que aguarda votação na Câmara, prevê a reserva das vagas de todos os cursos de universidades federais para egressos médio público. Entre elas, há proporção para pretos e pardos segundo a população do Estado onde a instituição fica.
Quando o foco é a renda, nota-se um pequeno aumento no percentual de formandos que pertencem a famílias com até três salários mínimos mensais.

Passou de 24,6% em 2002 para 29% no ano passado. O número de quem se declara pretos ou pardos também cresceu: 28% para 33,6%.
A análise também mostra - apesar de ser impossível fazer uma comparação direta - que, em 2004, apenas 34,7% dos estudantes eram egressos da rede pública.

Só 20,7% se declararam pretos e pardos e 17,5% tinham renda familiar de até três salários mínimos. No entanto, naquele ano, os cursos avaliados foram os considerados de "elite", como medicina e odontologia.

16.8.06

>> Unicamp aprova criação de 12 cursos em campus de Limeira.

O Consu (Conselho Universitário) da Unicamp aprovou na tarde de ontem a criação de 12 cursos para o novo campus de Limeira (151 km a noroeste de São Paulo).Porém, a implantação dos cursos dependem de aprovação na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e da incorporação, na lei, de um adicional para a contratação de docentes e funcionários e a manutenção das atividades do campus.

De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, um acordo assinado em dezembro de 2005 com o governo do Estado aprovou um adicional de 0,05% na cota-parte da Unicamp no ICMS do Estado. Esse percentual seria acrescentado aos recursos da universidade a partir de 2007.Os cursos aprovados pelo Consu são os seguintes: engenharia de produção, engenharia de manufatura, terapia ocupacional, fisioterapia, nutrição, ciências do esporte, conservação e restauro, produção cultural, gestão de agronegócio, gestão de comércio internacional, gestão de políticas públicas e gestão de empresas.

>> Ministérios criam Plano Nacional do Livro e Leitura.

Acesso ao livro, valorização da leitura e fortalecimento da produção do livro constituem as bases do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) instituído pelos Ministérios da Educação e da Cultura. Com duração de três anos, o plano será executado em regime de colaboração entre os governos federal, distrital, estaduais e municipais.


A Portaria nº 1.442, assinada pelos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Cultura, Gilberto Gil, publicada no Diário Oficial da União em 11 de agosto, cria um conselho deliberativo, uma coordenação executiva e um conselho consultivo, que serão responsáveis pela dinamização das atividades do PNLL, e estabelece que os dois ministérios determinarão a cada ano um calendário de atividades e de eventos.


Além das áreas governamentais da educação e da cultura, participam dos conselhos e da coordenação representações dos autores, editores, bibliotecários, especialistas em leitura e a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), na condição de assessora. A íntegra da Portaria nº 1.442 está no Diário Oficial da União de 11 de agosto, Seção 1, páginas 18 e 19.

>> Governo oferece recursos para alfabetização de jovens e adultos.

Universidades públicas, instituições e entidades privadas sem fins lucrativos, organizações não-governamentais, sindicatos e associações têm até o próximo dia 21 para declarar ao Ministério da Educação se desejam participar das ações de alfabetização de jovens e adultos. As entidades e instituições que aderirem ao Programa Brasil Alfabetizado receberão recursos federais para formar alfabetizadores e para ensinar jovens e adultos. Com a declaração de compromisso, elas devem enviar a relação dos municípios que desejam atender e a quantidade de alunos. O prazo para enviar o plano pedagógico para análise da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) é até 11 de setembro.

Depois de assinados os convênios, as entidades terão mais 30 dias para enviar os cadastros de alfabetizadores, alunos, turmas e coordenadores de turmas. Os recursos federais serão repassados em duas parcelas: a primeira de 60% do valor conveniado e a segunda, de 40%.
Para participar do programa, as entidades devem oferecer cursos de alfabetização, com duração mínima de seis meses e máxima de oito meses, com carga horária variável de 240 a 320 horas. O valor do repasse para a formação inicial é de R$ 40,00 por alfabetizador e mais R$ 7,00 por mês, para a formação continuada. Já a bolsa para o alfabetizador pode variar de R$ 120,00 a 150,00 por mês e mais R$ 7,00 mensais por aluno em sala de aula.

A bolsa de R$ 150,00 é para os professores que têm nas suas turmas jovens e adultos com necessidades especiais, população carcerária ou jovens em cumprimento de medidas socioeducativas.
A Resolução nº 31 foi publicada no Diário Oficial da União de 11 de agosto, Seção 1, páginas 19 a 22. A declaração de compromisso e o formulário estão na página eletrônica da Secad. Em 2005, seis instituições de ensino superior e 47 organizações da sociedade civil participaram do programa e colocaram nas salas de aula 861 mil jovens e adultos.

15.8.06

>> Faculdade paulista vai fechar as portas por falta de recursos.

Aberta em 2000, a faculdade paulista Tancredo Neves vai fechar as portas sem nunca ter dado lucro. No final de julho, os alunos foram dispensados porque não havia turmas suficientes para manter a faculdade funcionando. Apenas os estudantes dos últimos anos puderam continuar estudando. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Segundo o mantenedor da faculdade, Arnold Fioravante, a instituição precisaria de verbas para demitir os professores e funcionários, então decidiu continuar recebendo algumas mensalidades. Ele conta que, desde o primeiro ano, precisava colocar cerca de R$ 300 mil na instituição, todo mês, para cobrir déficits. "

Tínhamos um projeto de cursos espetacular, eu tinha esperança que daria certo", lamenta. Para ele, o problema foi que os alunos "não conseguiram acompanhar o nível de exigência" e foram abandonando a faculdade. Fioravante diz que o vestibular não selecionava, como é comum nas faculdades particulares. Quem recebia a bolsa do ProUni, programa do Ministério da Educação que dá o benefício a alunos carentes em troca de isenção fiscal, não precisava passar pelo vestibular.


Neste ano, havia pouco mais de 100 alunos numa estrutura cara, com computadores individuais, carteiras estofadas e professores doutores. "Cobrávamos R$ 700 de mensalidade, quando deveríamos cobrar R$ 2 mil." A Tancredo chegou a ter 400 alunos e recentemente convivia com classes de apenas cinco. Os alunos, apesar de elogiarem o nível de ensino, reclamaram da maneira como foram avisados e culpam a administração pelo fim da instituição.
"Fomos jogados na rua, sem qualquer ajuda", diz Henrique Santana Menezes, de 21 anos, que estava no primeiro ano de Administração de Empresas.

Desde então, ele já procurou três faculdades para transferência e nenhuma delas o aceitou porque, além das aulas já terem começado, é bolsista do ProUni. Henrique agora espera a resposta da Universidade Anhembi Morumbi, a única que se dispôs a receber os alunos bolsistas da instituição. Segundo Fioravante, a insttuição ajudou os alunos a encontrar uma nova faculdade. Os estudantes ouvidos pelo Estado dizem o contrário. A Anhembi informou que foram os estudantes que se mobilizaram para pedir vagas em nome do grupo.