31.8.06
>> SP: alunos depredam escola por serem contrários à direção.
A polícia foi chamada para controlar o tumulto. Dez suspostos envolvidos nos atos de vandalismo, todos menores de idade, foram detidos e liberados horas depois. Ninguém ficou ferido.
A escola Maurício Nazar, uma das maiores da cidade, tem 2.020 alunos divididos em 45 turmas, da 5º série do ensino fundamental ao 3º ano de ensino médio. A direção afirma que parte dos estudantes aproveitava o intervalo para ir embora das aulas. Agora, os portões ficam fechados, o que teria causado revolta nos alunos.
A Polícia Civil abriu inquérito e a a secretaria de Estado da Educação informou que uma sindicância interna foi aberta ontem pela regional norte da Diretoria de Ensino de Guarulhos para apurar os motivos e os responsáveis pelos atos de vandalismo ocorridos na escola.
>> Olimpíada de Matemática mobiliza 14 milhões de alunos.
Os cem professores com alunos mais bem classificados ganharão um curso de aperfeiçoamento no Instituto de Matemática Pura e Aplicada.
BRASÍLIA - Mais de 14 milhões de alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas fizeram na terça-feira, dia 29, a prova da primeira fase da 2ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). De acordo com a diretora da olimpíada, Sueli Druck, a prova, realizada em 95% dos municípios brasileiros, foi mais elaborada em relação à do ano passado. “As questões exigiram um pouco mais de reflexão”, disse.
A olimpíada tem como objetivo estimular o estudo da matemática e criar vínculos entre o aluno e a escola. Além disso, os estudantes desenvolvem a auto-estima quando se destacam entre milhares de outros candidatos.
A premiação da olimpíada é dividida entre estudantes, professores, escolas e municípios. No total, participam 14 milhões de alunos de 32.603 escolas públicas de ensino fundamental e médio. Para os estudantes, serão distribuídas medalhas e 2.001 bolsas de iniciação científica júnior, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Os cem professores com alunos mais bem classificados ganharão um curso de aperfeiçoamento no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Além disso, cem escolas receberão laboratórios de informática. Cinco municípios (um de cada região do País) ganharão quadras de esportes. Em março de 2007, serão divulgados os nomes dos vencedores.
A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é organizada pelo Impa, pela Sociedade Brasileira de Matemática e pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia.
>> Unicamp lança biblioteca científica online.
“Disponibilizamos inclusive os arquivos-fontes de softwares, para que possam ser modificados", explica Eduardo Galembeck, professor da Unicamp.
SÃO PAULO - Todo o conteúdo gerado ao longo de dez anos pelo Laboratório de Tecnologia Educacional (LTE) do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está agora disponível na internet, na Biblioteca Digital de Ciências. “Além de disponibilizar todo o conteúdo, queremos fazer da biblioteca um ambiente de ensino-aprendizagem, com a implementação das ferramentas de interação”, explica Eduardo Galembeck, professor da Unicamp e idealizador do projeto.
“Como subproduto, desenvolvemos ainda um gerenciador de biblioteca digital que pode abrigar outras subáreas e revistas eletrônicas no mesmo banco de dados, usando filtros específicos e tendo corpos editoriais próprios. O gerenciador será disponibilizado aos interessados sob demanda”, disse.
Além de artigos, imagens, links, apostilas, softwares e teses, o portal também já inaugurou uma das suas subáreas. “Criamos algo específico voltado para a bioquímica, que inclui a Revista Brasileira e Ensino de Bioquímica e Biologia Molecular, publicada pela Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq)”, disse Galembeck.
Os usuários da biblioteca de ciências online podem até consultar guia para cursos, como o intitulado Bioquímica na Cozinha.
Atualmente, além do português, material em inglês também pode ser submetido ao novo portal. Todo o conteúdo, antes de ir para o ar, é avaliado por revisores. “Disponibilizamos inclusive os arquivos-fontes de softwares, para que possam ser modificados, visando ao ajuste mais adequado às necessidades de cada usuário”, disse Galembeck.
29.8.06
>> Liberados R$ 836 milhões para a educação.
BRASÍLIA - Os recursos de R$ 836,5 milhões, liberados para o Ministério da Educação pela Medida Provisória nº 318, serão investidos na melhoria do ensino médio, no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), na merenda escolar e em programas do ensino básico. A medida que libera o crédito que estava previsto no Orçamento da União, mas não havia sido votada pelo Congresso Nacional.
Do total de recursos, R$ 400 milhões irão para o ensino médio, por meio do Programa de Equalização de Oportunidades de Acesso à Educação Básica (Prodeb), conhecido como "Fundebinho"; R$ 195 milhões, para a merenda escolar; R$ 91,5 milhões, para o Fies e R$ 150 milhões, para programas do ensino básico.
Os recursos são necessários para dar continuidade a programas essenciais da educação, como o pagamento do reajuste da merenda escolar, concedido em maio deste ano. O valor diário per capita do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) para alunos da pré-escola e do ensino fundamental teve reajuste de 22%.
A medida provisória também assegura a oferta de cem mil bolsas do Fies neste segundo semestre de 2006; o reforço ao ensino médio e a programas do ensino básico, como a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas; a compra de equipamentos para a educação infantil e a aquisição de livros didáticos
28.8.06
>> Enem tem abstenção elevada.
Quase 1 milhão dos 3,7 milhões de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não fizeram a prova ontem. A estimativa inicial do Ministério da Educação (MEC) é de que a abstenção na prova foi de 25%. A prova, realizada em mais de 800 cidades do País, deixou de ser considerada fácil por professores, como ocorreu nos últimos anos.Estudantes reclamaram de enunciados longos e professores afirmaram que foi preciso concentração para fazer as 63 questões e a redação.
Segundo o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep/MEC), Reynaldo Fernandes, o exame teve a mesma orientação de outros anos. “O importante é que ele tenha uma boa capacidade de discriminação, não pode ser muito difícil nem muito fácil”, disse. Para ele, o número de faltas, que ainda será consolidado, foi “normal” e semelhante ao do ano passado. Por causa do grande número de inscritos, o governo concedeu 15 minutos de tolerância para o início da prova, que havia sido marcado para as 13 horas.
Mesmo assim, houve filas nos locais de exame e atrasos pelo País. Na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), as filas começaram antes do meio dia e tomaram o quarteirão, mas todos conseguiram entrar antes de 13 horas. “Tinha que ler muito para responder uma pergunta simples, cansava demais”, disse Elvis Ramos de Oliveira, de 26 anos, jornaleiro, que fez a prova na capital. Ele participou do Enem para concorrer a uma vaga no Programa Universidade para Todos (ProUni), que estimula instituições privadas a conceder bolsas a estudantes pobres em troca de isenção fiscal.
O ProUni é considerado um dos motivos para a explosão no número de inscritos no Enem em 2005 - quando começou a funcionar - e neste ano. Só quem tem uma boa nota no exame pode concorrer à bolsa.Segundo alguns candidatos, a redação - que pedia um texto sobre leitura - foi a parte mais complicada da prova. “O tema era muito amplo, pouco objetivo”, disse Erika Mate de Figueiredo, de 20 anos. “Teve textos que eu não entendi, sobre meio ambiente”, completou a recepcionista Mariana dos Santos, de 19 anos, que fez o Enem em Porto Alegre.
Para Maria Lúcia Ferreira, os textos estavam “muito intricados”.“A prova tem ficado cada ano mais difícil”, disse a professora do Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes. O Enem é interdisciplinar, com questões de múltipla escolha. Seu modelo, com muita interpretação de texto, é elogiado por educadores. A prova não é focada em conteúdo e sim em competências e habilidades.
No exame de ontem, os alunos precisavam interpretar textos de Carlos Drummond de Andrade e Oswald de Andrade. Havia gráficos sobre inflação e algumas questões sobre meio ambiente. Outras perguntas falavam sobre migrações internacionais e experiências de pedágios urbanos. Em Belo Horizonte, os candidatos reclamaram do enunciado das questões. “Você se perde na hora de ler”, disse Karem Kamal. Lorena Amanda Ventura, de 18 anos, contou que ficou tensa durante o exame porque se surpreendeu com a dificuldade. Em Manaus, os estudantes acharam a prova fácil.
ATRASOS
Na Universidade Nove de Julho (Uninove), na capital, vários candidatos se atrasaram. Carlos Eduardo Laino, de 25 anos, e seu irmão Emerson, chegaram às 13h16 ao prédio e não puderam entrar. “Saímos de casa às 9 horas e pegamos quatro ônibus”, disse Laino, que mora em Itapevi. Outra atrasada, a auxiliar de enfermagem Isabel Correia da Silva, de 40 anos, reclamou dos ônibus. “Fiquei mais de 20 minutos esperando no ponto.” A Prefeitura informou que não aumentou a frota de ônibus, que é reduzida aos domingos, por causa do Enem. Os participantes do Enem receberão suas notas entre 6 a 17 de novembro.
>> Cursos fecham e deixam bolsista à deriva.
Sua colega Alexandra Ferreira Solito, 19, teve melhor sorte. Após quase seis meses, a Uninove aceitou sua bolsa. "Ficamos desamparados, o MEC dizia que não podia ajudar." Andreza de Ávila, 19, teve de trocar jornalismo por direito, carreira oferecida pela Unibero. "As universidades dizem que já atendem ao número de bolsas."
O diretor do Departamento de Modernização e Programas da Educação Superior, Celso Carneiro Ribeiro, nega essas dificuldades e diz que, desde que o programa foi criado, cerca de 16 mil já se transferiram. Ele diz que o ministério não pode atuar quando alunos estão matriculados em instituições que não fecharam oficialmente.
>> ProUni oferece vagas em 237 cursos com notas baixas no Enade.
Pela lei do ProUni, os cursos com baixo rendimento só poderão ser fechados se tiverem três desempenhos insatisfatórios no Sinaes, sistema de avaliação do ensino superior do qual o Enade faz parte e que conta também com visita de comissões às universidades.
Para participar do ProUni, as instituições usufruem de isenção de tributos. Em 2005, o governo deixou de arrecadar R$ 105,6 milhões e beneficiou 112.275 alunos em 1142 instituições.
Para especialistas, o governo federal deveria ser mais criterioso para evitar desperdícios. "Esse recurso poderia ser destinado às instituições públicas", diz Romualdo Portela, professor de políticas públicas da Faculdade de Educação da USP.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, diz que o governo adotou medidas para melhorar a qualidade não só dos cursos do ProUni como de todo o ensino superior. A avaliação feita pelo jornal também detectou 196 cursos do Prouni que tiveram os conceitos 4 e 5 no Enade, os mais altos da Exame.
O número de vagas do Prouni é quase o mesmo que o oferecido pelos vestibulares de todas as universidades federais do país - cerca de 120 mil ao ano.
25.8.06
>> Professores e alunos criticam superlotação.
Quem também reclama da infra-estrutura é Paulo Sérgio Ramos, 34, que estuda em uma escola estadual no Jardim São Luís (zona sul de SP). "Não tem sala de informática nem biblioteca. E ainda tem professor que joga as coisas na lousa, senta e fala: 'Copia'. Isso desestimula."O professor de matemática Luiz Henrique da Costa, 44, endossa a reclamação sobre o tamanho das turmas.
O número de alunos em suas classes, diz, varia entre 40 e 50 --ele trabalha na zona sul de São Paulo. "Enquanto você explica, um monte de gente conversa. Preciso parar toda hora, e a classe dispersa."A presidente em exercício da Apeoesp (associação dos professores da rede estadual de São Paulo), Maria Izabel Noronha, afirma que o problema é generalizado. "
O professor ganha pouco e faz jornada tripla. Como ele vai preparar uma boa aula?"A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo negou que haja classes superlotadas. A pasta informou que, no máximo, há salas com 43 alunos, o que atende a recomendação da própria pasta.
>> PUC venceu déficit, diz d. Cláudio Hummes.
Segundo cardeal, contas serão normalizadas em um ano.
SÃO PAULO - O cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Cláudio Hummes, informou ontem que a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), da qual é grão- chanceler, deixou de ser deficitária e deverá estar financeiramente saneada no prazo de um ano.
"A PUC está fazendo superávit, embora não o suficiente para pagar as prestações da dívida - o que já é muito importante, pois nos dá a confiança de que vamos chegar à recuperação, com a certeza de que a universidade vai sair da crise e vai ser até mais renovada", disse o cardeal.
D. Cláudio adiantou que terá hoje uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em São Paulo, para analisar com ele quais medidas o governo poderia tomar para ajudar a PUC a alongar o pagamento da dívida, com juros mais baixos e prestações menores.
Segundo o arcebispo, a dívida da PUC gira em torno de R$ 107 milhões, compromisso que a Fundação São Paulo, mantenedora da instituição, faz questão de pagar. "É uma questão ética, pois a gente não toma um empréstimo para não pagar", disse d. Cláudio. Desde dezembro, a universidade demitiu quase 30% de seu pessoal - 472 professores e 374 funcionários - para enfrentar a crise. O corte drástico na folha de pagamento foi uma das medidas negociadas com os bancos credores para o saneamento da instituição.
"O grande problema nosso é que precisamos alongar a dívida, de modo que as prestações mensais não sejam tão grandes, porque a dívida nós queremos e vamos pagar", insistiu o grão-chanceler da PUC. A Fundação São Paulo pediu um empréstimo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que recebeu aval do Ministério da Educação (MEC). D. Cláudio esclareceu que isso ainda não significa concessão do empréstimo, porque a liberação do dinheiro depende de outra instância.
"Fizemos um pedido de financiamento de construções para ampliar espaços e foi isso que o MEC examinou e aprovou", informou. Os recursos serão utilizados para ampliação do campus da PUC no bairro de Perdizes.
Entusiasmado com a inauguração de um campus em Barueri, construído em parceria com a prefeitura da cidade, que bancou as instalações e as cedeu em comodato, por 20 anos, à Fundação São Paulo, o cardeal acena com novos projetos.
"Estamos reavaliando e devemos relançar no fim do ano alguns cursos (da área tecnológica, cancelados no mês passado por falta de procura) que não conseguimos abrir agora, por não ter havido muito tempo para divulgação", informou d. Cláudio. Fundada em 1946, a PUC acaba de comemorar 60 anos.
>> Fuvest divulga lista de indicados para receber isenção da taxa do vestibular.
Os candidatos habilitados deverão comparecer ao posto em que solicitaram o benefício neste ou no próximo fim de semana (26 e 27 de agosto e 2 e 3 de setembro), entre 8h e 17h, para preencher ficha de inscrição de isento e retirar o manual do candidato.Os classificados que não comparecerem aos postos do vestibular nas datas e horários previstos perderão o benefício.
A ficha de inscrição deverá ser entregue nos postos oficiais relacionados no manual do candidato, nos dias 10 e 17 de setembro.Foram beneficiados candidatos com renda individual ou per capita na família de R$ 385. A lista com os candidatos classificados para obter a isenção pode ser acessada pela internet.
Entre as mudanças determinadas para o concurso 2007 está a redução do número de questões --que passou de cem para 90--, a inclusão de perguntas interdisciplinares e bônus de 3% sobre a nota para alunos da rede pública.
24.8.06
>> Acompanhe correção online do Enem 2006 neste domingo.
O Enem 2006 será aplicado às 13h, em 800 municípios do país e 140 unidades prisionais. O exame tem 63 questões objetivas de múltipla escolha e uma redação. Quem não recebeu o cartão de confirmação de inscrição deverá entrar em contato com o programa Fala Brasil pelo telefone 0800-616161 ou procurar por listas afixadas na agência dos Correios, onde se inscreveu.
Segundo a assessoria de imprensa do Inep, o estudante que não tiver recebido esse documento deve comparecer ao local de prova, portando a carteira de identidade. "Ninguém será impedido de fazer o Enem por estar sem o cartão", informa. Os candidatos deverão levar o questionário socioeconômico, que foi enviado junto com o cartão de confirmação.
Aumento da procura
O número de inscritos no Enem cresceu 24% em relação ao ano passado, segundo dados divulgados pelo Inep.A procura dos estudantes pelo exame cresceu a partir da implantação, em 2005, do Prouni (Programa Universidade para Todos).
Uma boa nota pode garantir bolsas de estudos integrais ou parciais (50%) nas universidades não-públicas que participam do programa.Com a obrigatoriedade de apresentação de nota do Enem para disputar os benefícios no Universidade para Todos, o número de estudantes inscritos na prova chegou a dobrar no ano passado, quando 3 milhões de candidatos se inscreveram.O desempenho do estudante na avaliação também é utilizado por várias universidades brasileiras como critério de seleção para ingresso na graduação.
O Enem é uma avaliação voluntária de alunos que cursam a terceira série do ensino médio ou que já concluíram essa etapa em anos anteriores, cujo objetivo é analisar a qualidade da educação no país.
Dicas
O UOL Vestibular possui material que pode auxiliar os estudantes a revisar as matérias do ensino médio e a se preparar para as provas.Os candidatos podem se preparar para o Enem 2006, respondendo às questões dos exames anteriores (1998 a 2004). Temas do ensino médio também podem ser relembrados na página de revisão.
Na seção de atualidades, o estudante pode se informar sobre assuntos do dia-a-dia que podem ser tema de redação. Os alunos também têm à disposição uma série de obras literárias para os principais vestibulares do país.
>> Universidades darão cursos de saneamento.
Uma rede formada por universidades brasileiras e instituições governamentais vai desenvolver cursos para cerca de 5 mil gestores, técnicos e operadores de empresas de saneamento básico. O projeto, chamado Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental (Recesa), divide-se em quatro núcleos regionais, geridos por 14 instituições de ensino.
Segundo o site do Programa nas Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Recesa pretende capacitar os profissionais em temas que vão do abastecimento de água até o manejo de resíduos sólidos urbanos.
"A idéia é construir um sistema de capacitação definitivo capaz de formar agentes qualificados por completo", destaca Ernani Ciríaco de Miranda, integrante do Comitê Gestor da RECESA e coordenador do Programa de Modernização do Setor de Saneamento, projeto desenvolvido pelo Ministério das Cidades em parceria com o PNUD.
A Rede detectou uma grande necessidade de capacitação para gestores responsáveis pelo planejamento institucional, pesquisadores e operadores da rede de tratamento.As atividades abordarão quatro áreas: abastecimento de água, esgotamento sanitário, gestão das águas pluviais e gestão dos resíduos sólidos.
Até o fim de 2007, deverão ser realizados 150 cursos sobre temas como tratamento de água e esgoto, tubulações, conservação de água e energia elétrica, controle de qualidade de água, resíduos sólidos, formação de gestores, entre outros.
>> Bolsas de residência médica terão reajuste de 30%.
O projeto de lei que estabelece o reajuste será enviado ao Congresso Nacional nos próximos dias. No caso das bolsas de residência que não são pagas pelo governo federal, o projeto prevê a integralização do reajuste até julho de 2007.
O valor atual da bolsa é de R$ 1.459.
Com informações do MEC
23.8.06
>> MEC autoriza empréstimo de R$ 35 milhões à PUC-SP.
Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, a PUC-SP quer construir três novos prédios na área em que hoje estão os cursos de comunicação e filosofia. Nessa área circulam cerca de três mil estudantes por dia.
O projeto da PUC se enquadra em um programa do BNDES que prevê apoio às instituições de ensino superior que pretendem ampliar suas instalações. Para a concessão do empréstimo, o MEC precisa avaliar se há de fato necessidade acadêmica para a proposta. Apesar de reconhecer que as instalações precisam de reformas, a Apropuc acha contraditório que isso acontece em maio à crise. "
Se precisa cortar gastos, como haverá aumento do endividamento?", questiona o diretor da Apropuc (associação dos docentes da PUC), Erson de Oliveira.
No início deste ano, a universidade cortou cerca de 30% do quadro de professores e de funcionários. A PUC tem uma dívida bancária de R$ 107 milhões.
>> Faculdades não podem cobrar taxa para expedir diploma.
SÃO PAULO - Instituições de ensino superior não podem cobrar taxa para a expedição de diploma e certificados de conclusão de curso. O entendimento é da 1ª Vara da Justiça Federal de Bauru, município no interior de São Paulo. O juiz Roberto Lemos dos Santos Filho concedeu liminar para suspender a cobrança feita por todas as faculdades privadas do município, até o julgamento do mérito da questão.
A Ação Civil Pública foi ajuizada pelo Ministério Público Federal em Bauru, no dia 15 de agosto. Para o MPF, a expedição do diploma é o ato final do curso e, por isso, deveria ser fornecido pelas entidades sem cobrança de taxas adicionais, assim como determina a Resolução 3, de 13 de outubro de 1989, do Conselho Federal de Educação. Hoje, o órgão é conhecido como Conselho Nacional de Educação.
>> Serra e Mercadante com visões opostas sobre educação.
SÃO PAULO - O candidato do PSDB ao posto de Governador de São Paulo José Serra dedicou seu programa no rádio, durante o horário político eleitoral, à educação. “Não existe prioridade mais importante do que investir no futuro e ele está nas crianças de São Paulo”, afirmou Serra.
O programa do candidato afirmou ainda que a gestão do PSDB em São Paulo promoveu a expansão nos horários de aulas e ainda trouxe um aumento quantitativo de crianças em salas de aula e ainda afirmou que na Prefeitura de São Paulo, eliminou as “escolas de lata” (cada sala era montada em um contêiner metálico) da administração anterior, do PT.
Serra falou ainda da construção de 58 novas escolas municipais e do Programa Ler e Escrever, em que são colocadas duas professoras por sala no primeiro ano do ensino fundamental para reforçar o aprendizado básico. “Sem uma base sólida no ensino fundamental, a escola começa a
patinar”, disse Serra.
O candidato do PT ao Governo de São Paulo, Aloízio Mercadante, apresentou uma visão oposta em seu programa nas rádios. No quadro mostrado no programa das rádios, as escolas públicas de São Paulo são “avaliadas entre as piores do Brasil”, e em que “os bandidos mandam nas escolas”.
Explorou este tema para propor uma conversa direta com as mães. “As mães são as mais preocupadas com a vida e o futuro de seus filhos”, disse Mercadante. O candidato afirmou a importância da educação, que afirmou como “passaporte para o futuro”.
Lula, candidato à reeleição para a Presidência, voltou a pedir votos para Mercadante afirmando que há muita gente em São Paulo que o apóia, mas que não declara intenção de votar no candidato do PT ao Governo, e pediu novamente votos para o candidato.
22.8.06
>> Serra diz que péssimo desempenho de alunos paulistas se deve à migração.
Diferentemente dos Estados do sul, São Paulo tem muita migração e este é um problema. Houve expansão quantitativa no ensino para atender a demanda, agora temos que focar na qualidade –, afirmou. Pela última avaliação do Ministério da Educação, o Prova Brasil, no fim do ano passado, a quarta série do ensino municipal de São Paulo está entre as sete piores do País na comparação com a das demais capitais.
Na média, os alunos não obtiveram a metade do total de pontos, juntamente com estudantes de vários Estados do nordeste. Serra não explicou como vai arrumar recursos para dobrar a folha de pagamento dos professores, que custa hoje cerca de R$ 9 bilhões ao Estado, para contratar dois professores por sala para melhorar a qualidade do ensino. – A segunda professora é estudante universitária de Pedagogia, de Letras. É uma assistente com salário inicial. A prefeitura já fez em quase metade das escolas, isto é perfeitamente viável do ponto de vista financeiro –, disse.
Na semana passada, o candidato pelo PSDB à presidência, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, errou, durante entrevista ao Jornal Nacional, os dados sobre educação em São Paulo. Alckmin confundiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) com o Prova Brasil e afirmou que São Paulo é o primeiro Estado do país pelo Saeb, que avalia o sistema de educação. O Saeb era o sistema usado para avaliar a educação básica até 2003. Desde 2005, o Ministério da Educação adotou o Prova Brasil, que revela que o Estado de São Paulo não está em primeiro lugar, como disse o ex-governador. Os resultados das duas provas não podem ser comparados.
Na entrevista desta quarta, Serra disse ainda que não manterá o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, no cargo, caso seja eleito. – Estou disputando a eleição para ganhar, não estou nomeando secretários. Vão ser novas equipes em todas as áreas, mas isto só vou fazer depois de ganhar, porque dá azar nomear antes de ganhar eleição –, disse Serra. O candidato afirmou que houve avanço na segurança durante os doze anos de administração tucana no Estado, mas que novos problemas, como a superpopulação carcerária e o desenvolvimento do crime organizado, apareceram. – A polícia passou a prender mais. Quando Covas entrou no governo, havia 40 mil presos. Hoje temos mais de 150 mil.
A taxa de homicídios caiu pela metade. Mas novos problemas apareceram. É sempre assim: quando se resolve um problema aparecem outros, superpopulação carcerária e desenvolvimento do crime organizado nas prisões - afirmou. Serra desconversou quando o apresentador Chico Pinheiro perguntou se ele ficaria no cargo até o final do mandato. - (O ano de) 2010 está muito longe, nem você sabe onde vai estar. Mas, o que eu vou fazer até o final do mandato é trabalhar bastante para corresponder às expectativas das pessoas de São Paulo, caso eu seja escolhido — afirmou Serra que, durante a campanha para prefeito de São Paulo, em 2004, prometeu cumprir o mandato municipal até o fim. Serra afastou-se do cargo no primeiro semestre para concorrer ao governo do Estado.
>> Saresp será feito por amostragem.
O Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) não será mais feito com todos os alunos da rede, como ocorria desde 2003. Na semana passada, como informou o Estado, o governo estadual cancelou a prova deste ano para fazer reformulações. "Não vejo mais razão para o exame ser censitário, em todas as séries, já que existe a Prova Brasil e o MEC a faz de graça para as redes", disse a secretária do Estado de Educação, Maria Lúcia Vasconcelos.
Ela se refere à prova que foi feita pela primeira vez no ano passado por 3,3 milhões de alunos de cerca de 5 mil escolas públicas de todo o País. Por decisão da secretaria na época, São Paulo foi o único Estado em que apenas uma amostra dos estudantes participaram e, por isso, não teve suas notas divulgadas escola por escola. Maria Lúcia hoje lamenta essa decisão da gestão passada. "Brigas de partido não podem influenciar na educação. A avaliação é nacional, São Paulo tem de participar."
A idéia da secretária é de que o Saresp complemente a Prova Brasil. "Poderíamos avaliar outras áreas, como ciências, por exemplo." O Saresp, até 2005, examinou todos os alunos da rede, de todas as séries, em português e matemática. Custou cerca de R$ 9 milhões. Já a Prova Brasil custa cerca de R$ 55 milhões e avalia todos os alunos da 4ª e 8ª séries do País também em português e matemática. As séries foram escolhidas por marcarem o fim de cada ciclo do ensino fundamental.
Se o próximo secretário da educação, em 2007, não mudar as determinações deixadas por Maria Lúcia, o Saresp passará a ser feito com apenas algumas séries e com acompanhamento dos mesmos alunos na avaliação. Ela já havia sido feita por amostragem entre 1996 e 2002.
Segundo a especialista em avaliação da Fundação Cesgranrio, Nilma Fontanive, a avaliação não deixará de poder ser comparada às realizadas em anos anteriores se voltar a ser feita por amostragem. Isso porque a metodologia usada permite que sejam usados os mesmos itens e a mesma escala de dificuldade em todas as avaliações, sejam universais ou por amostra. Nilma foi a responsável tanto pelo Saresp quanto pela Prova Brasil na Cesgranrio, que ganhou as licitações para realizar os exames.
"A diferença entre fazer por amostra e universal está no objetivo do gestor", diz ela. Segundo Nilma, a avaliação com todos os alunos dá resultados de cada escola, de cada série, e assim é possível haver uma orientação precisa do que o governo pode fazer para melhorar. Já a amostragem traz um monitoramento da rede como um todo, mas também permite identificar os pontos fracos e fortes.
Segundo Maria Lúcia, com a participação de menos alunos no novo Saresp os custos se reduzem a um terço. Por isso, a secretária ainda estuda se o exame voltará a ser anual ou se será bienal.
>> Enem: nota já não é determinante para obter vaga.
De acordo com Fernando Prado, diretor acadêmico da Fundação Vunesp, o Enem contribuiu mais para elevar um pouco as notas dos candidatos que para alterar a lista de aprovados. A concorrida carreira de medicina, por exemplo, que não teve nenhum classificado sem Enem entre as 90 vagas oferecidas no campus de Botucatu, incluiria cinco candidatos desta categoria.
Prado diz que quem consegue uma nota alta no Enem não tem vantagem direta sobre os seus concorrentes no vestibular, apenas sobre quem tirou uma nota menor no Exame. O melhor desempenho faz também com que a nota de corte aumente. No vestibular da Unicamp do último ano, a nota média da primeira fase foi de 56,4 para os candidatos sem Enem, e de 61,3 para os com Enem. Neste ano, são 3.731.925 os estudantes inscritos no Enem, número recorde e 24% maior que o de 2005.
>> Supletivos crescem 60%; cursos não são avaliados.
O sistema regular é avaliado pela União desde 1995 por meio do Saeb.Para especialistas, o maior problema dos supletivos é a falta de preparo dos professores para lidar com um público mais velho e que trabalha. O próprio MEC reconhece que é preciso avançar nesse ponto. "Há espaço para um acompanhamento mais detalhado", afirmou à Folha o diretor do Departamento de Educação de Jovens e Adultos do ministério, Timothy Ireland.
Ele divide responsabilidades com Estados e municípios.Os supletivos atendem alunos maiores de 15 anos que não terminaram o ensino fundamental (até a oitava série) e com mais de 18 anos que não concluíram o médio.Pesquisadores confirmaram que faltam indicadores para avaliar os supletivos. Mas, pela análise das políticas adotadas e pelo contato com alunos e professores, eles afirmam que o sistema está com problemas."
O formato da escola para jovens e adultos não atende às necessidades básicas de aprendizagem", disse Stela Piconez, docente da USP que coordena o Núcleo de Estudos sobre EJA e de Formação Permanente de Professores da universidade.Piconez afirma que a modalidade deveria ser desenhada para um perfil de aluno que é mais velho e que já trabalha. "Os temas não são relacionados ao cotidiano do trabalho, e a grade prevê cinco aulas diárias, o que é impossível para alguém que já trabalhou oito horas no dia."
O coordenador-geral da ONG Ação Educativa, Sérgio Haddad, aponta outro problema. "Não existe formação de EJA para os professores. Em muitas universidades, não há sequer uma disciplina sobre o tema", completa Haddad, que estudou a educação de adultos em seu mestrado e doutorado na USP. "O poder público encara o EJA como um favor, não como um dever", disse Hebe Tolosa, da Associação de Pais e Alunos das Escolas do Estado de SP.
Mesmo sem uma avaliação sistemática, 4,619 milhões de estudantes brasileiros estavam matriculados em supletivos no ano passado, de acordo com dados mais recentes.Essa etapa ganha importância principalmente porque cerca de 67 milhões de brasileiros com mais de 15 anos não terminaram o ensino básico, segundo dados do MEC.Apesar de as turmas de primeira a oitava série ainda ficarem com 73,5% do total das matrículas nos supletivos, foi no ensino médio que ocorreu a maior taxa de crescimento.
O número de alunos passou de pouco mais de 390 mil, em 1997, para 1,223 milhão em 2005 (veja quadro).A procura pode ser explicada não só pelo menor prazo para terminar os estudos (enquanto o ensino médio regular são três anos, o EJA pode ser feito em dois ou menos) mas também pela exigência do mercado de trabalho. Essa constatação é confirmada por quem atua na contratação de profissionais. "O nível mais baixo de exigência que temos é o ensino médio", afirmou a consultora de recursos humanos Meire Fujimoto, da Catho (consultoria de recolocação profissional).
A empresa oferece, hoje, 168 mil vagas --para nenhuma delas aceita-se apenas o ensino fundamental. Para quem possui só o ensino médio, diz Fujimoto, os salários são em média de R$ 500, para funções como vendedor ou para telemarketing.Haddad e Piconez lembram ainda que a procura aumentou porque há hoje mais concluintes no ensino fundamental, que foi praticamente universalizado na década passada